quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Ecos Literários | Alunos Autores

Se navegar é preciso, escrever também o é. É uma forma de se colocar no mundo, de se expressar, de deixar registrados fatos, pensamentos, ideias, ações. Sempre escrevi e, pelo jeito, devo ter sido escriba em outras vidas, porque escrevo desde sempre e o tempo todo – em aulas, em seminários, em palestras, em filmes... ao ler, ao estudar, ao pensar, ao dar aula... para me acalmar, para me entender, para sintetizar, para gravar conhecimentos. Escrevo. A princípio, escrevia só para mim, depois... Depois, o Blog Anita Plural surgiu para canalizar meus escritos.

E ao longo de tantos anos escrevendo, traduzindo (outra forma de escrita) e dando aulas (de inglês e de yoga), confesso que percebi esse dom em alguns alunos. Uma redação aqui, um poema ali, um conto ou uma pesquisa acolá. Mas só. Meus ex-alunos alçaram outros voos e, hoje, trabalham como professores universitários, advogados, promotores, veterinários, médicos, arquitetos, administradores, gestores, veterinários, comissários de bordo, terapeutas, mas não me lembro de nenhum que tivesse seguido pelos caminhos da escrita, seja de poemas ou de prosa. 

Nenhum? Engano meu. Há pouco tempo, ganhei dois livros de dois alunos de yoga. Ela, uma gentilíssima bisavó, avó e mãe, curiosa, ativa, amiga do conhecimento e da filosofia, aluna assídua há quase 20 anos. Ele, 15 anos mais jovem, advogado, tranquilo, bonachão e aluno mais recente de yoga, uns 8 anos, talvez. Ambos aplicados, atentos e interessados na teoria e na prática dos ensinamentos da filosofia do yoga.

Ela, Noêmia Leite Alvarenga, escreveu seu primeiro livro Minhas Lembranças de Família como se estivesse contando a história para filhos, netos e bisnetos, ao redor de uma grande mesa ou de uma fogueira. A arte de contar histórias vem de muito longe... Com simplicidade, a autora vai puxando os fios da memória e narrando as histórias de sua família do sul de Minas Gerais, desde seus ancestrais. Resgata a formação de seu tronco familiar – as famílias Prado, Leite e Alvarenga, de Paraguaçu, fala dos acontecimentos políticos e históricos, das mudanças de cidade para estudar, das gerações sucessivas, das mudanças tecnológicas vividas, do núcleo familiar atual e do elemento que cimentou essa trajetória – o afeto. É uma leitura leve, gostosa, despretensiosa, curiosa e com direito a árvore genealógica.  

Ele, Geraldo Rezende Neto, assina Geraldo das Geraes e é funcionário de carreira da Fazenda Estadual de Minas. Ex-redator de um jornal de Paraguaçu, até hoje corrige os exercícios de inglês como um revisor preciso, utilizando as conhecidas marcas de revisão. Leitor voraz de literatura nacional e estrangeira de qualidade, Geraldo já teve seus contos premiados e, por insistência de um amigo professor de Literatura, resolveu juntar alguns escritos no volume Com a mulata Efigênia. De leitura alegre, divertida, criativa, cheia de chistes e inusitada, os contos remetem ao famoso autor mineiro Murilo Rubião, o chamado Kafka brasileiro.

Ambas são leituras agradáveis e divertidas. Mais do que isso, dão a seus autores a oportunidade de criar, viajar nas letras e na memória, escrever, registrar e se expressar. Eu, a eterna professora-escriba, adorei, parabenizo esses queridos alunos, peço bis e incentivo os demais a traçarem suas linhas. Escrever é preciso!

