Em março desse ano, publiquei o
texto Sobre
a iminência da morte e fiz referência a um artigo do neurocientista Oliver
Sacks e sua reação ao saber que era portador de um câncer terminal. Leiam o
artigo no blog e a carta dele. Hoje, domingo, 30 de agosto de 2015, ele faleceu e a frase abaixo reflete sua aventura no mundo: "Acima de tudo, fui um ser com sentidos,
um animal pensante, neste maravilhoso planeta e isso, em si, foi um enorme
privilégio e uma aventura”.
Ver a notícia da morte no El País:Morre Oliver Sacks, explorador da mente e a tolerância.
Ecos da vida: ecos urbanos, linguísticos, culturais e imateriais em um espaço plural e simples, como eu.
domingo, 30 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Línguas & Poesia: Quintana, nuvem e vento
Poetas são capazes de expressar o que carregamos na alma e, muitas vezes, só percebemos depois; ou expressam o que jamais pensamos que diríamos, mas quando lemos seus poemas, algo se agita em nós.
Poetas, compositores, artistas são seres que vão além, escutam o inaudível e enxergam o invisível.
Canção de
nuvem e vento
Mário Quintana (1906-1994)
Medo da nuvem
Medo Medo
Medo da nuvem que vai crescendo
Que vai se abrindo
Que não se sabe
O que vai saindo
Medo da nuvem
Nuvem Nuvem
Medo do vento
Medo Medo
Medo do vento que vai ventando
Que vai falando
Que não se sabe
O que vai dizendo
Medo do vento
Vento Vento
Medo do gesto
Mudo
Medo da fala
Surda
Que vai movendo
Que vai dizendo
Que não se sabe...
Que bem se sabe
Que tudo é nuvem que tudo é vento
Nuvem e vento
Vento Vento!
Fotos: Anita Di Marco
Referências:
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Memória & Vida: Saudade, palavra doce... Será?
A foto acima é das últimas fotos dele que tirei, no Horto Florestal em SP. Pascoal e seus inseparáveis acessórios: boné e bengala
Dizem que sou parecida com
ele, sobretudo em meus momentos de impulsividade (aquele que não tiver esses
momentos levante a mão [!!!], ou está mentindo). Quando tenho meus rompantes e
arroubos impulsivos, meus filhos, carinhosamente, me chamam de Pascoalzinho... Em parte, acho que têm
razão e fico envergonhada desses momentos... Juro que estou trabalhando nisso.
Mas, além dessa herança, ele
me passou muitas coisas que ficaram firmemente gravadas em mim, como noções de
ética, integridade e honestidade; de lealdade e amor à família e ao trabalho.
Acho que trago tudo isso em mim. Logo depois que ele se foi, escrevi esse texto
para meus familiares. Acho bastante atual e republico aqui, por ocasião do
sétimo ano de seu falecimento.
* * * * *
A morte nos ajuda a
redimensionar nosso olhar sobre a vida, seus valores e acontecimentos,
enxergando e valorizando o que de fato interessa, procurando viver com mais
sabedoria, discernimento e compaixão; sobretudo porque, no caso do pai, é a
grande célula familiar que começa a se romper. Sabemos ser inevitável, mas nem
por isso é menos doloroso. Devemos ter em mente as boas lembranças, deixar que
a saudade seja companheira suave a nos fazer sorrir e, assim, trazer a pessoa
que partiu para perto do coração. Mas sem revolta.
Dói, é verdade e é natural,
mas não precisamos sofrer com isso. Cada um faz o que tem que fazer, nós
também. E a hora da partida chega para todos. Na escola da vida, há um momento
em que temos que passar de ano ou mudar de fase, queiramos ou não; é inevitável
e independe de nossa vontade.
O que depende de nós é
fazermos nosso melhor sempre, a cada dia, em cada atividade, olhando para o
outro como olharíamos para nós mesmos; agindo em conformidade com nossa origem
divina comum... Agindo assim, não há razão para temer a morte.
