Desde sempre, fábulas
e histórias transmitem lições e ensinamentos úteis para o
desenvolver valores como compaixão, respeito, empatia e solidariedade.
Mais do nunca, em tempos sombrios e surreais de hipocrisia, sectarismo e preconceito é preciso buscar inspiração e consolo nessas narrativas. Pode parecer um contrassenso, hoje em dia, falar da fábula do porco espinho, mencionada pela primeira vez pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), mas é justamente nesses momentos que ela parece fazer mais sentido.
Conta-se que na era glacial, muitos animais acabavam
morrendo por causa do frio intenso. Para se proteger, alguns davam tratos à bola para descobrir formas de sobreviver. Os porcos-espinhos tentaram uma solução: eles se aproximaram, tentando aquecer-se
e proteger-se contra o frio. Os espinhos, porém, pelos endurecidos por queratina, incomodavam e feriam os que estavam mais próximos e ofereciam calor para o grupo. A dor da proximidade foi muito forte; eles não a suportaram e acabaram se afastando. Morreram congelados.
Dispostos a sobreviver, outro grupo dos mesmos animais concluiu que ou eles morreriam de frio ou teriam que aguentar os espinhos dos
companheiros. Aproximaram-se com mais cuidado e, aos poucos, foram aprendendo a lidar
e a conviver com as dores causadas pelo excesso de proximidade. Respeitavam o outro, mas guardavam certa distância, uma distância necessária e suficiente para
aquecê-los e mantê-los vivos. Sobreviveram...
Moral da história: Não existe perfeição em
nosso mundo. Seja nos ambientes familiares, profissionais ou sociais, não há
relacionamento perfeito, porque não existem pessoas perfeitas. Desde
que isso não fira a dignidade dos envolvidos, a melhor forma de
se relacionar com o outro pressupõe aprender a respeitar, aceitar e a conviver com os defeitos do outro, sempre
em prol de um bem maior: o bem-estar geral da comunidade. Porque, como diz uma conhecida frase, juntos, somos sempre mais fortes.
Coitadinhos. Apesar do final feliz,sempre me dói o sofrimento dos animais. Mas gostei da lição, amiga. Beijos
ResponderExcluirIone
Ione, a gente tem que se juntar, é verdade, mas respeitando os limites, as individualidades e as diferenças, sempre. Abraços
ExcluirVerdade. Não estamos sozinhos no mundo. Para viver em paz com os outros, devemos ser tolerantes, aceitar, respeitar e amar o próximo.
ResponderExcluirEntão, Sueli, conviver nem sempre é fácil. Muitas vezes, a manutenção da dignidade fala mais alto que o "frio". Nesses caso, o indivíduo corre o risco de se isolar demais e acabar sozinho. Mas, como diz o velho ditado, uma andorinha só não faz verão. É o grupo que consegue ter força. Abraços.
ExcluirSempre me impressionei com essa fábula.
ResponderExcluirBoa abordagem, Anita, sempre atual.
Obrigada, Valquíria. Não tem sentido ler e aprender coisas e não aplic´-alas no nosso momento atual, certo? Grande abraço.
ExcluirAnita
Os espinhos ferem, porém o isolamento mata!
ResponderExcluirSempre, já que ninguém cresce sozinho. Obrigada por participar. Volte sempre.
ResponderExcluirAbraços
Anita
Fábula bem oportuna para o momento. Sua leitura pode ser bem útil para setores da esquerda no Brasil.
ResponderExcluirOi, Victor! Sim, porque a direita se junta, né? Bem ou mal, em seu próprio interesse.... Mas vamos chegar lá... bjs e obrigada por participar
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