Com a desculpa de participar de uma oficina
de tradução a ser realizada em breve com Alison Entrekin, a brava tradutora que
está vertendo para o inglês a obra-prima de Guimarães Rosa (1908-1967), “Grande Sertão Veredas” (1956), andei às
voltas com alguns textos, contos e sertões do autor, como se precisasse de desculpas para ler, reler, me emocionar e admirar, pela enésima vez, o trabalho dele. É desnecessário
tecer elogios à obra desse artesão das palavras e da língua, para sempre encantado na nossa Literatura.
Queria apenas destacar o valor da criatividade no processo educacional, nas diferentes formas de ensinar
e aprender literatura, por exemplo, para a formação integral dos indivíduos.
Reforçar a necessidade e a seriedade de trabalhar a História e a Literatura em todas as suas nuances: fatos e personagens corriqueiras ou extraordinárias, acontecimentos cotidianos ou trágicos, situações verossímeis ou absurdas, com todas
as possibilidades que a moderna educação nos permite.
Assisti a alguns vídeos baseados no conto de Rosa: “Sorôco, sua mãe, sua filha”, do livro Primeiras Estórias. No conto, o escritor mostra um homem sofrido e cabisbaixo levando duas mulheres (sua mãe e sua filha única), à estação de trem. Para onde iriam? Pergunta o leitor. Assista e saberá.
O primeiro vídeo é um trabalho escolar de alunos da Escola da Serra, em Belo Horizonte, feito em 2009.
Assisti a alguns vídeos baseados no conto de Rosa: “Sorôco, sua mãe, sua filha”, do livro Primeiras Estórias. No conto, o escritor mostra um homem sofrido e cabisbaixo levando duas mulheres (sua mãe e sua filha única), à estação de trem. Para onde iriam? Pergunta o leitor. Assista e saberá.
O primeiro vídeo é um trabalho escolar de alunos da Escola da Serra, em Belo Horizonte, feito em 2009.
Vídeo 1 Comunicação - Escola da Serra, BH.
Publicado
em 19 maio 2009
O
segundo, dirigido por Jom Monnazzi, é uma animação que esclarece detalhes para quem ainda não conhece o conto.
Vídeo 2: Animação dirigida por Jom Monnazzi
Publicado em 20 de set de
2017.
O terceiro, mais longo, é uma adaptação para a televisão da mesma obra.
Vídeo 3: Adaptação do conto para a TV, 1975.
Pode-se dizer
que são complementares, por isso, deixo-os aqui para você, leitor e admirador
da obra de Guimarães Rosa. Quanto aos dois primeiros, vale destacar que, além da boa ambientação e da boa interpretação dos alunos, imagino que o efeito pós-vídeo seja o mais importante. Digo isso, porque, a meu ver, professores,
alunos, atores e todos que assistiram aos vídeos não vão se esquecer jamais:- do conto "Soroco", tampouco de Guimarães Rosa...
- da emoção ou da representação da dor da perda...
- da simbologia do trem
e dos sertões da alma e da vida...
- nem da humanidade dos que sentem e partilham nossas dores.
Humanidade que se
solidariza, tem empatia e ampara.
Humanidade que acolhe, escuta e sofre junto...
Mas que não pode ficar amortecida ou se perder...jamais...
Sob risco de gerar intolerância, preconceito e ódio aos diferentes...
Sob risco de nos perdermos de nós mesmos.
Humanidade que acolhe, escuta e sofre junto...
Mas que não pode ficar amortecida ou se perder...jamais...
Sob risco de gerar intolerância, preconceito e ódio aos diferentes...
Sob risco de nos perdermos de nós mesmos.
Guimarães Rosa. Sorôco, sua mãe, sua filha. Conto no livro Primeiras Histórias (1962).
Minha avó gostava dele. Herdei dela o Tutameia.O Brasil precisa de escritores como ele. Beijos
ResponderExcluirIone
Nem me diga, querida. .. muiti mesmo bj
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