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quinta-feira, 11 de novembro de 2021
Ecos Culturais | Cantigas Infantis
Das muitas lembranças da infância, sempre me lembro com carinho das cantorias lideradas pela minha afinadíssima mãe. Não foi à toa que, anos depois, ela aprendeu a tocar violão e participou de um coral, por um bom tempo. De início éramos só minha irmã (Re)Gina e eu. Depois de
alguns anos veio Francisquinho, o caçula. Mas ele cresceu (muito), chegou a 1,90m de altura e o nome diminuiu: de Francisquinho passou a ser Fran. Mas voltando às cantorias. Qualquer hora era hora de cantar, brincávamos de cantar e cantávamos brincando, mesmo fazendo as tarefas do dia a dia. Formávamos um belo coro.
Naturalmente, quando
me tornei mãe, também cantava e dançava com meus filhotes. À noite, brincávamos, jogávamos e cantávamos. De início, quando ainda eram bebês, eu cantava para
eles aquelas músicas que minha mãe me ensinou e que eu sabia de cor – A Árvore da Montanha, cantada por escoteiros em geral e gravada pelo Tio Irakitan; A minha velha, Fui Tororó, Indiozinhos, A barata diz que tem, Peixe vivo e tantas outras. São parte inesquecível e rica de nossa cultura. Um verdadeiro tesouro!
Depois, quando já interagiam um pouco
mais, cantávamos as clássicas canções infantis, com frases curtas
e rimas. Borboletinha, A Dona Aranha, Sambalelê, Escravos de Jó, Pastorzinho,De abóbora faz melão, Alecrim Dourado e muitas outras
faziam parte do nosso repertório musical. Só mais tarde, é que vieram os
incríveis e inesquecíveis álbuns Arca de Noé
(1 e 2), de Toquinho e Vinicius, Saltimbancos de Chico Buarque, Edu Lobo e MPB 4... Sabíamos (sei até hoje) todas as letras dessas antologias.
Mas, em qualquer língua, o objetivo dessas cantigas é aumentar a ligação afetiva entre a criança e os pais, desenvolver a audição, o ritmo, o equilíbrio, a linguagem, os movimentos corporais, tudo
em uma linguagem simples e lúdica. E aí, comecei a cantar as cantigas em
outras línguas. Em
italiano o nome dessas rimas infantis é filastrocca
(filastrocche, no plural). Até ganhei uma fita cassete, Le filastrocche del Zecchino que, hoje,
não existe mais (como qualquer fita cassete), mas ainda me lembro de três
delas: Tre
civette (Três corujas), Volevo um gatto
nero (Queria um gato preto) e Quarantaquattro gatti (44 gatos). Em inglês, as mais conhecidas “nursery
rhymes” são Humpty Dumpty, Ten little Indians e Old MacDonald had a farm. Em francês, eu me lembro de Allouette e... Ah, sim, achei Dona Aranha em várias línguas: em italiano. em inglês e em francês. Um verdadeiro clássico!
Cantem, cantem e cantem com seus aluninhos, filhotes e netos. É tudo de bom e pura diversão!
Delícia poder cantar constituindo coro familiar. De contralto passei a ser desafinada,mas criei laços musicais com minhas filhas e netos ensinando_lhes canções de rodas, toda a série do grupo musical cocoricó e algumas como lá claire fontaine, au lá clair de la lune. Estas duas últimas são algumas que amo! Obrigada, Anita, por ressuscitar nossas infância!!!
Anita como é bom lembrar destas músicas de ciranda. Eu brinquei muito na minha infância que até hoje essas músicas fazem parte da minha cantoria. Ninei meus filhos e netos ao som destas cantigas. Hoje no consultório quando atendo crianças com dificuldades de ler e escrever, aproveito estes textos musicais. É sempre muito bom ensinar cantando. Obrigada por trazer esse assunto.❤❤❤
La em casa também era musica a todo momento e cresci um amante das canções. Meu pai tinha um gosto variado e isso formou minha base e a dos meus irmãos. Somos capazes de sentar e conversar sobre musica horas a fio. Também cantava pros meus filhos que hoje tem a musica como companheira de varias horas. Boas lembranças. bjs. Carlos SA
Que lindo, Anita! Gostei da música A árvore da montanha. É a poesia acumulativa, ou cumulativa. E que vida dinâmica, a criação de seus filhos, você com eles, uma festa musical. E com bons frutos. Sua mãe tem muitos méritos. O Humpty Dumpty, pelos textos que encontrei sobre ele, ninguém sabe ao certo qual a origem desse estranho personagem.
