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Dom Odilo e o Papa. Foto: Vatican News
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Ainda focada no tema humanidade, resolvi trazer aqui
partes de um excelente artigo escrito pelo arcebispo metropolitano de São
Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer e publicado no O Estado de
São Paulo em dezembro/2022. Falando sobre o Natal, ele mencionou que “na antropologia cristã, todos nós procedemos de uma
mesma origem e temos em comum a mesma essência”.
Destacou
que somos uma única humanidade, que cor da pele, etnias, línguas e raças são
elementos secundários e que jamais deveriam ser postos em primeiro lugar, como
acontece hoje. Lembrou que todos, sem exceção, têm as mesmas aspirações e
desejos em relação à felicidade e à paz e que, portanto, nossas diferenças não
são excludentes, como alguns ainda acreditam e querem fazer crer nos dias de hoje.
Ressaltou
que ninguém é superior a ninguém, que nenhuma raça é superior à outra e que ninguém
é uma ilha para viver sozinho, que todos dependemos uns dos outros e, por isso,
não se pode ser indiferente ao sofrimento humano. Até quando manteremos esse
muro da indiferença, da desigualdade, do preconceito?
Por
fim, Dom Odilo citou o papa Francisco e a encíclica Fratelli Tutti, de 2020, sobre fraternidade e amizade social (2020), na qual o papa reflete [...] sobre
as questões globais que envolvem a dignidade e a responsabilidade de todos os
seres humanos, propondo a fraternidade como grande projeto comum a toda a
humanidade, a ser realizado mediante o esforço lúcido, corajoso e persistente
de todos os membros da comunidade humana. Diante das várias formas atuais de
afirmação exacerbada do individualismo, que leva a fechar-se ao outro, a
descartar e eliminar o próximo, “sejamos capazes de reagir com um novo sonho de
fraternidade e amizade social. (...) Sonhemos com uma única humanidade, como
filhos desta mesma terra que alberga a todos, cada qual com a riqueza de sua fé
ou das suas convicções, cada qual com sua própria voz, mas todos irmãos”.
Precisa dizer mais?
Referências
https://anitadimarco.blogspot.com/2022/01/ecos-humanos-ter-o-que-dizer.html
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-12/natal-festa-fraternidade-universal.html
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2024-10/papa-dom-odilo-mais-2-anos-arquidiocese-sao-paulo.html
Como é bom ler textos inspiradores e esperançosos né, faz lembrar da utopia que nos motiva!
ResponderExcluirOi, querida, preparando aquele que vc sugeriu .. bjs
Excluir"ninguém é uma ilha para viver sozinho, que todos dependemos uns dos outros" incluindo aí a interdependência global do planeta terra.
ResponderExcluirDom Odilo Pedro Scherer como o Papa Francisco estão certíssimos ! O problema é que vivemos em um Mundo dominado pelo Capital .............Acho que só "comunismo" pode nos salvar dessa tragédia que vivemos há séculos. Infelizmente o regime socialista stalinista foi deturpado pela URSS e seus países satélites e em vez de libertador se transformou em um regime opressor ! Tive a oportunidade de conhecer de perto e por dentro essa experiencia em 1983.Acho que deveríamos estar prestando atenção na política interna da China que tirou simplesmente 600 milhões de pessoas da pobreza e na sua política externa por meio da implantação das novas Rotas da Seda que vão levar desenvolvimento para diversas partes do Planeta, sobretudo para a África que foi durante séculos explorada, saqueada pelo Mundo Ocidental. - "Civilizado ou Colonialista ou então Selvagem" ?
ResponderExcluirTu non devi aggiugere altro,sono quelli che la pensano in modo diverso che dovrebbero riflettere e cambiare perchè nonostante colore della pelle,linqua ,origini, tradizioni ecc.ecc.siamo tutti uguali.Un grande abbraccio ciao
ResponderExcluirSiamo tutti uguali, sicuramente. Grazie e un grande abbraccio
ExcluirQue texto bonito de ler! Somos todos irmãos, não podemos viver isolados,sozinhos é bom quando olhamos uns para os outros com amor.Bebel
ResponderExcluirOi, Bebel, pena que isso seja tão distante para tanta gente, né? Beijos
ExcluirBom ver o lado humanista e ecumênico da igreja católica. Nem sempre foi assim. Zé Marcelino
ResponderExcluirExatamente, a História está aí para quem quiser ver, né? Abraços, Zé!
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