quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Ecos Culturais | Tarsila em Chicago

Abaporu (1928), óleo sobre tela. Tarsila do Amaral


 É muito bom ver nossos artistas valorizados e homenageados lá fora, ainda que com atraso. Agora é a vez de Tarsila do Amaral (1886–1973) cuja obra mais conhecida, o ABAPORU, infelizmente para nós, faz parte do acervo do Museu de Arte Latino-Americana, o MALBA de Buenos Aires. A primeira grande exposição da artista nos Estados Unidos tem o título de “Tarsila do Amaral: Inventing Modern Art in Brazil" e, através de 120 telas, desenhos e documentos históricos, mostra suas experiências em Paris e em São Paulo, bem como seu papel na fundação do movimento Antropofagia cujo emblema é justamente a obra Abaporu.
Só para quem puder...  

Exposição Tarsila do Amaral: Inventing Modern Art in Brazil"
Instituto de Artes de Chicago
De 8 de outubro 2017 a 7 de janeiro de 2018.
Vídeo: Cinco coisas que você precisa saber sobre Tarsila
 

Vídeo: Cinco coisas que você precisa saber sobre Tarsila. 
The Art Institute of Chicago  - Enviado em 21 de set de 2017. 
Referências:

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Ecos Literários | Mário, o modernista a caráter

Só não admira e respeita a obra de Mário de Andrade quem ainda não a conhece. 
 (Valquíria Maroti Carozzze)

A frase acima pode ser aplicada a vários personagens das mais variadas áreas, mas talvez venha muito a calhar nos tempos atuais, em que memória, dimensão histórica e discernimento, aliados à correta apreensão dos fatos, parecem ter sido relegadas a um papel menor, muito menor. 

Mas, sem dúvida, se aplica à grande obra deixada por Mário Raul Morais de Andrade (1893-1945). Há algum tempo já comentamos sobre o lançamento do mais recente livro de Valquíria Maroti Carozze (aqui) que, finalmente, chega ao público. No livro Mário, o modernista a caráter, criador e criatura se encontram em papéis trocados. Aqui, a criatura Macunaíma é o "autor" que, com suas palavras, conta a biografia de seu criador. Com humor, perspicácia e inteligência, com certeza, Valquíria nos levará à dimensão macunaímica de Mário de Andrade, a quem tanto deve a cultura brasileira. 

Em seu livro anterior, 'Oneyda Alvarenga: da poesia ao mosaico das audições, a autora já revelara sua imensa capacidade de pesquisa e facilidade de escrita, criando um texto rico de informações e de leitura agradável. O lançamento de Mário, o modernista a caráter é no próximo dia 29 de setembro, a partir das 18h30 min., na Livraria Martins Fontes, Avenida Paulista, 509, em São Paulo. Já reservei o meu exemplar.

Sobre a autora: Valquíria Maroti Carozze (1967) cursou Biblioteconomia e Documentação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. O primeiro livro lançado foi Contos bêbados e secos. Em 2012, tornou-se mestre em Filosofia, pelo Instituto de Estudos Brasileiros da mesma Universidade, gerando o livro Oneyda Alvarenga: da poesia ao mosaico das audições, publicado pela Alameda Casa Editorial. A partir desse trabalho, também a Rádio Cultura realizou, em 2013, uma série de vinte belos programas: Oneyda Alvarenga e seus concertos de discos – que são acessíveis pela Internet. Em 2015, recebeu título de membro correspondente da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências. Participou de eventos no Centro Cultural São Paulo e na Casa Mário de Andrade, numa extensão de troca de conhecimentos com outras pessoas sobre a trajetória de Oneyda Alvarenga, organização de acervos sonoros e seu valor na formação do ouvinte e sobre o legado cultural que desencadearam as iniciativas pioneiras de Mário de Andrade. 

Título: Mário, o modernista a caráter
Autora: Valquíria Maroti Carozze
Editora: Chiado Editora
Ano de publicação: 2017
Número de páginas: 160
Coleção: Viagens na Ficção
ISBN: 978-989-51-9918-1
Preço: R$ 33,00

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ecos Musicais | Vai passar...


Vai passar (tomara!), Apesar de você... e tantas outras musicas atemporais de Chico Buarque. Um privilégio...
Vídeo de Paula Xavier. Publicado em 16 de dez de 2012 . 


 Vai Passar
Chico Buarque e Francis Hime

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo, página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)

Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma
cidade a cantar a evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê | Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê |Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar