Quem subia a Consolação esquina com a Caio Prado, em São Paulo, no início dos anos 1970, podia ver a placa branca com
dizeres na cor preta do “Instituto de Yoga Shimada”. Um dos grandes precursores (talvez o
primeiro) e responsáveis pela divulgação do yoga no Brasil, o professor Shimada
tinha muito a ensinar.
Além dele, devo destacar os nomes do professor Hermógenes (ver aqui), incansável aprendiz e mestre que popularizou a ciência do yoga como ninguém, da professora Celeste Castilho (ver aqui), do professor Caio Miranda, primeiro tradutor de dois textos clássicos do hatha yoga, o Hatha Yoga Pradipika e o Gheranda Samhita, e a professora Maria Helena de Bastos Freire, estudiosa, séria e comprometida com a pureza do yoga e com a tradição. Foi ela meu primeiro contato e norte na ciência maravilhosa do yoga, no Centro de Estudos Narayana, em São Paulo. Foi lá, na tranquila rua Ceará do bairro de Higienópolis que comecei meus primeiros estudos, práticas e onde fiz meu primeiro curso de formação em yoga.
Além dele, devo destacar os nomes do professor Hermógenes (ver aqui), incansável aprendiz e mestre que popularizou a ciência do yoga como ninguém, da professora Celeste Castilho (ver aqui), do professor Caio Miranda, primeiro tradutor de dois textos clássicos do hatha yoga, o Hatha Yoga Pradipika e o Gheranda Samhita, e a professora Maria Helena de Bastos Freire, estudiosa, séria e comprometida com a pureza do yoga e com a tradição. Foi ela meu primeiro contato e norte na ciência maravilhosa do yoga, no Centro de Estudos Narayana, em São Paulo. Foi lá, na tranquila rua Ceará do bairro de Higienópolis que comecei meus primeiros estudos, práticas e onde fiz meu primeiro curso de formação em yoga.
O professor Shotaro Shimada, quando jovem, foi um dos
pioneiros da prática e ensino do judô no país, além de praticante premiado e
professor. Descobriu o yoga, estudava e praticava com outros alunos como
Celeste Castilho e sempre ressaltava a importância da ligação dessa prática com
a saúde e a medicina, daí seu interesse no aspecto científico do yoga. Atento e
metódico, participava das aulas de anatomia fisiologia e patologia da Escola
Paulista de Medicina, na Vila Mariana, para entender e sedimentar seu
aprendizado vinculando yoga à saúde. De suas incursões nessa área vem o vínculo
com o Instituto de Ioga de Kayvalyadhama em Lonavla, na Índia, ainda na década
de 1960.
Pioneiro, divulgava o yoga na TV e despertava a curiosidade dos espectadores em relação àquela prática estranha. Sempre estudioso, programava vindas de mestres indianos, como Swami Vyjoyananda da Ordem Ramakrishna do Brasil, de quem se tornaria discípulo e amigo. Shimada aprendia e transmitia o que aprendia. Mais do que isso, praticava o que aprendia e o que ensinava. Era coerente, humilde, um eterno e curioso estudante, como todos deveriam ser. Aprendiz, pioneiro, interessado, humilde e comprometido, cotidianamente humilde e comprometido.
Pioneiro, divulgava o yoga na TV e despertava a curiosidade dos espectadores em relação àquela prática estranha. Sempre estudioso, programava vindas de mestres indianos, como Swami Vyjoyananda da Ordem Ramakrishna do Brasil, de quem se tornaria discípulo e amigo. Shimada aprendia e transmitia o que aprendia. Mais do que isso, praticava o que aprendia e o que ensinava. Era coerente, humilde, um eterno e curioso estudante, como todos deveriam ser. Aprendiz, pioneiro, interessado, humilde e comprometido, cotidianamente humilde e comprometido.
Durante o primeiro curso de pós-graduação em yoga,
realizado em São Paulo pela FMU, curso coordenado pelo muito querido professor
Marcos Rojo, Shimada nos dizia que a respiração era o maior dom que havíamos
recebido da Vida e que, por isso, respirar bem era fundamental para manter a
saúde. Aos 90 anos, como um jovem praticante, ele fazia três séries longas (quase 100 expirações cada série) de uma técnica conhecida como kapalabhati, e fazia questão de dizer que praticava
todas as manhãs. Era admirável.
Lançado em 2008, pela Editora Phorte, seu livro
escrito com Wagner Carelli, “Shotaro Shimada, A ioga do mestre e do aprendiz.
Lições de uma vida simples para a plenitude”, relata sua experiência de vida e
aponta caminhos de ação, não de reação. O livro mostra um pouco da grandeza do
professor Shimada.
Foi um privilégio tê-lo conhecido, ter tido aulas com
ele e ter aprendido, ao menos um pouco, com sua postura diante da Vida, sua
atitude prática e diária de aprender e agir com base no poder transformador do yoga. E
aprender significa assimilar, transformar-se, mudar comportamentos!
Só encontro uma palavra para terminar este texto:
gratidão!
Namastê, professor Shimada, onde quer que esteja. Namastê!
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