Swami JyoTjimaya, Glória Arieira e Pedro Kupfer. Imagem: http://www.nowmaste.com.br/aprendizados-da-equipe-yogini/ |
Uma
pena que não pude comparecer no último evento de yoga, realizado em Santa
Catarina, em outubro. Não consigo fazer tudo, por mais que queira... Mas,
ao menos, dá para ter o gostinho com as fotos, reportagens e relatos de
amigos.
Em todo encontro, seminário ou conferência, as práticas, as palestras, os momentos de meditação e cânticos renovam e reacendem nossa prática e nossa fé na unidade, em progressão geométrica, muito mais do que quando estamos sozinhos. São um combustível necessário.
Em todo encontro, seminário ou conferência, as práticas, as palestras, os momentos de meditação e cânticos renovam e reacendem nossa prática e nossa fé na unidade, em progressão geométrica, muito mais do que quando estamos sozinhos. São um combustível necessário.
O Yoga Sangam 2015 – Conferência
Internacional de Yoga - contou com a presença de Swami JyoTjimaya, de Glória Arieira, mestra
do nosso amigo Phanuel Rabello ( Recanto da Serenidade), dos professores Gustavo Ponce e Pedro Kupfer,
entre outros.
Coloco aqui alguns tópicos (em
negrito) considerados como aprendizado por alguns grupos participantes e que
servem para nossa reflexão, dentro da visão dos dois primeiros aspectos - yama e
niyama - do Asthanga Yoga de Patanjali. E lembro, yoga é prática, não é teoria. É vivência, é esforço para mudar.
· E se pensarmos que já somos felizes agora? E se tivermos paciência?
E se não nos lamentarmos? E se não criticarmos? Necessidade
de aplicar e viver Santosha, o
cultivo da alegria, do contentamento já, no momento presente, em qualquer
situação. Viver Asteya, respeitando o
direito do outro. Viver Ishvara
Pranidhana, a entrega e a confiança na Vida.
· Verdade – comigo e com o outro. Autoconhecimento sincero, honesto e corajoso. Perceber
suas próprias limitações. Aceitar o que nos cabe e fazer o que é da nossa
responsabilidade da melhor forma possível, independentemente dos resultados.
Prática de Ahimsa (não violência), Satya
(verdade), Asteya (não roubar do outro), Tapas (austeridade e disciplina), Bramacharya
(controle da energia e moderação), Svadhyaya(autoestudo) e Aparigraha
(desapego).
·
Paz é plenitude. Procurar a paz em outro lugar que não seja dentro
de si mesmo é perda de tempo. Isso passa pela entrega, pela certeza e confiança de que tudo
está certo. Prática de Saucha (pureza),
Santosha (alegria interior) e Ishvara Pranidhana (entrega).
· Vivemos uma falta de enraizamento e conexão com o momento, com a
terra. A mente humana recebe estímulos
em excesso, mas não tem pausa e nem ligação com os ritmos da natureza. Falta da
prática de Saucha, pureza física,
mental e emocional e Tapas,
disciplina, persistência, tolerância e respeito.Falta autoestudo.
·
A doença fundamental do ser humano é sua confusão a respeito de si
mesmo (Avidya), sua identificação indevida com os papeis que representa (Asmita). O
sofrimento vem daí, dessa identificação com o que não é real. São os klesas, que criam obstáculos ao nosso
processo de aprendizado e evolução: o maior deles e a matriz de todos os outros
é a ignorância ou Avidya;
depois temos a identificação com a personalidade ou egolatria – Asmita; em seguida, apego e paixão – Raga; que carrega junto a aversão, o 'não quero', 'não gosto', 'detesto',
'odeio', ou seja, a intolerância de novo – Dvesha; o medo da morte ou apego excessivo à vida - Abhnivesha.
O
grande mestre Iyengar, falecido em 2014, dizia que os Klesas são inevitáveis,
mas nem por isso devem ser tolerados; pelo contrário podem e devem ser
combatidos:
"As aflições são um determinado padrão de perturbação da consciência humana, tão universais e presentes quanto mosquinhas em maçãs frescas."
- B.K.S.Iyengar (1918 – 2014).
Referências e imagens:
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