A saudade vem, é fato, mas
temos as boas lembranças e a herança que carregamos desde sempre – meu jeito
meio bravinho e radical é herança dele, minha retidão e senso de justiça
também, o vestir a camisa a todo custo, idem; enfim, cada um recebeu parte
maior ou menor dessa herança, temos é que honrá-la. Como disse, a dor da
perda é inevitável, o sofrimento não.
Acho que a música Epitáfio vem bem a calhar: aplicar o que
sabemos hoje, para não nos lamentarmos depois. Só acho que não é o acaso não
vai nos proteger; nossas atitudes é que irão nos proteger e preparar-nos para
quando chegar nossa hora.
Anita Di Marco (Em 02 setembro 2008)
♦ Epitáfio (Titãs)
Composição: Sérgio Britto
Devia ter amado mais, ter
chorado mais, ter visto o sol nascer...
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração...
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger enquanto eu
andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado
menos, ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...(2x)
Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se pôr...
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...(2x)
Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se pôr...
Vídeo: Titãs - Epitáfio (Clipe Oficial) - Publicado em 3 jun 2012.
https://www.youtube.com/watch?v=YOJiYy1jgRE -
https://www.youtube.com/watch?v=YOJiYy1jgRE -
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Paisagem & Arte Urbana: Borba Gato
http://www.saopauloantiga.com.br/borba-gato |
Obras de arte em logradouros públicos são maneiras de
apropriação do espaço urbano. Independentemente de qualificativos, obras de arte, estátuas,
bustos, grafites etc. são referenciais importantes que caracterizam e
delimitam logradouros. Podem ter valor afetivo para uma dada comunidade, podem
ser fruto do trabalho de ancestrais, ou ainda resultado de determinada técnica
construtiva. O fato é que se transformam em cartões postais de uma cidade e, goste-se deles ou não, eles são o que são: referenciais urbanos. Quem não conhece um dos cartões postais de São Paulo, ou
melhor, de Santo Amaro? A imensa estátua de Manuel Borba Gato (1649-1718)
paulista, bandeirante e genro de Fernão Dias Paes (ver aqui).
Com certeza, a estátua não passa despercebida
com suas 20 toneladas de peso e 13 m de altura, contando o pedestal de quase dois
metros. Inaugurada em 1963, na confluência das avenidas Adolfo Pinheiro e Santo Amaro, a obra do artista Júlio
Guerra (1912-2001) foi fruto de concurso
público para homenagear o quarto centenário do então município de Santo Amaro, na época autônomo,
e levou seis anos para ser construída pelo artista e quatro ajudantes. O artista usou trilhos de bondes para montar a estrutura
de concreto e a revestiu com pedras coloridas de basalto e mármore, criando assim um enorme mosaico tridimensional. Ereta, a figura porta roupas e chapéu
do século XVII, um enorme trabuco apoiado no chão e o olhar perdido no
horizonte.
A "estátua" já mereceu os mais variados qualificativos: imponente, brega, marcante, sem graça, horrível, de mau gosto, desnecessária, infame etc... De qualquer forma, alheia às críticas, a estátua continua a
exercer seu papel de referencial urbano e (controverso) cartão-postal da
cidade de São Paulo.
Referências:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico/adote_obra/index.php?p=4520%20target=blank
sábado, 22 de agosto de 2015
Línguas & Literatura: Guerreiros da Esperança
Livros são joias preciosas que preenchem o tempo
ocioso, ampliam o conhecimento, exercitam o pensamento crítico e refinam os sentimentos. Minha filhota tem um
dom especial para garimpar livros tocantes e verdadeiros. Um dos que li,
recentemente, é Guerreiros da Esperança, presente dela. Baseado em fatos reais e mostrando a força que reside no grupo, o livro narra
os sonhos infantis para alcançar um futuro melhor; sonhos ameaçados pelo presente - o quase
inevitável fechamento da distante escola de aldeia que representa sua única
saída para aquele futuro. A consciência do poder da educação, o respeito pelo
outro e o valor da amizade pontuam este volume terno, sensível e que aquece
o coração e a esperança.
