O Pequeno Príncipe é um daqueles livros que a gente lê uma vez, volta a ler, revisita de quando
em quando e guarda, na ponta da língua, algumas de suas frases memoráveis. É daqueles
livros que lemos em várias línguas: em português, em inglês, em italiano, em espanhol e em
francês; daqueles livros que são guardados no coração e na nossa biblioteca particular; daqueles livros que fazemos questão de emprestar para filhos,
sobrinhos, amigos, alunos, colegas, tradutores, professores e interessados. É, literalmente, um clássico. Antoine de Saint-Exupéry acertou na mosca.
Foto: Guilherme S. Ribeiro |
Para não ficar preso ao original,
o autor pesquisou recursos linguísticos e
estilísticos de ambas as culturas e, muitas vezes, optou por adaptações,
neologismos e resgate de termos já esquecidos. Algumas de suas dificuldades e escolhas foram:
- Título - o título apareceu como primeiro desafio; o termo prince, em francês, foi adaptado para um antigo “chefinho” em nheengatu (muruxawamirĩ).
- Título - o título apareceu como primeiro desafio; o termo prince, em francês, foi adaptado para um antigo “chefinho” em nheengatu (muruxawamirĩ).
- Era uma vez -
o famoso início dos contos de fada (il était
une fois) virou conta-se que (paa), bem comum nas lendas dos povos originários;
-
Animais - o tigre foi substituído pela onça-pintada (yawareté-pinima); a raposa, por cachorro-do-mato (yawara-kaapura);
-
Alimentos - o trigo (blé)
foi substituído por milho (awatí) e a couve (chou),
por caruru (karurú);
- Asteroide do principezinho - o “asteroide” foi traduzido como estrela (yasitatá).
Com relação ao famoso baobá do original, o tradutor explica que não foi possível adaptá-lo visualmente a uma árvore da Amazônia e, nesse caso, ele optou por conservar o nome baobá,
já que o livro manteve a ilustração.
Que
fantástica oportunidade e que belo trabalho! Que alegria deve ter sido fazer
essa tradução, difundir essa língua, pouco conhecida entre tantos de nós, e levar alegria, conhecimento
e novidades àquela linda cultura. Que a história continue na História, que novas
edições desse belo livro possam surgir e que novos livros sejam traduzidos para o chamado tupi moderno!
Notas:
(1) Ferreira, Ivanir. jornal.usp.br/?p=79132
Referências:
Também amo este livro. Deve ser linda a tradução. Lembra o Guarani.
ResponderExcluirParabéns por mais esta. Bjs
Ione
Querida Ione, obrigada pelas suas palavras. Vc é figurinha imprescindível aqui. Beijos
ExcluirAnita
Amo este livro
ResponderExcluirEu também, obrigada pelo retorno, mas não se esqueça de assinar.
ExcluirUm abraço
Anita
Este livro é inesquecível. Ainda mais usando termos indígenas. O pequeno Príncipe sempre será grande de ensinamentos.
ResponderExcluirSempre, é verdade! É um livro atemporal. Obrigada por comentar, mas lembre-se de deixar seu nome no corpo da mensagem. Abraços
ExcluirAnita
Cara, ótimo texto para exaltar a recriação em tupi da obra universal de Exupéry.
ResponderExcluirRegistro também que viveram em Lambari dois dos maiores conhecedores da língua tupi: O padre e literato ANTÔNIO LEMOS BARBOSA e o escritor, professor e folclorista BASÍLIO DE MAGALHÃES, autores dos quais já falamos em nosso blog: http://guimaguinhas.prosaeverso.net
Olá, Guimarães. Que Beleza, não? Escondidinhos em Minas...E esse conhecimento tem de ser divulgado, mesmo. Obrigada pela visita e apareça sempre... Grande abraço
ExcluirAnita
Oi, vc tem o @ do Rodrigo Trevisan?
ResponderExcluirSou fã e tenho e vários dialetos e idiomas e português. Tenho interesse e contactar.obrigada
Olá, Marisa. Tenho, sim: rodrigogtrevisan@gmail.com
ResponderExcluirObrigada pela visita. Será sempre bem-vinda.
Um abraço
Anita
Que fantástico! Mas sabe se há o livro para comprar?
ResponderExcluirOlá, Imagino que sim, mas talvez seja bom vc falar com o tradutor. Segue o email dele: rodrigogtrevisan@gmail.com . Obrigada pelo contato, abraços
ExcluirAnita
Onde posso adquirir?
ResponderExcluirOlá, acho que você pode ver na Amazon, mas de qualquer forma, segue o e-mail do tradutor. rodrigogtrevisan@gmail.com . Obrigada pela visita.
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