sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Ecos Imateriais | Empatia

Empatia vem do grego empátheia: "entrar no sentimento". Ou seja, colocar-se no lugar do outro e tentar compreender as situações a partir do ponto de vista dele. Fácil? Nem sempre, mas necessário. O indivíduo se percebe como alguém que desenvolveu a empatia quando sente que algo mudou dentro de si, que não foca mais apenas no seu mundinho, mas é capaz de olhar o outro e o mundo com um novo olhar, mais compassivo e generoso. Além disso, tornar-se empático faz parte do processo de crescimento espiritual. Empatia é ver a diferença, mas mesmo assim, tentar construir pontes e não muros, com diálogo, respeito e sutileza. 
 
Quando se começa a desenvolver a empatia, o primeiro sentimento que surge é de choque, perplexidade por ver o tamanho do sofrimento do outro e do mundo. Depois, o indivíduo procura compreender a partir do olhar do outro e, só então, tentar auxiliar de forma equilibrada. Alguém que se envolve totalmente e mergulha na dor do outro perde seu próprio centro e acabar sendo incapaz de ajudar quem quer que seja. Nesse caso, em vez de ajudar, atrapalha, porque intensifica a dor que o outro sente. 
Ao desenvolver a empatia, o indivíduo é alguém que se sensibiliza mais  pelo sofrimento não só das pessoas e do mundo mas também do meio ambiente e dos animais. Não importa a distância, nem a língua, a raça, a geografia. Ele se sensibiliza, porque se identifica com o Todo. Somos um, lembram- se? Ele se identifica e muda. Muda sua forma anterior de ver o mundo e até de cuidar de si próprio. Identifica um chamado interior para a ação e passa a sentir, ver e ouvir o outro, porque, às vezes, tudo o que o outro queria era ser visto e ouvido com atenção e respeito. Empatia, portanto, inclui a escuta generosa, atenta, paciente e gentil.  
 
MAS, é bom que se diga, empatia não significa conivência, aceitação do mal... Como dizem os textos, é preciso manter-se coerente com os princípios sagrados. Seria como condenar o pecado, mas não o pecador. É da lei da vida que ao agir, o indivíduo já está semeando seu destino para o bem ou para o mal, ou ainda, a cada um será dado segundo suas obras. Então, não nos preocupemos em julgar, já que é certo que a colheita virá. Além disso, aquele que age erradamente terá sempre a consciência como seu eterno e mais severo juiz.

Referências

https://escoladainteligencia.com.br/blog/o-poder-da-empatia-como-ela-impacta-a-vida-das-pessoas/   

http://www.aluzdoespiritismo.com.br/artigos/13/empatia-  

https://www.psicanaliseclinica.com/se-colocar-no-lugar-do-outro/

 

8 comentários:

  1. Parabéns pelo texto maravilhoso como sempre Anita! Esse assunto é muito bom e me faz refletir muito inclusive na educação das crianças.. eu sempre pergunto a eles "o que vc faria se tivesse no lugar dele?".. eles ficam pensando ..

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    1. Exato, na educação dos filhos é tudo de bom....e convenhamos, muitos pais deixam passar essa oportunidade única, né? Beijo grande

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  2. Anita, excelente texto! Deve ser lido e relido para que possamos entender como fazer! Bjs

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  3. Excelente! A literatura também é uma linda maneira de nos ajudar nesse processo de estabelecer, criar ou fomentar a nobre empatia ❤💕

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    1. Telma, querida, a literatura é a forma mais prazerosa e sutil de aprendermos, né? Beijos, querida.

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  4. Minha cosciencia tem sido severo juiz por nao ter sido melhor pai embora os filhos pensem o contrario.

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  5. Parabéns pelo texto Anitinha! Como é bom nós refletirmos muito sobre a empatia, vamos enxergar melhor o outro.

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  6. Pois é, em tempos em que tanto se alimenta o ódio, a empatia , que não pode ser confundida com tolerância com o arbítrio e um esforço diário.

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