O ser humano se desenvolve e evolui a partir da observação continuada e corajosa de si mesmo, do
autoconhecimento, do voltar-se para a própria essência, observando-se, analisando-se com coragem, procurando melhorar, estudando e aplicando os yamas e niyamas
na vida diária. São cinco yamas e cinco niyamas. Os primeiros são: não-violência,
verdade, honestidade, controle da energia, desapego; e os niyamas são: pureza, alegria
interior, disciplina/persistência, autoestudo e entrega. Sintetizando, esse estudo é o que mais me emociona e me inspira no yoga: o movimento contínuo de aprimorar-se um pouco mais a cada dia, tornar-se melhor para os outros e não melhor do que os outros,
como sempre destacava o querido professor José Hermógenes. Sim, sou uma das
privilegiadas que tiveram aulas com ele, com Shotaro Shimada, Maria Helena
Bastos Freire, Celeste Castilho e outros que já partiram, mas deixaram
sementes fecundas.
Estudados, aplicados, relembrados
e praticados todo o tempo, os yamas e niyamas reforçam essa busca
de aprimoramento individual. Com a prática, eles acabam ficando introjetados na pessoa e mudando seu modo
de agir no mundo. É impossível separar um do outro, pois estão profundamente interligados. Podemos começar por qualquer um deles e logo estaremos praticando todos ao mesmo tempo. Fácil não é; é desafiador, trabalhoso, exige coragem, coerência, honestidade, esforço, disciplina, entrega e muito mais. Mas é o nosso caminho: evoluir.
Por isso, o yoga é uma dádiva, porque cada ação nossa tem a possibilidade de alterar o todo e isso exige responsabilidade. Como num imenso jogo de dominó, no qual o movimento de uma única peça (a primeira a tombar) vai formando um contínuo, sucessivo e orgânico desenho do conjunto, uma mudança de atitude sincera de alguém influencia seu entorno imediato e além, e além, e além... como o seixo jogado na superfície calma de um lago que forma infinitos círculos concêntricos. Vamos?
Para terminar, deixo aqui uma frase, significativa e perfeita para mim, que fala da nossa responsabilidade diante da vida. J. R. R. Tolkien, autor da saga "O Senhor dos Anéis" e professor da Universidade de Oxford, dizia: "All we have to do is to decide what to do with the time given to us". (Tudo o que temos a fazer é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado).
Referências
TAIMINI, I.K. A ciência do yoga. 3. ed. Brasília: Teosófica, 2004.
HERMÓGENES, J. O essencial da vida. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2005.
RODRIGUES, M.R. (org.) Estudos sobre o Yoga. São Paulo: Phorte, 2006.
Obrigada, Anita querida, por lembrar-nos da razão por que estamos aqui neste mundo: para aperfeiçoar-nos espiritualmente e para servir ao bem comum. Beijos, Cristina
ResponderExcluirOi, meu bem, não é? Por mais difícil que seja a vida, é nossa chance, porque, decididamente, não viemos aqui a passeio... Beijos
ExcluirAmada Anita, sua palavras são sempre claras e cheias de sabedoria! Obrigada por partilhar todo esse conhecimento e nos ajudar a caminhar rumo a iluminação.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMinha querida, nós duas sabemos o bem que o yoga nos traz, certo? Então, nada mais natural do que tentar mostrar isso para todo mundo, como fazemos juntas há anos... beijo grande. Namastê do fundo do coração
ExcluirQue clareza seu texto e nos mostra como é bom tomar o rumo certo e ajuda nos caminhar com uma certeza melhor. Bel
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