Nesta publicação e neste mês de maio, a minha homenagem a todas as mulheres, pois embora nem todas sejam mães, todas são filhas, tias, sobrinhas, irmãs, professoras... Feliz Dia das Mães para todas nós!
Nada surge do acaso e como mágica. Tudo é produto de trabalho, empenho, esforço de alguém. Assim, pesquisar a verdadeira autoria de textos, poemas e frases sempre foi uma constante na minha escrita. Descobrir o que realmente importa também, embora, para muitos, pareça ser a tônica apenas do momento atual. Descobrir o que vale a pena ser valorizado, o que é real, o que permanece. Descobrir como se preparar para o que virá, também. Muitas vezes, descobrimos tarde o que é precioso.
É sobre esse tema o poema abaixo que já apareceu com outros títulos (como
Chapéu de Flor) e atribuído a outros autores, como Mário Quintana. O poema, na verdade, é da estadunidense Erma Louise Bombeck (1927-1996), hábil em descrever com fina ironia a vida e os hábitos das famílias de classe média dos
subúrbios americanos. De meados dos anos 1960 ao início dos anos 90, seus textos semanais eram sucesso em inúmeros jornais e
revistas do país. Escreveu vários livros, além da série de TV "Maggie" (1981). Após uma mastectomia feita em 1992, teve problemas renais, fez diálise e
acabou falecendo após um transplante. Abaixo, o poema em inglês e português.
Nada surge do acaso e como mágica. Tudo é produto de trabalho, empenho, esforço de alguém. Assim, pesquisar a verdadeira autoria de textos, poemas e frases sempre foi uma constante na minha escrita. Descobrir o que realmente importa também, embora, para muitos, pareça ser a tônica apenas do momento atual. Descobrir o que vale a pena ser valorizado, o que é real, o que permanece. Descobrir como se preparar para o que virá, também. Muitas vezes, descobrimos tarde o que é precioso.
Erma Louis Bombeck |
The Purple Hat
Age 3: She looks at herself and sees a
Queen.
Age 8: She looks at herself and sees
Cinderella.
Age 15: She looks at herself and sees an
Ugly Sister (Mum I can’t go to school looking like this!)
Age 20: She looks at herself and sees
“too fat/too thin, too short/too tall, too straight/too curly”- but decides
she’s going out anyway.
Age 30: She looks at herself and sees
“too fat/too thin, too short/too tall, too straight/too curly” – but decides
she doesn’t have time to fix it, so she’s going out anyway.
Age 40: She looks at herself, sees
“clean” and goes out anyway.
Age 50: She looks at herself and sees “I
am” and goes wherever she wants to go.
Age 60: She looks at herself and reminds
herself of all the people who can’t even see themselves in the mirror anymore.
Goes out and conquers the world.
Age 70: She looks at herself & sees
wisdom, laughter, ability; she goes out and enjoys life.
Age 80: Doesn’t bother to look. Just
puts on a purple hat and goes out to have fun with the world.
Maybe we should all grab that purple hat earlier.
Maybe we should all grab that purple hat earlier.
Adélia Portes, minha mãe. |
Esta semana recebi o texto de minha mãe, 87 anos, que trabalhou, tocou, pintou, cantou, plantou, brincou, cuidou de nós e colocou seu chapéu violeta, cinza, preto, branco, de palha... Colocou todos os que quis (e ainda coloca), a
tempo de aproveitar a vida, de valorizar o que realmente importa e de nos
ensinar como fazer isso. Abaixo, a tradução que recebi, atribuída a Mário Quintana:
Chapéu de
Flor
Aos 3 anos: Ela olha pra si mesma e vê uma rainha.
Aos 8 anos: Olha para si e vê Cinderela.
Aos 15 anos: Olha e vê uma horrorosa freira. (Mãe, não posso ir
para escola desse jeito).
Aos 20 anos: Olha pra si mesma e se vê muito gorda/muito
magra, muito alta/muito baixa, cabelo muito liso/muito encaracolado, mas decide
que vai sair, de qualquer forma.
Aos 30 anos: Olha pra si mesma e se vê muito gorda/muito
magra, muito alta/muito baixa, cabelo muito liso/muito encaracolado, mas decide
que agora não tem tempo pra consertar; então vai sair assim mesmo.
Aos 40 anos: Olha pra si mesma e se vê “limpa” e sai
mesmo assim.