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Ecos Imateriais | Resiliência & Equanimidade

A vida é feita de uma somatória de momentos felizes e menos felizes, celebrações e vitórias, mas também problemas de toda ordem — financeiros, emocionais, de saúde, de trabalho, de relacionamentos etc. É inevitável. O importante é ter consciência de que é preciso ser resiliente e seguir. Em outras palavras, não desistir, não se deixar abater (por muito tempo) pelos períodos de baixa, porque se estamos aqui é preciso seguir adiante e sobreviver.  
Como disse o poeta Ivan Lins, no novo tempo estamos aqui para sobreviver, para nos socorrer... Além disso alegria e entusiasmo têm vibrações de frequência elevada e vibrando em frequências mais altas, nós nos protegemos daquelas mais baixas que nos contaminam e afetam nossa saúde.

Agora, a forma de sobreviver depende de cada um. Por isso, o yoga, a meditação, a arte, a dança, a música, a literatura, a filosofia e a cultura são vitais. São saberes essenciais – ou seja, direito de todos – que nos ajudam a refletir, a sacudir certezas pífias, a buscar entender, a perceber o oculto, a ir além, a desenvolver o pensamento crítico, o equilíbrio, a humildade e a resiliência para seguir adiante.   

O admirável caminho do yoga, como filosofia de vida, também nos ensina isso. Parte central do Ashtanga yoga de Patanjali (séc. IV a.C.), em seu compêndio Yoga Sutras, os yamas e os niyamas são um verdadeiro código de conduta para todos, em especial para o praticante. São cinco refreamentos e cinco observâncias que se entrelaçam. Cada um aborda um tema e nos convida a uma postura ética, pura, alegre, não violenta e resiliente na vida, com vistas ao autodesenvolvimento e a uma convivência sadia na sociedade. 

 

Tapas é um deles e nos traz essa resiliência, essa persistência, esse não desistir. Fala-nos de austeridade, coragem e determinação para fazer o melhor, ou seja, de ser e priorizar em qualquer situação nossa melhor versão. Tapas esclarece que, nem sempre, temos gratificação imediata de nossas ações, mas se priorizarmos o despertar da consciência e o bem comum, estaremos no caminho certo.


Santosha é traduzido por contentamento, alegria interior, equanimidade. Fala de cultivar um estado de contentamento interno com o que se é e com a vida, em geral. Não é, porém, conformismo, inércia ou acomodação. Longe, muito longe disso! Trata-se de uma forma de encarar a vida, um ponto de vista. Santosha não pede apatia nem inércia. Ao contrário, pede ação, sob outra perspectiva. Com Tapas e Santosha (os outros se entrelaçam, lembram-se?), a gente pode começar a se equilibrar e a se transformar.

Abaixo, um ensinamento sufi, cuja autoria desconheço, mas que traduz essa opção de forma clara.

  

 A vida pode ser simbolizada pela água: há aqueles que se afogam na água, outros que nadam, mas há aqueles que caminham sobre ela. Os indivíduos suscetíveis que, a cada alfinetada, sofrem, se lamentam e ficam infelizes por longos dias, pertencem à categoria dos que se afogam. Aqueles que recebem e devolvem, fazendo da vida um jogo, são como os nadadores, recebem uma pancada, mas logo a devolvem e seguem adiante. Mas aqueles a quem nada pode atingir estão no mundo e, todavia, acima do mundo. São equânimes e são os que podem caminhar sobre as águas. A vida está sob seus pés e eles recebem tanto as alegrias como as tristezas, mas sua alma continua forte e equilibrada.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Ecos Culturais | A casa da Infância

Desenho: Maitê Colaianni Maciel, 7 anos, ago. 2021.

Quando eu era criança, em São Paulo, morávamos na zona norte da cidade, num bairro hoje chamado Vila Esther, entre Santana e Jardim São Bento. Com quatro ou cinco casas, no máximo, a rua não tinha calçamento, rede de esgoto e iluminação pública, mas nada disso importava porque a rua e os lotes vagos eram meu refúgio e palco de muitas brincadeiras. Fora do horário e das tarefas escolares, a meninada brincava de roda, de pular corda, amarelinha, queimada, mãe-da-lata, esconde-esconde, pique-pega, adoleta e por aí vai.... Hoje, anos depois, quem passa pelas transversais da Avenida Braz Leme, perto do Campo de Marte, não tem a menor ideia de como eram aqueles arredores nos anos 1950-60.

