Rio Tejo, em raro momento de solidão. Lisboa. Anita Di Marco |
A maior parte dos longos trabalhos de recuperação teve início na segunda metade do século 20, com esforços esparsos anteriores. Felizmente, as cidades vêm percebendo que cursos d’água devem fazer parte ativa da paisagem: criam ambientes agradáveis para permanência, contemplação, atividade física, lazer ou mesmo navegação, mitigam ilhas de calor, diminuem a ocorrência de inundações, permitem o reaparecimento da flora e da fauna e revitalizam comunidades inteiras, como é o caso do rio Cheonggyecheon, em Seul (Coreia do Sul). E mais, democratizam o lazer, como as praias.
Rio Sena, Paris. Divulgação. |
Outro exemplo emblemático foi a renaturalização (recuperação das condições naturais originais, ou seja, antes da urbanização) do rio Emscher, em Essen, na Alemanha. O Emscher era um dos mais poluídos rios alemães, carregando detritos, resíduos industriais e de esgoto, mas após a recuperação de suas margens, dotadas de áreas de lazer, mobilidade e intervenções culturais, a cidade de Essen foi considerada, em 2017, a Capital Verde da Europa. Hoje, os maiores desafios talvez sejam despoluir os rios Ganges [na Índia], o Matanza-Riachuelo, em Buenos Aires, ou o Tietê, em São Paulo, além de outros rios nacionais. É bom que se diga que este é um trabalho vital para as cidades e para o planeta, porque água limpa é fonte de vida.
Referências
https://www.timeout.com/climate-action/how-cities-lost-rivers-are-being-revived?
https://www.sheafportertrust.org/projects
https://www.archdaily.com.br/br/01-168964/oito-exemplos-de-que-e-possivel-despoluir-os-rios-urbanos
https://manuelzao.ufmg.br/revitalizacao-de-rios-pratica-possivel-e-urgente/
https://www.aecweb.com.br/revista/materias/despoluicao-dos-rios-e-muito-mais-do-que-apenas-retirar-a-sujeira/16522
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/24/politica/1429906151_657696.html
Maravilhoso seu blog, Anita! Quantas informações descritas de uma forma tão prazerosa de ler!
ResponderExcluirObrigada, querida.... Anita Plural é meu nome, hahahahha, beijos
ExcluirAmo o meu Rio Verde. Passagem pela cidade na qual plantei meu coração! Que ele permaneça da cor da esperança sem se contaminar pela ambição.
ResponderExcluirTantos rios, tanto a preservar, tanto a cuidar......tanto a proteger....é hora de acordar para o que estão fazendo, né? Abs
ExcluirMuito bom Anitinha! Leitura boa mesmo e informativa.Aqui,em Curitiba tem o rio Belém que corta um bom pedaço da cidade.
ResponderExcluirTambém amo o Rio Verde.
Obrigada, querida! Vc entende de rios ... Bjs
ExcluirMuito bom Anita, a importância de tratarmos os rios, as cidades e o planeta com a dignidade que devemos tratar nossos corpos tem que ser condição principal para a nossa vida. Como sempre nos fazendo pensar, obrigado.
ResponderExcluirNão é, Celso? Questão de bom senso, obrigada pelo comentário.... abraços
ExcluirBeleza de texto Anita, bjs
ResponderExcluirFiquei a admirar o rio Sena e me vir a sonhar acordara com o Tiete e a época em que ele era limpo! Que utopia ver o Tiete como ponto turísticos de São Paulo! Será somente utopia ou podemos sonhar com um acontecimento assim?
ResponderExcluirMe aguarde, querida. Bjs
ExcluirAssunto importante e sempre de urgência...
ResponderExcluirSim. Conheci um senhor que nasceu e foi criado num cortiço, em frente ao Cemitério do Araçá. Ele contava que, aos domingos, as famílias operárias desciam para as margens do R. Pinheiros e faziam deliciosos piqueniques, ou convescotes. E ainda podiam nadar nas águas limpas. Parece brincadeira!
Abs, Anita, lindo texto sobre os rios ressuscitados. Quero ter esperança.