"Não precisamos de muita coisa. Só precisamos uns dos outros".Carlito Maia, publicitário (Lavras,1924- São Paulo, 2002)
Sempre acreditei nessa frase
profética do mineiro de Lavras, Carlito Maia. Porém, mais do que nunca, diante de uma pandemia de Coronavírus
(Covid-19), como a que o mundo enfrenta neste momento, ela é absolutamente
verdadeira.
Nos piores momentos da
humanidade é que vemos surgir o melhor e o pior do ser humano. Do lado
positivo, o trabalho de milhares de trabalhadores da saúde e da educação, a
solidariedade de tantos anônimos conscientes que se revezam e se esforçam para superar a
situação o mais rápido possível. Do lado negativo, a ignorância, o
oportunismo, o egoísmo, a ganância e a exploração do homem pelo homem. Lucrar
com a desgraça alheia, com a dor e a doença é de uma falta de compaixão e de
uma baixeza inominável. Não consigo encontrar um adjetivo adequado para
qualificar essa pessoa e suas ações.
O momento é de valorizar a
vida e não os ganhos ou as perdas do mercado, porque a energia do dinheiro só é
boa quando gira e atende ao maior número possível de pessoas. A vergonhosa e
flagrante desigualdade do nosso país é prova do mau uso dessa energia que,
quanto mais concentrada, mais deixa invisíveis justamente os mais vulneráveis. No entanto, talvez pela primeira
vez de fato, a crise atual represente uma mudança de paradigma e faça a humanidade literalmente parar, questionar, repensar e, oxalá, ressignificar sua vida, seus conceitos e
preconceitos, seus bons e seus maus hábitos, seu egoísmo.
Imagem: https://educador.brasilescola.uol.com.br |
Ter a consciência de que não
se é sozinho é a primeira constatação. Devido ao aumento exponencial da disseminação do Covid 19, é importante obedecer às autoridades de saúde e
tomar os cuidados necessários de higiene para evitar contaminar os mais vulneráveis. Agindo assim, podemos achatar a curva de disseminação do vírus e evitar a sobrecarga
dos sistemas de saúde.
De todo modo, como o
vírus atinge o sistema respiratório, disciplinas como o yoga e o tai chi chuan,
por exemplo, ajudam a expandir a caixa torácica e fortalecer esse sistema. Então, além dos cuidados
de higiene, absolutamente necessários e reais, vamos respirar de forma
consciente, meditar, relaxar, cantar,
dançar, ouvir música, ler bons livros, ter bons pensamentos, bom senso e fé, porque essas são
atitudes que ajudam a manter o equilíbrio emocional e a harmonia interna,
portanto, reforçam nosso sistema imunológico.
É sabido que as emoções têm influência direta
sobre o funcionamento do nosso corpo e, a partir de situações como essa podemos
mudar a forma como sentimos e como agimos. É preciso autodomínio;
é preciso vencer o medo que pode baixar as defesas do organismo. É vital cultivar
bons sentimentos e boas vibrações. É essencial reavaliar o tipo de
alimento/energia que ingerimos, que nos sustenta e imanta. É preciso repensar
nossos hábitos, nossos valores e despertar o respeito ao outro, a empatia e a solidariedade.
O cuidado consigo e com os
outros faz parte dos hábitos naturais de pessoas conscientes em uma sociedade
civilizada: ser responsável, respeitar o outro, reaprender a vê-lo, ouvi-lo e
preocupar-se com ele. Somos todos interdependentes e a cura é coletiva. Essa compreensão fará a
diferença, não só para nós, mas para todo o universo.
Quando terminei de escrever
este post, recebi de uma amiga o texto do jornalista Jamil Chade, no El País.
Vale a pena ler aqui e pensar.
Referências
Ministério da
Saúde do Brasil: https://saude.gov.br
https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-03-17/a-crise-que-definira-nossa-geracao.html
Maravilha Anita. Quanto mais propagarmos reflexões que nos levem a acessar nossa consciência e que contribuam para nossa pacificação, melhor!
ResponderExcluirEsse é o mais efetivo caminho de cura coletiva.
Grande abraço!
Olá, Isaías
ExcluirObrigada pelo comentário. Como lhe falei, estava começando a publicar meu texto quando vi seu post e parei para lê-lo. Uma beleza! Vale compartilhá-lo também. Quanto mais gente ler , melhor. Grande abraço e sigamos na luta...
http://blogs.opovo.com.br/artesanatodamente/2020/03/18/minha-oracao-diante-da-pandemia-do-coronavirus/#comment-3146
É mesmo! A prática de Yoga ajuda muito! E vc entende do riscado, já dá aulas há tempos, conhece.
ResponderExcluirPor enquanto, o Victor e eu vamos continuar com o Pilates. Mas não sabemos até quando. O lugar onde fazemos hidroginástica, infelizmente - e com razao - fechou temporariamente.
Um abraço, Anita. Seu texto sempre nos leva a atentar para o COLETIVO!
Obrigada por comentar, Valquíria. Sim, nós só existimos dentro do coletivo. É o principal, se o todo não está bem, como posso ficar bem sozinha? Um beijo
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