Livro de estreia do autor indonésio Andrea Hirata, Guerreiros
da esperança quebrou recorde de vendas em seu país, onde se passa a ação, e contribuiu
para o desenvolvimento da literatura local. O cenário - a ilha de Belitung, na
Indonésia, rica em recursos naturais e com imensos contrastes sociais - é descrito e visto pelos olhos de um dos
personagens da história, Ikal, garoto pobre que sonha em estudar e enfrenta
desafios cotidianos para isso. Ikal e seus companheiros do grupo Laskar
Pelangi, os Guerreiros do Arco-Íris, pedalam longos trechos em estradas
barrentas para ir à escola, estudam, vivem aventuras e desafios, descobrem sentimentos novos,
conquistam vitórias, crescem, sofrem e riem juntos e, ao mesmo tempo, tentam evitar o fechamento da escola da aldeia, símbolo de esperança e porta de entrada para outro mundo, diferente daquele que seus
pais poderiam lhes dar.
Para garantir aos alunos o direito inalienável
à educação, a professora e quase menina Bu Mus e o incansável diretor Pak
Harfan lutam como quixotes contra os dragões reais da burocracia e
dos interesses econômicos. Juntos, professora, diretor e alunos tentam manter
vivos os valores da educação e da amizade. Juntos percorrem um caminho duro,
intenso e sofrido.
Não deixem de ler. Um presente ao coração e à fé no
poder da vontade.
Obra: Guerreiros da Esperança, de Andrea Hirata. Tradução: Regina Lyra. São Paulo: Ed.Arqueiro,2012
Referências:
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Paisagem construída: Arte ou natureza de Jae-Hyo Lee
Arte natural, natureza
na arte, arte na natureza, arte da natureza, natureza da arte. Faça sua escolha do trabalho do artista da
Coreia do Sul Jae-Hyo Lee.
Referência:
http://www.boredpanda.com/discarded-wood-sculptures-jae-hyo-lee/?utm_source=newsletter&utm_medium=link&utm_campaign=Newsletter
Referência:
http://www.boredpanda.com/discarded-wood-sculptures-jae-hyo-lee/?utm_source=newsletter&utm_medium=link&utm_campaign=Newsletter
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Vida & Cultura: Gafes internacionais...
Dia desses, lendo o
site Bored Panda (ainda
intrigada com o coitadinho), topei com uma postagem sobre 18 erros que turistas
cometem ao viajar para outros países. Parece óbvio para mim que, antes de qualquer
viagem, o ideal é montar um caderninho de informações sobre o lugar a ser
visitado, história, cultura, arquitetos, patrimônio histórico, grandes
artistas, principais hábitos alimentares, festividades, o que visitar, como,
quando, etc.
Ao menos, é o que faço e acho que todo viajante deveria fazer
antes de embarcar. Assim, a gente aprende algo antes de ir, já vai saboreando a
visita e se previne contra possíveis gafes culturais, certo?
Mas, voltando à
postagem, o site trazia exemplos bem interessantes, por exemplo: Você sabia que
dar gorjetas no Japão é considerado ofensivo? Eu não...
Confira as gafes na
imagem abaixo; pratique seu inglês e prepare-se para uma viagem sem surpresas
desagradáveis.
Referências:
domingo, 16 de agosto de 2015
Reflexão: Querer e ser.
Temos que ser a transformação que queremos ver no mundo.
- M.Ghandhi (1869-1948)
Imagem: http://www.agnt.org/64-days
O pior cego é aquele que não quer ver; o pior surdo é o
que não quer ouvir. Em tempos de hostilidades e intolerâncias, de ofensas
desmedidas e insultos tortos; de mentiras consentidas e meias verdades,
de hipocrisia e acusações; em tempos sem memória e sem utopias, de acomodação individualista, de divórcio da realidade e do bem comum, em tempos de conceitos embaraçados e
confusão acatada sem um pensar crítico, este texto está cada vez mais
atual.
Ser
o que se quer do outro. Fazer o que se quer que o outro nos faça. Simples,
assim. É fazer sua ação corresponder ao que você fala e sua fala corresponder
àquilo que você sente e pensa, porque agir é concretizar em ato aquilo que está
no coração. Isso é coerência.
