Outro dia, tentava pesquisar e entender um pouco mais
sobre medicina natural, homeopatia e terapia floral, enfim, essas pérolas que a
Vida concedeu à humanidade. Depois de algumas buscas, encontrei um site que, à primeira vista, me
pareceu interessante: visualmente leve, rico em conteúdo, boas informações para alguém leigo, como eu. Como de costume, fui logo pesquisar a autoria, o famigerado
“quem sou eu” e, já nas primeiras linhas
da descrição, o autor me cativou. O médico homeopata português, José Maria Alves,
descreveu, no site que leva seu nome, sua trajetória com inaudita simplicidade e cita o grande Alberto
Caieiro. Foi uma grata surpresa!
Nesses nossos tempos estranhos de hipervalorização de
vernizes e aparência, de acúmulo de vaidades e títulos nem sempre autênticos, de
desprezo por valores e virtudes reais, fiquei profundamente tocada com a
singeleza e a humildade expressa pelo autor para se autodescrever no site que leva seu nome José Maria Alves. Diz ele:
Nascemos em Lisboa no ano de 1953. Seria de bom tom,
conforme com a prática social vigente, narrar especificadamente todos os passos
da nossa vida que julgássemos relevantes, por serem relevantemente julgados
pelos outros, enunciando graus académicos, cursos, seminários, as mais variadas
mundividências, nos aspectos que de uma forma imediata ou mediata tenham
conexão com as matérias constantes deste site.
Preferimos citar o poeta Caeiro, fazendo nossas as suas palavras:
“Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus. (...)”
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus. (...)”
Em boa verdade, só quando nos entregamos a nós mesmos
é que temos capacidade para nos entregarmos de modo gratuito e indiscriminado
aos outros. No restante, que a árvore seja julgada pelos seus frutos.
O site já está nos meus favoritos, irei lê-lo ao acaso e por prazer, porque, como seu autor sabiamente termina, "pelos frutos
se reconhece a árvore".
Referências
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