Combate à peste bubônica. Wikimedia/Divulgação |
Ela chegou de improviso e mexeu com o mundo todo maneira
inusitada. A Covid-19 se instalou há alguns meses e trouxe mudanças
irreversíveis no modo de vida das pessoas, com consequências diretas e indiretas. Não há como sair igual desse período. Aliás, nada será como
era. Relações e vínculos familiares, por exemplo, mudaram. Podem ter
ficado mais transparentes, verdadeiros e fortes, ou esgarçados; os indivíduos podem ter aprendido a reconhecer-se como de fato são; muitos mostraram seu pior lado e outros, sua melhor versão; negócios faliram, governos se revelaram amparando seu povo ou não e, graças à tecnologia, houve
um sem número de lives sobre diversos temas - arte, música, política, literatura, tradução, yoga, saúde,
meditações, astrologia etc. Quem tem acesso à internet deve ter aprendido algo novo nesse tempo.
O que nos cabe é viver o presente e quando tudo passar - porque vai passar - teremos uma
carga única de experiências. Só não sabemos se estaremos aqui, nem tampouco o que
nos aguarda o “depois”. O ser humano descobriu, finalmente, que não tem esse
controle. Só sabemos que não será, nem poderá ser, como janeiro
de 2020. Não havia nada de normal naquele período. Por outro lado, talvez tenhamos aprendido, de fato, o que
significa ser (por falta de termo melhor) um refugiado às avessas, um refugiado
em nossas casas, porque como diz minha querida amiga, a terapeuta Carolina
Young, no fundo, somos “príncipes e princesas em nossos castelos”. Muitos não
têm sequer a possibilidade de ficar em casa, seja porque prestam
serviços essenciais, seja porque seu sustento vem do trabalho informal
cotidiano, seja porque não têm como nem onde se abrigar já que moram nas ruas,
embaixo de viadutos e marquises ou, quando têm onde se "abrigar", o termo
“casa” seria um eufemismo cruel para o que têm.
Dom Quixote, 1955. Picasso |
Imagem: Nasa. Divulgação |
Sempre trazendo ensinamentos simples, mas
essenciais para uma vida plena, em uma de suas muitas lives desse período, Monja Cohen contou que, no Japão, há três regrinhas básicas contra crimes de racismo.
Traduzidas seriam mais ou menos assim: Não
faça, não permita que façam e não desculpe quem faz. Tudo, porém, sem violência. Isso é não se omitir, é posicionar-se e assumir seu papel (essencial) na busca por um mundo melhor. É estar
desperto para o ser de luz que todos somos. Não há mais espera, o tempo é agora. Que caiam os véus
da ilusão, da empáfia,do orgulho e do egoísmo. Que essa pandemia acenda, nos corações, a faísca da solidariedade real, unindo a espécie humana num só concerto de vozes e ações, caso contrário, a humanidade sucumbirá.
👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirBela pensata
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