![]() |
Foto: Divulgação |
– Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso? Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a CBF, sei lá. Você não ia perguntar sobre isso né? Não ia. É um crime o que ocorreu hoje. Isso aqui é formação, estamos aqui para aprender.
Mais tarde reforçou que esse preconceito acontece em todos os lugares e ambientes, não só no futebol. Nós sabemos disso, não? Será mesmo? Infelizmente, o racismo, o preconceito de qualquer tipo e a violência, em geral, parecem ter sido banalizados a ponto de um jornalista [alguém da imprensa que (teoricamente) deveria trazer informações importantes e verdadeiras para a sociedade sobre fatos acontecidos] ver tudo aquilo e ignorar, como se nada houvesse. Quem não pensa, não toma partido, não denuncia o mal, torna-se cúmplice dele. Uma certa filósofa alemã falou muito a esse respeito. (Leia aqui e aqui).
Triste para Luighi, muito triste para a imprensa, tristíssimo para a sociedade.
Vários clubes e
jogadores brasileiros, em especial Vinicius Júnior, alvo recorrente de
racismo na Espanha, se posicionaram em apoio e solidariedade a Luighi, incitando-o a não desistir e a continuar lutando. A presidente do
Palmeiras, Leila Pereira, tem pressionado as autoridades competentes a se posicionarem de forma firme contra esses
crimes. Resta saber o que farão os clubes e entidades esportivas daqui e
do mundo. É inócuo dizer que "repudiamos" e "somos contra". É preciso agir firme com atitudes concretas, porque,
infelizmente, já sabemos onde a impunidade leva. Até quando?
Que isso sirva de lição e de alerta à sociedade e aos pais: é urgente lembrar, praticar e ensinar que a cor do sangue que bate no coração de cada ser humano é sempre vermelha, apesar dos diferentes tons de pele. A prática do respeito deve ser diária, a todo instante.
Referências
Instagram do jogador: @luighihanri
https://www.palmeiras.com.br/jogadores/luighi-hanri-sousa-santos/
Foi revoltante,amiga. Sem palavras.
ResponderExcluirOs insensatos viram as costas para esse drama tocante/ j.campos
ResponderExcluirÉ sempre muito triste ver pra onde a humanidade está indo. É já passou da hora do BASTA BAAAASTAAAA
ResponderExcluirTutto questo è veramente intollerabile (succede anche da noi) speriamo che la FIFA E UEFA facciano qualcosa di veramente importante, per stroncare questa situazione che non si deve sottovalutare.Ciao Tonino
ResponderExcluirÉ um absurdo. Imagine quem passa por isso a vida inteira. Gerações de pessoas a ouvir essa coisa doentia... me solidarizo com o moço que chorou e tenho fé de que isso um dia acabe, porque seguir assim não dá!
ResponderExcluirMuito bom texto! Isto tem que mudar,tem que haver respeito, somos todos iguais perante a Deus. Espero que mude isto e que aja amor,respeito,afeto ao próximo é que o Ser Humano possa melhorar mais.Bebel
ResponderExcluirExcelente texto, Anita! Ele teve a ombridade que faltou ao repórter e a tantos outros que fizeram/fazem vista grossa ao racismo. Parabéns pra ele, pela coragem, força, dignidade, e pra você, pelo texto impecável. Bjs, telma
ResponderExcluirObrigada, querida... E como falta ombridade nas pessoas, né? Além de respeito, solidariedade, empatia, coragem... Tbm aplaudi de pé a coragem do Luighi...seguimos batalhando, beijos
ExcluirSim, isso mesmo, e como falta!
ExcluirSeguimos.. ♡
O jovem Luighi mostrou a toda a sociedade o quanto se faz urgente uma mudança significativa.
ResponderExcluirJá passou o tempo em que situações como essa, passavam desapercebidas. Vergonha
por pelo silêncio diante de tantos preconceitos.
Anita, você verbalizou nossa revolta com o ocorrido com Luighi. Chorei ao vê-lo indignado e com a omissão da mídia. Deu-me vergonha de pertencer a essa categoria. Bjs. Vanilda
ResponderExcluirOi, Vanilda... Pois é, nem todos os profissionais têm a coragem de desafiar as ordens tortas dos patrões e ir em busca da justiça... Mas ainda bem que não são todos, né? Há salvação... beijos
ExcluirAnita querida, só agora tô lendo esse blog. Também não presto muito atenção a futebol, só de vez em quando uma notícia sobre algo extraordinário. E, infelizmente, os atos de racismo contra jogadores negros são comuns; como você disse, estamos todos dessensibilizados. O que podemos fazer, nós, os que estamos "de fora," assistindo casos assim? Por um lado, intervenção e denúncia no momento mesmo em que testemunhamos o ato de racismo (e a polícia ou oficiais no estádio, reagiriam para censurar os criminosos?); e por outro lado, uma campanha de pressão junto às entidades do mundo do futebol. Vamos lá?
ResponderExcluirVamos, Cris, o tempo toqdo e cada vez mais alto. Uma hora vão ouvir ... Um beijo
Excluir