Sempre que me preparo para escrever
o post semanal para o blog Anita Plural, penso no tema a abordar. Na minha
lista de textos prontos, ou quase prontos, prestes a ser disparados, não
encontrei nada para o momento em que vivemos. Resolvi, então, escrever de novo
sobre a situação atual (que vem assombrando a população em geral e os próprios
profissionais da área de saúde) e falar desse vírus microscópico, com um poder
de transmissão jamais visto, nos dizeres de um enfermeiro. Em outra notícia, vista
hoje cedo, dia 27 de março de 2020, uma médica falava que o “11 de setembro não
foi nada comparado ao que enfrentamos hoje”, salientando que os hospitais daquele
país parecem zonas de guerra e que, logo, terão que fazer a terrível escolha:
quem será tratado ou não. Sistemas de saúde do mundo estão entrando em colapso.
Isso já ocorre na Espanha e na Itália. É muito, muito duro!
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/02/11 |
O novo vírus já cobrou
muitíssimas vidas: de anônimos e de pessoas conhecidas. Todas as profissões e
classes sociais já foram atingidas. A realeza foi atingida. Aparentemente, a
doença iguala a todos. Só aparentemente. Nos noticiários, uma multidão de
anônimos, idosos e pessoas comuns, se transforma em números aterradores... Mais
de 900 mortos em um dia na Itália, 700 na Espanha, numa conjuntura inimaginável
até poucas semanas atrás, algo que deixará marcas terríveis e que não será
esquecido. Oxalá tudo isso sirva para o
ser humano se transformar, ressignificar sua vida, suas prioridades e seus
valores. Pensar no coletivo. Ainda vejo aqueles que continuam lendo, ouvindo e entendendo
somente aquilo que querem. Não têm olhos
de ver, tampouco tiram a venda dos próprios olhos. Mas o tempo é implacável e
ensina. A natureza ensina e esta é uma dura lição para o ser humano.
Imagem: https://www.eosconsultores.com.br/ |
De qualquer forma, diante da gravidade do momento, as medidas individuais de proteção são
cruciais para prevenir-se e resguardar os demais. Ninguém está imune e todos
têm familiares e amigos mais velhos. Então, sigamos a ciência e as orientações dos especialistas
em saúde, mantendo distanciamento social. Junto com a questão de
saúde, há a questão social e econômica. Governos de vários países já
lançaram medidas de apoio a trabalhadores formais e informais, a pequenas e
médias empresas. Por isso, diante dessa e de outras “crises”, vale lembrar,
mesmo para quem nunca concordou, a importância e a necessidade de se ter um
Estado forte.
Importante também é se
lembrar de agradecer aqueles que se mantêm na linha de frente para que possamos
ficar protegidos em casa: os motoristas de ônibus, os lixeiros, os taxistas, os
cozinheiros dos restaurantes que continuam servindo em domicílio; os entregadores,
tão desprotegidos, em suas motos e bicicletas, o pessoal da saúde, da farmácia,
dos supermercados, os caminhoneiros, os agricultores. Isso sem falar nos milhões
de desempregados e na população de risco; esses, porém, nem pensam em “crise”,
pois já experimentam, constantemente, o caos em suas vidas. Mentalize todos eles em suas orações.
https://oregional.net/com Imagem: divulgação |
Apesar de tudo, não se
pode ceder à tristeza nem ao medo. Lá no fundo, tente perceber o que ocorre: a
Terra dizendo basta ao ser humano, rebelando-se contra a forma como tem sido
tratada há séculos. Então, sabendo disso, procure manter o corpo forte, a mente
tranquila e equilíbrio emocional. Pratique dança, música, yoga, meditação, leitura, canto, bordado, ginástica... seja o que for. Mantenha-se protegido, fortaleça sua estrutura emocional, conserve o espírito aberto e sereno, forte e
confiante. Enfrente seus medos com coragem, porque tudo passa. Isso também
passará.