“Uma cidade que for boa para as crianças será um lugar bom pra todo mundo”. Nelson Mandela

 

Para começo de conversa não me lembro da existência de código de obras, legislação de uso do solo, muito menos exigência de recuos. No entanto, as poucas casas existentes eram térreas, mais longas do que largas, dispostas em lotes estreitos e compridos, e o bom senso imperava. Não me lembro de discussões entre vizinhos com referência a lotes, divisas, muros etc. A casa da frente do nosso lote, dos meus avós italianos, já existia. Foi a segunda casa da rua e do bairro. Meus avós - "vô" Chico e "vó" Rosária - muito se esforçaram para a construção da casa. Ele era fiscal da Companhia Municipal de Transportes Coletivos - CMTC, ainda no tempo dos bondes, e ela trabalhava de manhã, de tarde e à noite para atender às encomendas de pão e macarrão caseiros, lavava roupa para fora, gerenciava a família e ainda cuidava da construção da casa com o produto do seu trabalho.

A casa dos meus pais (minha casa) foi construída conjuntamente pelo meu pai e meu tio materno, Omar Portes, avô do primo Renato Portes (que só conheci virtualmente e há pouco tempo). Tio Omar veio especialmente de Goiânia para ajudar meu pai Pascoal (ainda solteiro) a construir uma casa onde ele, Pascoal, e minha mãe Adélia (irmã caçula do tio Omar) morariam depois do casamento. Tio Omar ajudou na construção da casa, retornou a Goiânia e nunca mais voltou, mas deixou sua marca naquela casa de paredes simples, sólidas e com um desenho mais do que lógico.

Então, minha casa e a casa de meus avós ocupavam o mesmo lote comprido e estreito (8m x 50m) e eram rebatidas. Exatamente iguais, as duas casas eram coladas a uma das divisas laterais do lote, abrindo-se para o outro lado: um grande e comprido quintal com tudo aquilo a que tínhamos direito. A "divisa" desse lado era feita com plantas - samambaias, costela de Adão e muitas flores. Hoje isso teria o nome de "cerca viva". Na época, era tudo muito natural... Minha mãe (que me ajudou a compor essas memórias) cuidava do jardim. Ainda junto à "cerca viva", a meia distância entre a frente e os fundos do terreno, havia uma amoreira que demarcava, de longe, a divisa do lote. A amoreira, sua sombra, seus galhos e frutos foram palco de muitas e muitas brincadeiras (e tombos) das poucas crianças da rua - nós, nossos primos e alguns vizinhos. Nesse trecho do quintal havia ainda uma profusão de suculentas que serviam de alimento para as bonecas. Afinal, quando minhas primas nos visitavam, a hora do chá das bonecas era sagrada.  

Vô Chico e vó Rosária, nas Bodas de Ouro, 1962.

Havia ainda uma área cimentada e dois barracões para os muitos apetrechos e ferramentas do meu avô. Ao lado dos barracões, mais perto do centro do lote, uma casinha para os cachorros - e sempre havia dois cachorros lá em casa: Peralta, Tigre, Radar.... Aliás, os barracões eram um mistério à parte, cheios de objetos estranhos que atraíam nossa infindável curiosidade infantil: o menor vivia trancado, era escuro, abafado e cheio de ferramentas "perigosíssimas", como enxada, enxadão, foice, machado, tesoura para podas etc. Ao lado do pequeno, o maior não tinha portas, só um telhado com telhas de amianto (!) e três paredes com prateleiras repletas de traquitanas – algumas ferramentas mais comuns, botas, chapéus, sacos de ração, gaiolas, vasos, adubo etc. Para nós, tudo era matéria-prima do nosso brincar. Para meu avô, nem tanto. Ah, sim. Os dois barracões eram de terra batida.

