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Sesc Pompeia. Foto: Anita Di Marco |
Concordo totalmente com Teperman. As inúmeras unidades do Sesc tinham e têm qualidade arquitetônica e espacial, são singulares, únicas e marcantes. Basta visitar algumas delas por todo o Brasil. Uma mais interessante que a outra, mas todas agradáveis, bem aproveitadas, criativas e, o principal, muitíssimo utilizadas pela população. Meu favorito é o SESC Pompeia, em São Paulo, projeto de Lina Bo Bardi. Já escrevi sobre isso (ver aqui), mas pergunto a você, caro leitor, se já visitou as unidades do SESC Paulista, Belenzinho, 24 de Maio, Santana, Casa Verde (razões afetivas), Itaquera, Interlagos, só para citar alguns em São Paulo. Nem vou citar as unidades de outras cidades, Brasil afora. Todas explicitam a notória preocupação da entidade com a qualidade de seus amplos espaços de convivência e de seus serviços.
Mas por que estou falando disso? Porque o Sesc promoveu um
Concurso Nacional de Estudo Preliminar de Arquitetura, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP), para criar o SESC Galeria –
São Paulo, no antigo edifício do Mappin, próximo ao Teatro Municipal de São
Paulo. Uma das diretrizes do edital destacava que, além de preservar as
características exteriores originais do edifício, “o projeto deveria oferecer
um espaço acessível, integrador e flexível, em constante diálogo com o
entorno”. O resultado do concurso foi divulgado em julho
último, no auditório do Sesc 24 de Maio, outra joia da entidade,
projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Aliás, essa unidade também ocupou o antigo edifício
de outra loja de departamentos da cidade, a Mesbla, e já é um ícone no área
central da capital paulista.
Em tempo, a equipe vencedora do concurso Sesc/Mappin é formada pela arquiteta Marta Moreira (Equipe MMBB+ Ben Avid), coautores: Martin Benavidez, Maria João Figueiredo e Milton Braga, além de colaboradores e consultores. Em segundo lugar, Mário Figueroa com a equipe MCAA + FIGUEROA e, em
terceiro, a equipe de Luis Felipe da Costa Sakata (equipe TEMPO + SOMMACAL MAIA +Yuri VITAL + MLD (Maria Luiza Dutra). todas as equipes tiveram além dos responsáveis, uma série de colaboradores e consultores. O trabalho é longo, complexo e demanda muitos especialistas.
Aqui o leitor tem outras informações sobre as propostas premiadas. São todos excelentes profissionais, mas confesso que torci muito para a equipe que contou com a competência e a expertise da minha querida amiga, a arquiteta Maria Luiza Dutra, coautora de muitos e primorosos projetos de restauro, dentre eles, cito o do Mercadão e do Teatro Municipal, ambos em São Paulo, e do Instituto Moreira Sales, no Rio de Janeiro. Contudo a equipe da qual ela fazia parte ficou com o terceiro lugar. De qualquer forma, parabéns aos vencedores e ao Sesc! O páreo não foi nada fácil, convenhamos.
Viva o Sesc e suas realizações! Que voltem os concursos de arquitetura sérios, pois estimulam os profissionais e alunos a estudarem, a se dedicarem, a pesquisarem mais, a buscarem novas soluções, roupagens e propostas. Agora, é só aguardar a inauguração do novo Sesc Galeria – São Paulo, no antigo Mappin, com previsão para 2027. No próximo blog falaremos mais sobre esse tema.
Referências
https://galeriasaopaulo.concursosarqsescsp.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edif%C3%ADcio_Jo%C3%A3o_Br%C3%ADcola
https://galeriasaopaulo.concursosarqsescsp.org.br/resultado-final/
https://diariodoturismo.com.br/predio-do-antigo-mappin-sera-unidade-do-sesc/
https://anitadimarco.blogspot.com/2015/03/paisagens-construidas-lina-e-o.html