A primeira edição do FLIC 2016 - Festival Literário Internacional
Catarinense (12 a 16 de outubro de 2016) aconteceu na Cidade Criativa de Pedra Branca, bairro planejado de Palhoça, na Grande Florianópolis (FLIC 2016).
No dia 13 de outubro, quinta-feira, dentro do módulo Literatura
Catarinense & Arquitetura, Urbanismo e Sustentabilidade, fui convidada a abordar o tema Cidade Caminhável, a partir do
livro de mesmo título, de autoria de Jeff Speck. Recém-lançado pela Editora Perspectiva, o livro foi traduzido para o português por mim e pela colega
tradutora Anita Natividade, com o título Cidade Caminhável.
Sustentabilidade tem sido um tema cada vez
mais perseguido e discutido por urbanistas do mundo todo. O meio ambiente é
tema mundial e já não é sem tempo. Construção complexa e rica, a cidade é a
casa de todos nós, o imenso caldeirão onde a maioria dos habitantes do planeta
escolheu para viver, crescer, aprimorar-se pessoal ou profissionalmente; é o
local das trocas, encontros e possibilidades. Assim, é papel de cada um
torná-la cada dia melhor para todos, mais agradável, organizada, acolhedora,
viva, inclusiva, mais justa e menos desigual. Todos são responsáveis por essa
construção; todos têm direito a uma Cidade com C maiúsculo.
Além disso, conheci outros personagens, tradutores, autores,
jornalistas, poetas e escritores, como em todo evento dessa natureza.
Poetas como o uruguaio Fabián Severo, professor universitário de Literatura e
condutor de diversas oficinas de escrita, que vive na fronteira do Brasil e
do Uruguai... Apesar do pouco tempo, percebi ali um olhar agudo,
crítico e profundo. Gentil, Fabián me
presenteou com um de seus livros de poemas - Viento de Nadie. Diz o autor: De tanto caminar, aprendí
que no soy de ningún lugar, soy de la frontera. Un lugar donde los pájaros
vuelan libres y sueltos por el aire, cantando un idioma que todos entienden...Uruguai e seus filhos siempre me encantam... Viva nossa Latino América.
Conheci também o gentil Nuno Camarneiro, físico, professor universitário e escritor português, morador do Porto e ex-morador da linda Florença. Nossos papos foram desde visões críticas e comentários sobre o patrimônio histórico de Floripa, Florença, Barcelona e maracujás, "nonas" (atemoia) e pastéis de camarão....Trocamos ideias e impressões com outros jornalistas, fotógrafos, escritores ou tradutores, como a também eclética Ana Carvalho, que nasceu em Portugal, estudou em Berlim e hoje mora na Holanda. Troca, simpatia, generosidade.
Conheci também o gentil Nuno Camarneiro, físico, professor universitário e escritor português, morador do Porto e ex-morador da linda Florença. Nossos papos foram desde visões críticas e comentários sobre o patrimônio histórico de Floripa, Florença, Barcelona e maracujás, "nonas" (atemoia) e pastéis de camarão....Trocamos ideias e impressões com outros jornalistas, fotógrafos, escritores ou tradutores, como a também eclética Ana Carvalho, que nasceu em Portugal, estudou em Berlim e hoje mora na Holanda. Troca, simpatia, generosidade.
Em suas várias atividades, o FLIC trouxe oito autores estrangeiros, mais de 50
nacionais em sessões de autógrafos, palestras, mesas de discussão, oficinas,
tudo salpicado com exposição e venda de livros, exposições fotográficas,
narrações de histórias, teatro, música e gastronomia, com entrada
gratuita, no agradável bairro planejado de Pedra Branca em Palhoça, área metropolitana da capital catarinense. Sucesso e vida longa ao Festival. Que continue discutindo e despertando o interesse pela leitura, pela literatura e poesia, como fonte
de conhecimento, questionamento e prazer e, sobretudo, discutindo o fazer
urbano e arquitetônico. Afinal, a cidade é nosso universo comum. Somos
seres urbanos. Que outras feiras literárias sigam seu exemplo e comecem a
discutir a cidade, nossa casa maior!
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