segunda-feira, 13 de julho de 2020

Ecos Literários | Poeminho do Contra

Mario Quintana, In: Caderno H, Mario Quintana: Poesia Completa, Ed. Nova Aguilar.

Mario Quintana (1906—1994), grande poeta e jornalista brasileiro, era conhecido como “o poeta das coisas simples”, pelo uso de temas cotidianos, linguagem coloquial e sem rebuscamentos. Já coloquei alguns de seus poemas aqui no Blog Anita Plural.  (Ver Relógios
O Poeminho do Contra, publicado em 1973, em sua linguagem dúbia, deu margem a algumas interpretações. Uma delas é associada à ditadura militar no uso dos termos “passarão” (verbo passar)  e “passarinho” (sinônimo de liberdade). Outras análises falam que ele se referia aos membros da Academia Brasileira de Letras por terem-no preterido em prol de ministros e políticos.
Sua cidade natal, entretanto, Porto Alegre, homenageou-o com prêmios, títulos, estátua de bronze e nome de Centro Cultural com a transformação do decadente Hotel Majestic, onde o poeta morou, em Casa da Cultura Mário Quintana. 
Mas a certeza que fica disso tudo é que todos passam, mas a obra fica. Esse simples poema jamais passará, porque é eterno, imortal! E o poeta passarinhará eternamente, ao lado de tantos outros grandes, não "imortais"!  

Referência

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