Imagem. Diário do Centro do Mundo. Divulgação |
Desde
criança, leio. Li e leio muito. De histórias de fadas a Monteiro Lobato; dos
clássicos da literatura aos didáticos; dos livros de arquitetura aos de
yoga, espiritualidade e tradução. Para mim ler é essencial. Acredito que o seja para todos, para o
desenvolvimento da fala, da escrita, do pensamento crítico. Para criar leitores ávidos e pensantes. Assim, educação, boas escolas, estímulo à leitura e bibliotecas públicas de qualidade são serviços obrigatórios para
qualquer cidade e para o desenvolvimento da cidadania.
Biblioteca Nacional (1810), RJ, a mais antiga do país. |
Além disso, repositório imenso do conhecimento humano, as bibliotecas públicas são essenciais para permitir que tenham acesso aos livros aqueles sem condições de adquiri-los. Daí, a necessidade de verbas e profissionais qualificados e criteriosos para gerir e manter as bibliotecas atuantes e atualizadas, não só com clássicos e obras de referência, mas também com livros das novas gerações de autores.
É através da leitura e da Literatura que (re)conhecemos o outro, o diferente e o distante com suas mazelas; muitas vezes, primeiro nos livros e só depois (nem sempre), na vida real; que conhecemos nosso país com sua riqueza, diversidade, tropeços e triunfos, e o mundo com suas
fronteiras visíveis e invisíveis... Em seus romances, poemas, biografias ou diários, autores nos falam de
história, geografia, etnias, luta, magia, ancestralidade, servidão, ditadura, esperança, pactos, liberdade, conquistas, utopias, amor, alegrias e
tristezas...
Se os livros de história, em geral, falam de fatos vistos apenas pelos olhos dos vencedores, quase nunca dos perdedores, a Literatura consegue questionar, colocar o dedo na ferida e mostrar a real dimensão social e histórica de uma dada situação. Tem o poder de nos despertar pois, enquanto lemos, somos levados a conhecer lugares jamais visitados, a viver a vida de personagens até então desconhecidos, a viver situações inusitadas. A Literatura tem o poder de nos causar indignação, mas também grandes emoções, arrebatamentos e transformações.
Sempre é tempo de reivindicar do poder público mais incentivos à leitura, à educação e à criação de bibliotecas públicas de qualidade!
Referências
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/conheca-as-bibliotecas-mais-populares-do-brasil/
https://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/Camera-Educacao/noticia/conheca-as-10-bibliotecas-mais-bonitas-do-brasil.ghtml
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/por-que-as-bibliotecas-estao-ociosas.htm
Sempre li muito, mas focada na minha área. Felizmente Daniel não herdou essa característica. Ele lê de tudo. Ficção, romance, autoajuda, religião etc.
ResponderExcluirÓtimo texto Anitinha! A leitura realmente nos faz refletir,pensar no antes e depois.Como seria bom se todos os brasileiros tivessem mais acesso a leitura.Parabéns!
ResponderExcluirLer é viver outras vidas; é tornar-se de pequeno, do tamanho do mundo.
ResponderExcluir" Quem não lê, mal fala, mal ouve, vê" (Monteiro Lobato)
Monteiro Lobato foi outro monstro da nossa Literatura; ele é o culpado do meu gosto pela leitura e por mitologia!!!! Abraços
ResponderExcluirLer é viajar sem sair do lugar. Uma coisa tão legal e tanta gente nem liga.
ResponderExcluirOutro dia aqui no condominio onde moro vieram me felicitar por estar lendo um livro... Curioso mas real. Onde chegamos.
beijos\
Carlos SA
Verdade, Carlos. Há alguns anos também me chamaram a atenção, em um clube, porque eu vivia com a cabeça "enterrada em livros"... Pode? De fato, onde chegamos, né? Beijos
ExcluirVejo com saudaes a foto da biblioteca nacional no Rio
ResponderExcluirAli passei a estudar para concursos publicos sem interferencias.Particularmente orgulhava-me ao saber que lá estva a preença de meu saudoso pai atraves de um livro de autoria dele, miitar que era: Policia e Rua, especie e cartilha romanceada para instruir soldados novos.
O texto presente seu, Anita, eu não poderia nunca deixar de comentar.
ResponderExcluirAos 17 anos, entrei em Biblioteconomia na ECA.
Dos 19 aos 41, trabalhei como bibliotecária. E como trabalhei. Me dediquei.
Faz falta a valorização da profissão.
A leitura que nutre a gente é infinita. Vamos morrer sem ter lido tanta coisa...
A informação é urgente e sempre foi.
Lembro-me que, quando entrei na ECA, havia um comentário sobre um abrigo do tempo da Guerra Fria. Esse grande abrigo, nos EUA, serviria para proteger por tempo indeterminado uma grande equipe, em caso de emergência e perigo.
E os primeiros profissionais a serem levados para lá seriam os bibliotecários. Isso porque eles é que seriam os responsáveis pela organização da informação.
Grande abraço, Anita.
Que bom que você trouxe esse assunto para sua Pluralidade.
Verdade, Valquíria. Seu trabalho é impecável... Uma pena que as pessoas não valorizem essa profissão tão importante para a educação, o conhecimento crítico, para a cidadania. Grande abraço..
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