Final de julho de 2016.
De volta a Varginha, depois de uns dias de férias na minha cidade, fui visitar a segunda edição da Feira Literária de Varginha-FLIV. Na verdade, fui assistir à apresentação do amigo, psicanalista e historiador José Roberto Sales, presidente da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências, sobre a história de Varginha para um grupo de alunos de escolas públicas. O papo corria natural e agradável - alunos perguntando e o historiador respondendo e conduzindo a jovem plateia. A uma determinada hora, no entanto, os alunos começaram a sair... [?] Sério? O que aconteceu? Depois soubemos que era o término do horário da aula e, pasmem, o professor se levantou e os alunos o acompanharam. Não sei se fiquei mais triste pelos alunos ou pelo professor. Uma pena... perderam!
De volta a Varginha, depois de uns dias de férias na minha cidade, fui visitar a segunda edição da Feira Literária de Varginha-FLIV. Na verdade, fui assistir à apresentação do amigo, psicanalista e historiador José Roberto Sales, presidente da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências, sobre a história de Varginha para um grupo de alunos de escolas públicas. O papo corria natural e agradável - alunos perguntando e o historiador respondendo e conduzindo a jovem plateia. A uma determinada hora, no entanto, os alunos começaram a sair... [?] Sério? O que aconteceu? Depois soubemos que era o término do horário da aula e, pasmem, o professor se levantou e os alunos o acompanharam. Não sei se fiquei mais triste pelos alunos ou pelo professor. Uma pena... perderam!
Enfim, lá reencontrei um antigo colega de trabalho, carinhosamente
chamado Barolinho, com quem trabalhei na Secretaria de Planejamento, logo que cheguei à cidade. Baroli estava com uma autora que eu
desconhecia, Ana Márcia de Melo, que lançava dois
livros: Eu e as Flores de Maio e Um Voo Para Paris. Em função do
título, apaixonada que sou pelas flores de maio, e do tema, autobiografia,
resolvi comprar o primeiro.
No
dia de Finados de 1960, uma nova vida brotava na cidade mineira de Monte Belo, quando muitos choravam seus mortos.
Ana Márcia de Melo cresceu e, desde cedo, sentiu vibrar, em sua alma,
o desejo de tornar-se médica. Como muitas outras
mulheres de nosso país, a pequena Ana não aceitou as limitações e obstáculos impostos pelo tempo e pelo local. Sonhou, lutou e se esforçou para realizar seus sonhos.
Sensível,
Ana Márcia colocou sua história no papel, entremeando-a com fotos de lugares que marcaram sua trajetória e poemas onde expõe sua alma.
Fala de infância, da juventude e da vida adulta; relembra os anseios, as paixões, as dificuldades e perdas; narra as dúvidas e incompreensões surgidas ao longo do caminho, mas que, segundo ela, enfrentou com fé e esperança inquebrantáveis e com apoios inesperados.
Equilibrando-se entre oportunidades e acasos, entre as exigências da vida familiar, profissional e de estudante, entre decepções e sonhos, elegeu-se vereadora de sua cidade em 1989, mas ainda perseguia seu sonho de fazer Medicina.
Equilibrando-se entre oportunidades e acasos, entre as exigências da vida familiar, profissional e de estudante, entre decepções e sonhos, elegeu-se vereadora de sua cidade em 1989, mas ainda perseguia seu sonho de fazer Medicina.
O livro reúne
textos curtos, fotos e poemas da autora, duas de suas paixões, além
da Medicina e da família. De leitura fácil e agradável, o livro entretém e convida o leitor a viajar com ela pela sua história. De quebra, traz ainda uma série de termos peculiares, utilizados em várias atividades da zona rural e, hoje, com certeza, estranhos para muitos.
Vale a leitura. O livro está à venda na Biblioteca 24 horas, na Livraria Cultura e na Amazon.
Vale a leitura. O livro está à venda na Biblioteca 24 horas, na Livraria Cultura e na Amazon.
Ana Márcia de Melo, autora de Eu e as Flores de Maio. 342 p. Varginha-MG: Biblioteca 24 horas, 2015.
Referências:
www.biblioteca24horas.com
Pessoa espiritualizada, profundamente ligada à natureza e sensibilidade singular para expor seus pensamentos...um prêmio para Minas Gerais...
ResponderExcluirPercebe-se no livro, com certeza...
ExcluirObrigada pela visita e pelo comentário, João Donizeti. Um abraço
Anita
Que alegria é encontrar "ao acaso" pessoas que têm amor pelo mesmo lugar, graças ao poder inestimável de um livro movido também este amor!
ResponderExcluirSheila Gies
Obrigada pela visita e pelos comentários, Sheila. Volte sempre.
ExcluirAnita
Obrigada pelo post Anita!
ResponderExcluirVocê gentil como sempre.
Quanto ao livro, não é fácil escancarar sua vida aos olhos das pessoas. mas, se o que deixamos possa servir de legado, aí sim, o exposto toma vulto e significância.
Minha auto biografia tem o objetivo de resgatar as coisas simples da vida, incentivar a perseverança e instigar os que ainda não criaram coragem de retirar seus guardados da gaveta.
Vale ver UM VOO PARA PARIS!
Abraços
Acho que escrever ajuda a entender os movimento da alma; recomendo mesmo enfaticamente. E vou já colocar na lista Um Voo para Paris. Abracos
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