É
o que Mohandas Karamchand Gandhi, mais
conhecido por Mahatma (grande alma), pregava. Aliás, Gandhi possuía dois livros de cabeceira, o Novo
Testamento e o Bhagavad Gita. Ele dizia que, se todas as bibliotecas do mundo fossem destruídas
em um incêndio e restasse apenas o Sermão da Montanha, o mais completo guia para a evolução espiritual da humanidade,
nada teria sido perdido.
Assino embaixo e procuro praticar essa coerência, a cada
dia.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Línguas & Literatura: A Casa das palavras
Na casa das palavras, sonhou Helena Villagra, chegavam os poetas. As palavras, guardadas em velhos frascos de cristal, esperavam pelos poetas e se ofereciam, loucas de vontade de ser escolhidas: elas rogavam aos poetas que as olhassem, as cheirassem, as tocassem, as provassem.
Os poetas abriam os frascos, provavam palavras com o dedo e então lambiam os lábios ou fechavam a cara. Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam e também buscavam palavras que conheciam e tinham perdido. Na casa das palavras havia uma mesa das cores. Em grandes travessas as cores eram oferecidas e cada poeta se servia da cor que estava precisando: amarelo-limão ou amarelo-sol, azul do mar ou de fumaça, vermelho-lacre, vermelho-sangue, vermelho-vinho...
- Eduardo Galeano (1940-2015). O livro dos abraços, 9a.ed. Porto Alegre: L&PM, 2005.
Os poetas abriam os frascos, provavam palavras com o dedo e então lambiam os lábios ou fechavam a cara. Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam e também buscavam palavras que conheciam e tinham perdido. Na casa das palavras havia uma mesa das cores. Em grandes travessas as cores eram oferecidas e cada poeta se servia da cor que estava precisando: amarelo-limão ou amarelo-sol, azul do mar ou de fumaça, vermelho-lacre, vermelho-sangue, vermelho-vinho...
- Eduardo Galeano (1940-2015). O livro dos abraços, 9a.ed. Porto Alegre: L&PM, 2005.
Imagem: http://www.portuguesgratis.com.br/formacao-de-palavras/
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Arte & Cultura: Expo de Oneyda Alvarenga em Varginha
Agora que a Prefeitura de São Paulo comemora os 80
anos de sua biblioteca pública, decidimos também homenagear a varginhense que
foi aluna, amiga e organizadora da obra de Mário de Andrade, através da
Biblioteca Municipal. Não deixem de ver as comemorações dos 80 anos de criação
da Biblioteca Oneyda Alvarenga no Centro Cultural São Paulo e aqui em Varginha.
O
objetivo é recuperar, divulgar e repercutir o trabalho e obra de
personagens-chave da cultura varginhense e/ou mineira, já que muitas vezes, essa
obra atinge repercussão estadual e até nacional, mas, por motivos vários, é
subvalorizada em sua própria terra natal. Propõe-se ainda um questionamento ao visitante acerca de sua própria linha de tempo.
A mostra foi inaugurada esta semana, no campus
Varginha da UNIFAL- Universidade Federal de Alfenas e dia 24 será aberta no
campus Imaculada da UNIFENAS.
Exposição: Oneyda
Alvarenga & Eu - Seu tempo, sua busca, sua obra.
Realização: Projeto Nômades: Circuito
Cultural e Exposições Ela, Ele & Eu
Quando e Onde:
UNIFAL ---- De 11 a 23 de agosto 2015.
UNIFENAS – De 24 de agosto a 05 de setembro de 2015.
Abertura às 20h30min.
Concepção, Curadoria e Realização: Anita Di Marco & Vanessa CTReis
Pesquisa: José Roberto Sales
Colaboração: Francisco Antonio Romanelli
Chancela: Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências – AVLAC.
Patrocínio: UNIFAL- Universidade Federal de Alfenas
UNIFENAS- Universidade José do Rosário Vellano
P.J. Prado – Corretora de Café
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Arte & Cultura: Mais chorinho...
