Há 30 anos com aulas de yoga só em Varginha (fora o tempo das aulas em São Paulo), o Espaço Dharma de Yoga sempre faz, ao menos, dois satsangas anuais, reunindo todos os alunos. Para quem não sabe, satsang é um termo sânscrito que significa encontro de grupos de buscadores, praticantes ou devotos, com SAT, a Verdade. Em outras palavras caminhar com a Verdade (Sathya). Como filhos desconectados de nossa origem, o satsanga é um meio de manter acesa a intenção de voltar-se para a fonte, para a consciência original (SAT), para a essência em cada um. Em geral, entoamos mantras e kirtans, fazemos um pequeno estudo, alguns pranayamas e, por último, uma meditação. Com isso, o encontro serve de estímulo para que cada um continue no rumo correto, sem se abater pelas circunstâncias externas adversas; serve para confirmar nosso caminho e nossos ideais, recarregar as baterias e, sobretudo, para nos lembrarmos que não estamos sozinhos!
Além de simbolizar gratidão e confirmar o caminho escolhido, o satsang é também um momento de celebrar a vida com simplicidade e alegria. Neste ano, nossa meditação foi ativa, uma meditação em movimento através da dança circular sagrada (ver Dança circular sagrada) com a oportuna música Andar com Fé, de Gilberto Gil. Sob a condução da professora de dança Denise Costa, de mãos dadas, nosso grupo cantou, dançou em roda e com fé, caminhou com o outro, em direção ao outro, para a frente, para trás, cedendo espaço ao outro e ocupando nosso espaço. Na roda, quando estamos equidistantes do centro, não existem diferenças de raça, cor, religião, ideologia, classe social ou habilidades. Formamos um só círculo e a energia do círculo facilita a cura e o contato com o outro, porque na dança fica claro que cada um é parte essencial do todo, que dependemos uns dos outros. Por isso, a dança circular sempre se dança em grupo, porque o outro é essencial.
Frutas secas ou
frescas e flores, desta vez violetas, fizeram parte do nosso encontro.
Simbolizando equilíbrio entre os opostos, entre matéria e espírito, entre terra
e céu, entre sentidos e razão, em sua singeleza, a violeta nos mostra a
necessidade de simplicidade, humildade, temperança e discernimento, para avançarmos na senda do autoconhecimento, esse caminho
de transformação, intuição e cura. Simboliza transformação, espiritualidade e intuição.
2020 não foi fácil. 2021, menos ainda. Contudo, aqui no Espaço Dharma, o nosso ciclo terminou com alegria, com fé, com dança, com união e esperança. Celebramos a vida e o caminho de autoconhecimento que escolhemos trilhar. Então, como disse Fernando Sabino (1923-2004): “Façamos da interrupção um caminho novo; da queda um passo de dança; do medo uma escada; do sonho uma ponte; da procura um encontro!
Que em 2022 possamos nos reunir novamente com alegria, fé e saúde!
Muito lindo o seu texto. ë preci-necessario numa linguagem novosbaiana os encontros e trocas de energia. Que essa energia se espalhe pelo ano que vem e que ele seja de crescimento e aprendizado.
ResponderExcluirBeijos
Carlos SA
Querido amigo, presente há tanto tempo em nossas vidas. Você sabe do que fala. Receba nosso carinho e um grande abraço..
ExcluirAndar com fé, fazendo o que acredita ser bom e belo. Que façamos aos outros o que queremos para nós, em 2022. Feliz Natal amiga querida! E um ano novo renovado de coragem e esperança! Bjs da amiga de sempre!
ResponderExcluirAmém, querida! É a única saída para a humanidade. Beijo grande e obrigadaa pela amizade e parceria inspiradora no caminho do yoga! Namastê!
ExcluirQue lindo deve ter sido, Anita!
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