Sempre fui apaixonada pelas cantigas de roda. Desde minha infância até na faculdade onde meus alunos lembram de mim por isto. Fiz meu artigo de especialização com este tema e depois,minha dissertação de mestrado o que resultou em 2 livros: Brinquedos Cantados" e "Cantando ,brincando e desenvolvendo a afetividade" . Louca por eles? Um pouco... Bjs e parabéns pela lembrança.
Ione, querida, você é uma inspiração. Não é à toa que foi escolhida como paraninfa das turmas de Educação Física por mais de 15 anos seguidos... beijos
Que coincidência, Anita! Estou pesquisando e selecionando as músicas que vou trabalhar este trimestre com meus aluninhos! Estamos sempre em sintonia :) Joana Arari
Delícia poder cantar constituindo coro familiar. De contralto passei a ser desafinada,mas criei laços musicais com minhas filhas e netos ensinando_lhes canções de rodas, toda a série do grupo musical cocoricó e algumas como lá claire fontaine, au lá clair de la lune. Estas duas últimas são algumas que amo! Obrigada, Anita, por ressuscitar nossas infância!!!
ResponderExcluirNossa, você falou em contralto. Acabei de me lembrar que também fui contralto no grupo coral da Faculdade. Mais histórias virão, abração...
ExcluirAnita como é bom lembrar destas músicas de ciranda. Eu brinquei muito na minha infância que até hoje essas músicas fazem parte da minha cantoria. Ninei meus filhos e netos ao som destas cantigas. Hoje no consultório quando atendo crianças com dificuldades de ler e escrever, aproveito estes textos musicais. É sempre muito bom ensinar cantando. Obrigada por trazer esse assunto.❤❤❤
ResponderExcluirImaginei que era você, meu bem! Obrigada...beijos
ExcluirEsqueci de colocar meu nome: Maria Inez Carvalho
ResponderExcluirLa em casa também era musica a todo momento e cresci um amante das canções. Meu pai tinha um gosto variado e isso formou minha base e a dos meus irmãos. Somos capazes de sentar e conversar sobre musica horas a fio. Também cantava pros meus filhos que hoje tem a musica como companheira de varias horas. Boas lembranças.
ResponderExcluirbjs.
Carlos SA
Exato, como aqui em casa...Viva a música! De preferência dos antigos bolachões e com amigos! Beijos
ExcluirQue lindo, Anita!
ResponderExcluirGostei da música A árvore da montanha. É a poesia acumulativa, ou cumulativa.
E que vida dinâmica, a criação de seus filhos, você com eles, uma festa musical. E com bons frutos. Sua mãe tem muitos méritos.
O Humpty Dumpty, pelos textos que encontrei sobre ele, ninguém sabe ao certo qual a origem desse estranho personagem.
Muito lindo Anita, belas lembranças. Eu sou uma nulidade, muito desafinada. Sonho as vezes em cantar bem, em outra vida é claro. Beijão
ResponderExcluirSempre fui apaixonada pelas cantigas de roda. Desde minha infância até na faculdade onde meus alunos lembram de mim por isto. Fiz meu artigo de especialização com este tema e depois,minha dissertação de mestrado o que resultou em 2 livros: Brinquedos Cantados" e "Cantando ,brincando e desenvolvendo a afetividade" . Louca por eles? Um pouco...
ResponderExcluirBjs e parabéns pela lembrança.
Ione, querida, você é uma inspiração. Não é à toa que foi escolhida como paraninfa das turmas de Educação Física por mais de 15 anos seguidos... beijos
ExcluirQue coincidência, Anita! Estou pesquisando e selecionando as músicas que vou trabalhar este trimestre com meus aluninhos!
ResponderExcluirEstamos sempre em sintonia :)
Joana Arari
Estamos sempre conectadas, querida. No matter what!
ExcluirFilastrocca…la befana vien di notte con le scarpe tutte rotte,col vestito alla romana,viva viva la befana!
ResponderExcluirCiao, Toninho. Veramente lá befana è un'altra Bella filastrocca. Grazie per il riccordo. Abbraccio
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