O “fundo do quintal” para nosso olhar infantil parecia não ter fim; o lote parecia maior, mais largo, sem fim. Descobri, depois, que parecia não ter fim porque não conseguíamos enxergar a cerca (feita manualmente de ripas de madeira) através das diversas árvores existentes, plantadas por eles - laranjeira, goiabeira, jabuticabeira, amoreira e um parreiral, cujas uvas eram solenemente colhidas e servidas a cada Natal (ver Antigas Comemorações). Isso sem contar a "horta" com milho, jiló, couve, almeirão...Ah, também havia o cercadinho só para os coelhos, porque as galinhas ficavam soltas pelo quintal e dormiam nos poleiros e nas árvores!


No centro do terreno, colado à outra divisa lateral, um elemento organizava e dividia o conjunto: uma lavanderia e um banheiro. Dali saíam três degraus de cada lado para acessar um tipo de alpendre de (que chamávamos de "terracinha"), passagem obrigatória para entrar e sair das casas. Era como uma antessala, um hall, um divisor não de águas, mas de territórios. Separava o território da minha casa e o da minha avó, o que para mim não fazia muita diferença, porque eu vivia lá, num entra e sai danado. Cada "terracinha" era separada do quintal por uma meia parede, meu local preferido de brincadeiras: sobe escadinha, desce escadinha, pula mureta, cavalga, desce do cavalo, torna a subir... a mureta era o grande alazão dos primos.

Meu olhar (ainda não sabia que seria arquiteta, mas bem que poderia ter imaginado) também já era atraído pelo ladrilho hidráulico geométrico da casa da minha avó. As cores, vinho e bege. Os desenhos, losangos de vários tamanhos, formando uma linda estrela. Aliás, o piso já foi tema de uma postagem aqui no blog Anita Plural https://anitadimarco.blogspot.com/2017/01/memoria-paisagem-construida-ladrilho.html. No post, falo do surgimento dos ladrilhos, prensas hidráulicas, materiais empregados e moldes. Naquela época, quando já admirava aqueles desenhos, nem imaginava o trabalho necessário para produzir aquelas maravilhas. Ainda bem que, hoje, esses ladrilhos são valorizados e estão em voga de novo. Belo ofício!  

 Mas  voltando à casa da infância, nossa casa não era grande, nem imponente, nem nobre. Era comum, dessas casas simples de bairro popular, bem construída, com um quintal desordenado para os padrões atuais, mas era um palácio para nós. Tínhamos a "terracinha", quintal, terra, água, plantas e a rua; tínhamos matéria-prima para o brincar; tínhamos apoio e participação da minha mãe nas brincadeiras e, principalmente, carinho, escuta e liberdade. Tínhamos uma família presente. 
A casa onde passamos os primeiros anos da vida não é apenas passado ou fonte de lembranças e memórias. É um tesouro vivo impregnado em nós, lugar de inspiração, de escuta, de descobertas, aconchego e desafios. Meu sonho é que, um dia, todos tenham não apenas uma moradia digna (que é direito de todos), mas uma casa da infância que aconchegue e tenha eco para formar, inspirar e cultivar sonhos pela vida afora.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Ecos Culturais | Gentilezas Urbanas

No início dos anos 2000, Eneida Carvalho Ferraz e eu, ambas arquitetas da FAU-USP, mas formadas em anos diferentes, éramos conselheiras do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Varginha - CODEPAC. Nossas falas se atropelavam tal o ritmo, a velocidade e a concordância de nossos pensamentos. Talvez por virmos da mesma escola. Ativíssimas, queríamos abarcar o mundo, discutir, propor, produzir, agitar, mas nem sempre conseguíamos. Nosso  objetivo (dentro e fora do Conselho) era divulgar e preservar os bens tombados da cidade, educar e conscientizar a população em geral sobre a importância de preservar o patrimônio cultural, material ou imaterial, para compor a identidade de um grupo, uma sociedade, uma nação.

