terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Ecos Urbanos| Arte cosmopolita em Lisboa


Half Fox, de Bordalo II, em Lisboa. Foto: Anita Di Marco, out. 2018.
Há algumas semanas, passeando em Lisboa, cidade deliciosa, admirável, repleta de história, museus e monumentos, verdadeiro espelho de diferentes tempos e técnicas construtivas, eu me deparo com uma obra de um artista já conhecido aqui no Anita Plural (ver Fomentando a arte urbana). Ao ver a figura em grande escala, em uma parede da Avenida 24 de Maio, não tive dúvidas: Artur Bordalo (1987) que se autodenomina pintor, escultor, grafiteiro e soldador, e assina Bordalo II, em homenagem ao avô, também artista plástico e já falecido. 
A obra faz parte da série Big Trash Animals. O artista criou seus primeiros animais em 2012 e espalhou as imagens pelas redes sociais, o que lhe permitiu alcançar a dimensão que tem hoje.  Nascido em Lisboa, Bordalo é um crítico feroz da ganância humana e do desperdício diário que vê. Cria suas obras com materiais descartados, encontrados no lixo, para denunciar uma sociedade egoísta, individualista e nada solidária. Seu país de origem, Portugal, tem apenas 20% de sua obra, estando o resto espalhado em outras ruas do mundo.      
Foi uma sensação mágica descobrir esse novo trabalho de Bordalo II, que eu desconhecia. Que delícia e que privilégio poder estar em um local que valoriza a arte, a criatividade (veja pilar abaixo), o passado e o presente, e permite que criemos repertório para o futuro. Fiquei emocionada e agradeci, dezenas de vezes, a Bordalo, a Lisboa e a Portugal! 
Veja aqui uma lista das obras do artista em Portugal.
Criatividade a todo vapor. Praça Saldanha, em Lisboa. Foto: Anita Di Marco, out.2018

Referências:

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