Alegria pelas coisas simples da vida. |
Aos 60 anos: Ela se olha e lembra das pessoas
que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo.
Aos 70 anos: Olha pra si mesma e vê sabedoria,
risos, habilidades. Sai para o mundo e aproveita a vida.
Aos 80 anos: Não se incomoda mais em se olhar; simplesmente põe um chapéu de flor e vai se divertir com o mundo.
Talvez devêssemos pôr aquele chapéu violeta mais cedo!
Referências:
https://www.facebook.com/pg/World-Without-Borders-181611941884682/notes/?ref=page_internal
https://www.facebook.com/terceiraidadeconectada/posts/1482837191780731/
https://www.facebook.com/terceiraidadeconectada/posts/1482837191780731/
Lindo texto!
ResponderExcluirNão é, Ariane? As pessoas perdem muita coisa na vida, muito tempo valorizando o que não vale a pena... Feliz Dia das mães, das filhas, das avós, das tias.... beijos
ExcluirQue linda homenagem. Isso mesmo, aproveite cada momento com Adélia, ela vale mesmo a pena, que delícia de pessoa...
ResponderExcluirObrigada, por mim e por ela, mas você não deixou nem seu primeiro nome no final da mensagem; não consigo adivinhar quem é, só sei que teve a felicidade de conhecê-la... grande abraço
ExcluirQue texto massa! Ele me fez lembrar a querida Viviane Mosé, uma das filósofas mais incríveis desse país. Ele já disse em diversas entrevistas que aos 30 anos cortou o cabelo curtinho e passou a se vestir como uma senhora porque se achava velha. Depois dos 40 passou a se sentir uma menina de novo e curtiu a maternidade como nunca. Depois dos 50 se sente a mulher mais empoderada do mundo e pode fazer o que bem entender, porque não tem mais tempo a perder.
ResponderExcluirEla talvez tenha se inspirado nessa mulher! hehehe
Sim, Isaias, Viviane Mosé é muito boa! Tbm gosto das coisas dela... Com certeza, ela aprendeu a dar valor ao que importa... Obrigada por participar. Um beijo e feliz dia da mães, com sua mãezinha!
ExcluirNão conhecia. Gostei muito!!! Parabéns!
ResponderExcluirPeço desculpas, o texto que Erma Bombeck escreveu quando soube que estava com câncer foi: SE EU PUDESSE VIVER DE NOVO, que é também maravilhoso.
ResponderExcluirOi, Thelma. Não se desculpe. Eu procurei muito, mas encontrei em vários lugares como sendo dela... Se vc tiver esse texto e a fonte, eu agradeceria. Pode me mandar aqui mesmo. Abraços e obrigada
ExcluirAnita, grato por sua pesquisa. Sou semelhante e como conheço razoavelmente bem as obras do Pessoa e do Quintana - dois dos mais "suprautorizados" na Internet, e por respeito intelectual às sua vidas e obras e também dos verdadeiros criadores, fuço até encontra a verdadeira autoria.
ResponderExcluirNesse caso você poupou meu tempo e trabalho e além disso me enriqueceu com seu precioso texto.
Uma coleção de chapéus violetas pra você.
Um abraçaço virtual,
Phil
Obrigada, Phil. A internet parece terra sem lei, publica-se tudo esquecendo-se dos verdadeiros autores. Para mim pesquisar e saber quem disse o quê é essencial. Grande abraço.
ExcluirQue maravilha!!!
ResponderExcluirOlhei para meus chapéus e vou escolher o que vou usar hoje!
Bbt
Quando recebi este texto pelo whatsup vi que não era do Quintana e na Internet já o atribuem a ele...por sorte achei teu blog...é um absurdo... as pessoas publicam sem pesquisar a fonte e difundem o erro. Preguiça mental mesmo. Parabéns pelo teu trabalho.
ResponderExcluirObrigada, também fico irada quando vejo esse desrespeito e preguiça mental... Seguimos batalhando. Obrigada pelo comentário e seja bem-vinda!
ExcluirAdorei conhecer toda a história do famoso chapéu de flor! Tb a seriedade com que vocês , com absoluta razão defendem a verdadeira autoria. . Obrigada a todos!
ResponderExcluirOlá, reconhecer a autoria dos textos, poemas, frases e fotos é o mínimo, não e? A internet parece terra sem lei. Não pode ser assim.....Obrigada por comentar. Um abraço
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