Celebrado em todo o mundo, o Natal e seus símbolos e tradições são sinônimos de convergência. Sua proximidade deixa no ar um quê de alegria, amorosidade e gentileza. Sinos, luzinhas, músicas, enfeites, árvores de Natal, cerimônias religiosas, Papai Noel e, na sequência, as festas do Dia de Reis com grupos de reisado, as folias de reis, as pastorinhas no Brasil, o encontro de diversos grupos étnicos na América Latina e a Befana na Itália, por exemplo. Tudo aponta para essa vontade de celebrar. Os povos antigos festejavam, em dezembro, o solstício de inverno e, a partir do século IV, nessa data, passou-se a celebrar o Natal, o nascimento do indivíduo mais puro, iluminado e divino que já passou sobre a Terra. Tanto é que esse modelo e exemplo de ser humano, divinamente humano, mudou o calendário.
A energia desse momento envolve toda a humanidade. As comemorações podem diferir, de acordo com o país, mas em geral, durante o mês de dezembro, comunidades religiosas têm atividades especiais, igrejas várias celebram seus ritos, grupos corais ensaiam e apresentam novos números, balés se repetem a cada ano com nova roupagem, cidadãos conscientes se reúnem para amenizar a dor daqueles que nada têm e grupos espirituais fazem meditações especiais, preparando-se para o momento em que o Cristo interno renascerá dentro de cada um, nessa sintonia com a nossa melhor parte, nossa essência... Talvez por isso, essa energia crie uma egrégora invisível de mais paz, fraternidade e tolerância entre os indivíduos. Sempre ouvimos falar dos soldados que, mesmo em campos opostos nas guerras, acabam se confraternizando no Natal.
Vale lembrar, de novo e de novo, que a humanidade é uma só, habitamos o mesmo planeta e os textos sagrados de diversas religiões frisam que ou todos se salvam ou ninguém se salva. Isso não é crendice. É real e uma forma de desenvolver o olhar amoroso com o outro em todas as épocas do ano, não só no Natal. É impossível viver recluso, isolado ou no seu mundinho, como se os outros não existissem. Tudo está conectado, inter-relacionado, porque fazemos parte da mesma humanidade. Somos estrelas de uma mesma constelação e jamais uma única estrela brilhará mais que o todo. Relembrando (de novo) a frase épica de John Donne, poeta inglês do século XVII: “A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Por isso, um olhar amoroso, gentil e acolhedor deve ser constante, visando ao bem maior, ao bem de todos os indivíduos, de todos os povos e de toda a Terra, nossa casa comum. Outro sábio da nossa era, Rabindranath Tagore, disse que "aquele que planta árvores, mesmo sabendo que nunca se sentará à sombra delas começou a entender a vida!"
Assim, sempre é bom lembrar que, apesar das circunstâncias adversas, perdas, dores e mal-entendidos, não se pode desanimar. Levante-se e vá em frente. Analise, repense, mude o foco e continue fazendo sua parte em prol do TODO, sem se esquecer que você é parte desse todo. E nunca se esqueça da razão dessa linda festa, da vida, dos exemplos que o aniversariante deixou e de duas de suas mais singelas e poderosas recomendações: "orai e vigiai" e "fazei ao outro o que quereis para vós mesmos"!
Viva o aniversariante, viva o amor que se encarnou na Terra, há mais de 2000 anos.
Referências
https://anitadimarco.blogspot.com/2020/12/ecos-culturais-lembrando-antigas.html
https://blog.estrela.com.br/historia-natal/
Que lindo Anita e isso mesmo
ResponderExcluirViva!
ResponderExcluirQue lindo texto!
ResponderExcluirDoce!
Aconchegante !
Viva o Aniversariante!
Obrigada !
Teus textos, tuas reflexões tem estado cada vez mais amorosa… e a alegria aparece em nossas faces…
Que bonito Anitinha! Viva mesmo o aniversariante que nos deixou vários exemplos de Amor.
ResponderExcluirLindo texto Anita. Feliz Natal
ResponderExcluir