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O termo tem a ver com o coletivo, com o grupo, com a
interação e a partilha, e carrega uma profunda conotação ética humanista
ligada a valores como fraternidade, compaixão, solidariedade, cortesia, generosidade, confiança, desapego e respeito. Distancia-se do individualismo, do interesse
pessoal, do apego, da vaidade, do orgulho e da opressão, características assustadoras e tão comuns no nosso mundo. Ter ou demonstrar ubuntu é uma questão de estado de
espírito. Mas isso não significa que as
pessoas não devam cuidar de si próprias. Devem sim, é evidente, porque quem não
cuida de si próprio não terá forças nem saúde para cuidar do outro. A questão
é: como você vai fazer isso, de modo a também beneficiar e desenvolver a comunidade,
permitindo que todos progridam com o seu progresso, permitindo que a
coletividade melhore como um todo.
Ubuntu. Na África do Sul, essa bela noção de coletividade influenciou a própria luta contra o Apartheid e a política de reconciliação
nacional do líder Nelson Mandela. Tinha o apreço de figuras-chave, como o arcebispo
anglicano Desmond Tutu que defendia que um indivíduo com ubuntu está
aberto e disponível para os outros, porque acredita que todos fazem parte de
algo maior. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é ela afetada quando seus
semelhantes são diminuídos, oprimidos, desprezados. Sabe que ninguém é uma ilha
isolada e mantém viva a crença “Eu sou o que sou
graças ao que todos somos”.
Reconhecimento e gratidão aos que vieram antes de nós e aos que virão depois também fazem parte desse belo conceito. Que
falta faz um pouco de ubuntu para
todos nós!
Referências:
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