1 cúbito: distância do cotovelo até o dedo médio do faraó, ~50cm;
1 côvado: 66 cm ou 3 palmos;
1 jarda: 3 pés ou 91 cm, distância entre o nariz e a ponta do polegar, braço esticado;
1 légua (do celta Leuk): variava entre 2.500/3.000 braças a 4,83/6 quilômetros:
1 milha (do latim mille passus): 1,5km ou 100 passos de um centurião, na Roma antiga;
1 palmo: 22cm ou 8 polegadas;
1 passo (do latim passus): no antigo Império Romano, um passo de um legionário - 2,5 pés ou 0,82m
1 pé: 12 polegadas, 1/3 de jarda ou 1 ½ palmo -~ 30,5cm;
1 polegada: 2,54cm – distância do dedão da mão, na parte interna;
1 vara: 5 palmos ou 40 polegadas.
Manuais de arquitetura conhecidos entre estudantes da área, como A Arte de Projetar (1936) de Ernst Neufert, propunham o dimensionamento dos ambientes utilizando o sistema métrico e tendo em vista a escala do corpo humano, especificamente, a altura de um homem branco, como unidade fundamental. Desde sempre, os diferentes eram deixados de lado: o negro, a mulher, o obeso. Mas, além disso, como havia diferenças entre os diferentes povos e as proporções entre os modelos, com o tempo, surgiu a necessidade de padrões. Só após a revolução francesa, em 1789, é que a ideia de um sistema universal de medidas e grandezas ganhou força.
Surgido no final
do século XVII e implantado 100 anos depois, o sistema métrico veio
resolver essa questão, mas só em parte, porque ainda há variações. A unidade agrária padrão no Brasil, por exemplo, é o
alqueire, mas o alqueire mineiro é quase o dobro do paulista, e o valor do hectare também varia a depender da
região. Das unidades acima, embora algumas tenham caído em desuso, outras ainda são usadas em alguns países, como a
jarda e a milha. Isso sem falar nas
diferenças entre os sistemas americano e inglês para medidas de volume, peso e
temperatura. Enquanto isso, tradutores e professores continuam lidando com essas diferenças no seu dia a dia, sabe-se lá até quando.
Referências:
https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/unidades-medida-ao-longo-historia.htm
http://doc.brazilia.jor.br/HistDocs/Medidas-antigas-nao-decimais.shtml
https://ipemsp.wordpress.com/2010/09/28/caminhando-e-contando/#more-3362
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigas_unidades_de_medida_portuguesas
Mas é próprio do ser humano transformar quase tudo numa Babel.
ResponderExcluirMuito bom o texto.
Carlos SA.
Verdade, Carlos! É o tal " para que simplificar se podemos complicar, né"... obrigada e um beijo
ExcluirAdorei saber !
ResponderExcluirPra quem lida com engenharia, lidar com estas diferentes unidades de medidas é um caos...
ResponderExcluirMuito bom. Obrigado
Exatamente, um caos, uma confusão, uma Babel, como disse meu amigo Carlos. Obrigada pelo comentário. Abraços
ExcluirQuerida Anita, muito interessante e informativa sua abordagem sobre as unidades de medidas ao longo dos tempos, bem como, a instigante questão da utilização de um padrão baseado nas medidas do corpo de um homem branco. Como é notório a aplicação destas unidades tinha e tem como objetivo a facilidade para a realização das construções e também para as transações comerciais. Atualmente a questão do respeito à diversidade humana ou social é uma realidade. Existem uma infinidade de diferenças entre as pessoas ou grupos que compõem a vida em comunidade , e portanto, devem ser compreendidas
ResponderExcluire respeitados como são. Não há culturas menos importantes do que outras, nem pessoas. Adaptar estas questões a todas as nossas necessidade práticas será um grande desafio, que com certeza deverá acontecer em breve.
Pois é, Mariângela, eu não acredito que essa adaptação vá acontecer em breve... Há muitos interesses e bengalas usados como desculpas. Enfim, seguimos... Abraços
ExcluirÓtimo Anitinha! Tive uma aula neste seu texto.Bebel
ResponderExcluirNão sabia da diferença do alqueire mineiro e paulista. Muito boa explicação
ResponderExcluirHá mesmo muitos esquecidos ou até excluídos quando se trata de medidas. São as crianças de sete ou oito anos, tentando escrever nos quadros de salas de aula usados por adultos à noite, ou adolescentes do turno matutino usando carteiras que serão, por sua vez, usadas por crianças no turno da tarde. O problema vai longe e não faltam exemplos.
ResponderExcluirQuanto às unidades de medida, pruridos nacionalistas ainda emperram um sistema universal; argumenta-se, é claro, com a tradição.
Gostei muito do texto, excelente trabalho!
Oi, Marta. Sim, a questão das medidas é altamente excludente. Ainda seguimos padrões de uma "maioria" que exclui os demais. E é, verdade, não sabemos até quando essas "desculpas" para um sistema verdadeiramente universal continuarão em vigor. Obrigada pelo comentário. Abraços
ExcluirSerá que as referências e unidades de medida mudarão neste tempo de transformação? Teremos uma forma de medida universal? Será a determinação chinesa imperativa? Desejo que seja o melhor á humanidade.
ResponderExcluirSerá que ocorriam acidentes, desabamentos, perda de obras e materiais em virtude da precariedade das medidas? Há registros sobre isto?
ResponderExcluirMuito interessante e intrigante esse assunto
Oi, Maria Inês, respondo aqui para que outros vejam. Sim, evidentemente, houve muitos acidentes, desabamentos, mortes. Vou preparar outro post sobre o tema, tá bem? Obrigada, beijos
Excluir😘🌹
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