Ultimamente,
tenho trabalhado ao som de chorinho, cada vez mais. Os sons do cavaquinho acariciam
meus ouvidos, me trazem ânimo, alegria e me dão asas... Impossível ficar triste
ou desanimada com essas belezas. Tenho vários preferidos: Brasileirinho,
Tico-tico no fubá, Naquela mesa, Delicado/atrevido de Waldir Azevedo (1923-1980); Odeon de Ernesto Nazareth (1863-1934);
Assanhado de Jacob do Bandolim (1918-1969), entre tantos outros, mas dessa vez
trouxe Waldir
Azevedo com Brasileirinho, composição de 1949. Apreciem!
Vídeo: Enviado em 25 de jun de 2011 https://www.youtube.com/watch?v=uIccry2wHs8
sábado, 8 de agosto de 2015
Paisagem Construída: Arte Urbana - mural em madeira
Arte urbana é um tema bastante amplo. Outro trabalho interessante de
arte urbana é o da criação de murais com outros materiais, além de tinta, como
o do belga Stefaan De Croock que montou um belo mural com peças de madeira
descartadas como portas ou partes de mobiliário.
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Paisagem Construída: Arte Urbana
Milhares de coletes na instalação do artista chinês Ai Weiwei. Berlim Foto: Oliver Lang /Cortesia konzerthaus Berlim. |
Instalação de Ai Weiwei em sala de concertos alemã. Foto: Oliver Lang / Cortesia konzerthaus Berlim. |
Ai foi também consultor artístico do escritório suíço dos arquitetos Herzog & De Meuron, para o projeto do Ninho de Pássaro, o estádio de Pequim para os Jogos Olímpicos de 2008.
https://www.artsy.net/artist/ai-weiwei
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Vida & Yoga: Meditação em um minuto
Por
mais que tenhamos ouvido e lido sobre os benefícios da meditação, nada se
assemelha à prática. Não se aprende meditação por leitura, assim como não se
consegue ter uma experiência do yoga sem praticá-lo. Por isso quando alguém me
pede para assistir a uma aula de yoga, eu respondo que não pode. Simplesmente
não pode! Se quiser fazer aula, tudo bem; mas assistir, nunca. Porque só a
prática é que lhe dará uma noção (pequena) do que é o yoga e de seus
benefícios. O mesmo se dá com a meditação.
Comece
com um distanciamento dos sentidos (pratyahara)
e passe à concentração (dharana). Meditação (dhyana) implica estar presente (como o yoga e como a própria vida),
observando, sem se deixar influenciar e/ou perturbar e/ou distrair por
pensamentos, ruídos ou lembranças, até perder a noção do tempo, até integrar-se
e dissolver-se nessa percepção (samadhi).
Estar
presente e inteiro, no momento da prática, no momento da ação, no momento da
meditação. Estar onde você está. Sentir os batimentos cardíacos, sentir e perceber
cada fase da respiração: inspiração (puraka), pulmões cheios (khumbaka),
expiração (rechaka) e pulmões vazios (bahia khumbaka).
Quase sentir uma não-vontade de
respirar...
Sentir
os movimentos da mente, perceber os pensamentos que, com certeza surgirão, mas
deixando que eles passem, como nuvens, sem se perturbar ou se apegar a eles.
Apenas ser.
Ouvir os ruídos, mas sem fixar neles sua atenção, sem se perturbar. Afinal, o mundo seguirá existindo apesar de você e de sua meditação. Desligue-se disso tudo e apenas pratique o ser.
Parece difícil, mas não é. Por isso achei esse vídeo bastante didático que compartilho aqui e vai propor um minuto de meditação.
Meditação
em um instante, legendado (One Moment Meditation, with pt-BR subtitles)-https://www.youtube.com/watch?v=IPrOlrYHsoQ
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Reflexão: Meditação e tranquilidade...
Se a água barrenta ficar quieta por algum tempo, o
barro se depositará no fundo e a água se tornará clara. Na meditação, quando o
barro de seus pensamentos inquietos começa a depositar-se, o poder de Deus
começa a refletir-se nas águas claras de sua consciência.