Um de nossos projetos, a exposição itinerante Nosso Patrimônio vai às Escolas (2002), foi aceito, abraçado pelo grupo e executado. Anos depois, o projeto recebeu o prêmio Gentileza Urbana 2011 quando foi apresentado no 3º Fórum Mestres Conselheiros, em Belo Horizonte. O objetivo do prêmio, instituído pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - MG em 1993, é incentivar e premiar práticas cidadãs para construir uma cidade mais gentil e melhor para todos. 

Pensamos, concebemos, definimos e realizamos cada passo do projeto que atendia aos pressupostos: por que expor, o que expor, como expor e onde expor.

Eneida, numa das montagens.

Por que expor | A justificativa: divulgar os bens tombados do município de Varginha e, dessa forma despertar o interesse, sobretudo dos jovens, sobre o nosso patrimônio cultural, o sentido de cidadania e a corresponsabilidade de todos em sua proteção.

O que expor | O conteúdo: conceitos teóricos sobre o tema da preservação do patrimônio, textos e fotos sobre os bens em questão, provenientes do acervo da Coordenadoria do Patrimônio Cultural - COPAC.

Como expor | A metodologia: 1- O problema: nem todos visitam museus ou exposições, seja por falta de oportunidade, hábito ou conhecimento.  2- A solução: uma mostra itinerante-se os alunos não vão até a exposição, a exposição vai até eles.

Onde expor |Os espaços: escolas públicas da cidade, onde a mostra permaneceria por uma semana.

Respondidos esses pressupostos, partimos para pensar como materializar a exposição.

O suporte: projetamos um painel dobrável de plástico transparente, de 1,80 x 0,60 m, subdividido em três envelopes plásticos que acomodariam o material produzido pela Coordenadoria Técnica do Patrimônio Cultural - COPAC. Conseguimos o apoio de uma empresa de plásticos da cidade, a Pry-Toy que generosamente, por meio de seu diretor Humberto Telles, executou o projeto dos painéis.  

A expografia: adaptável a vários ambientes, os painéis (10 no total) eram suspensos por fios de nylon e ligados individualmente aos suportes disponíveis em cada escola – vergas superiores de janelas, vigas, caibros do telhado; na parte inferior, os fios eram fixados a algum elemento pesado do local – blocos de concreto, em geral, ou no próprio piso, para evitar a movimentação e a rotação do painel:  

Inauguração: Raquel Silva (Secr. Educação, Rossana Ippólito (Conselheira) e Mauro T.Teixeira (Prefeito).

A logística era genial (e primária), típica de entusiastas. Toda segunda-feira cedo, Eneida e eu íamos até a escola X, desmontávamos a exposição, dobrávamos cada painel em três (havia uma costura para isso), carregávamos o carro (o meu ou o dela) com os os painéis, dirigíamos até a a escola Y e montávamos tudo de novo. Em seguida, havia uma “inauguração” oficial, ou seja, falávamos, aos professores e alunos reunidos, sobre o tema e o objetivo da exposição. Dali a uma semana tudo recomeçava. Em cada escola, havia um grupo de alunos/monitores da exposição.  

Na semana em que a exposição estava montada, os professores daquela unidade escolar trabalhavam o tema nos diversos conteúdos curriculares. Registre-se aqui nosso agradecimento à Secretaria Municipal de Educação e aos professores que acataram nossa ideia. Os demais membros do Conselho e da COPAC, a quem também agradecemos, ajudaram na seleção de material e distribuição das fotos e textos nos envelopes. A epopeia durou quatro meses. Foi um intenso trabalho de formiguinha, mas que nos trouxe muito prazer e retorno.

Em tempo, todo conselheiro era voluntário. Tudo que foi feito foi pelo bem da cidade e por acreditarmos no que fazíamos. Eneida e eu continuamos até hoje – ela em são Paulo, eu em Varginha – sempre discutindo e propondo ações sobre temas ligados à arquitetura, ao patrimônio, à cultura e à vida. Obrigada, Eneida, pela parceria de tanto tempo.