- Paramahansa Yogananda (1893-1952)
Foto: Anita Di Marco, Maceió. Julho, 2013.
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Arte & Cultura: Bailarina brasileira recebe prêmio Príncipe Claus
Criado
pela Fundação Príncipe Claus da Holanda, o Prêmio Príncipe Claus é
destinado a pessoas que fazem da cultura um projeto de vida. A cada ano, são premiados onze
representantes da área cultural na África, América Latina, Ásia e Caribe, que
“realizam um trabalho de qualidade excepcional e grande impacto social, em
regiões em desenvolvimento”. Em 2014, um dos prêmios coube à coreógrafa e
bailarina brasileira Lia Rodrigues, irmã da arquiteta Cecília
Rodrigues dos Santos.
Especialistas
do mundo todo são convidados para indicar candidatos e , depois, um comitê
avalia as sugestões. Dez prêmios são entregues por Embaixadores da Holanda aos
laureados em seus respectivos países.
Em 2014, o Prêmio Principal foi concedido a Abel Rodriguez, artista, fitólogo e ancião em uma comunidade colombiana. No mesmo ano, a dançarina e coreógrafa brasileira Lia Rodrigues foi contemplada com um dos dez Prêmios Príncipe Claus. Na vanguarda da dança contemporânea no Brasil, criando coreografias ousadas e impressionantes do ponto de vista técnico, ela abriu sua Companhia de Dança numa favela do Rio de Janeiro, onde também dirige a Escola de Dança da Maré, que gera experiências novas e cria oportunidades dentro da comunidade. A premiação será no Centro de Artes da Maré, no próximo dia 8 de agosto.
Em 2014, o Prêmio Principal foi concedido a Abel Rodriguez, artista, fitólogo e ancião em uma comunidade colombiana. No mesmo ano, a dançarina e coreógrafa brasileira Lia Rodrigues foi contemplada com um dos dez Prêmios Príncipe Claus. Na vanguarda da dança contemporânea no Brasil, criando coreografias ousadas e impressionantes do ponto de vista técnico, ela abriu sua Companhia de Dança numa favela do Rio de Janeiro, onde também dirige a Escola de Dança da Maré, que gera experiências novas e cria oportunidades dentro da comunidade. A premiação será no Centro de Artes da Maré, no próximo dia 8 de agosto.
Parabéns
Lia, pelo excepcional e admirável trabalho e por mais esta vitória.
Lia Rodrigues
Fonte: http://www.conectedance.com.br/quem-faz-a-diferenca/lia-rodrigues-arte-aliada-a-desenvolvimento-humano/
Centro de Artes da Maré
Fonte: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/escola-livre-de-danca-da-mare
Referência:
http://brasil.nlembaixada.org/noticias/2014/09/premio-principe-claus.html
domingo, 2 de agosto de 2015
Paisagens: Lavandas, lavandas e mais lavandas...
Já falei de Cunha, estância climática situada no Vale do Paraíba, em São Paulo, e seu O Lavandário em O espetáculo das lavandas em Cunha, portanto programe-se para fazer uma visita à cidade e conhecer o local; a visita pode ser virtual, em primeiro lugar, mas, depois, tenho certeza de que você vai querer conhecer, cheirar, tocar e fotografar. É de encher os olhos e a alma... Em Cunha, você pode ver paisagens assim, o ano todo... As fotos acima foram tiradas em janeiro de 2015. Talvez mais claras, mas tão lindas quanto as do link abaixo (Bored Panda), do qual sou fã...
Não...
Não me perguntem, não sei por que o coitadinho do urso panda está
entediado. Cá entre nós, confesso que isso também me intriga... Mas,
voltando, sempre que abro o site, vou rolando a barra e encontro meios
divertidos de ler, praticar inglês e descobrir coisas, digamos,
inusitadas e diferentes, além de fotos lindíssimas.
Vejam que lindeza! http://www.boredpanda.com/lavender-fields-harvest/