Reuni, em um único texto, trechos de poemas, crônicas, artigos, ensaios e falas de teólogos, filósofos, escritores, poetas, líderes e personagens que disseram o que eu gostaria de ter dito. Tentei costurar um texto sobre
o que sou, a partir, de grandes homens e mulheres que me inspiram. Afinal, “Como
sei pouco e sou pouco, faço o pouco que me cabe, me dando inteiro, sabendo que
não vou ver o homem (ou a mulher)
que eu quero ser” [Thiago de
Mello].
Apesar disso, é preciso seguir em frente e evocar
aqueles que nos precederam, porque não se pode tocar o futuro omitindo o
passado: aprendemos com ele e a partir dele. Seja na família, na história, na
ciência, na música, na medicina, na arquitetura, no patrimônio cultural,
no meio ambiente, no cotidiano, na vida. Procuro ser e praticar a mudança que
quero ver no mundo [Gandhi], porque
“transformar-se não é poesia, é pura física; transformar-se é transformar
o mundo porque nada está separado” [Jean-Yves Leloup]. Tudo isso, sem me esquecer da
“utopia, que é o que me impele a não deixar de caminhar” (em citação de Eduardo
Galeano].
Tento pautar meu viver integrando pensamento,
sentimento, discurso e ação, fazer o que posso e devo, mas nem sempre o que quero
(Mário Sérgio Cortella); procuro
trilhar meu caminho pela Vida de forma íntegra e ética, colocando-me no lugar
do outro e, assim, agir como gostaria que agissem comigo... (Evangelho).
Não é fácil, é verdade; mas é imprescindível. O aluno “disciplinado e que está a caminho faz o que deve fazer e não o que quer. Come o que deve comer e não o que quer. Faz o seu melhor, apesar das circunstâncias; age como um profissional da Vida” [Yogananda]. Tenho certeza de que minha amiga Isaré sabe do que estou falando.
Não é fácil, é verdade; mas é imprescindível. O aluno “disciplinado e que está a caminho faz o que deve fazer e não o que quer. Come o que deve comer e não o que quer. Faz o seu melhor, apesar das circunstâncias; age como um profissional da Vida” [Yogananda]. Tenho certeza de que minha amiga Isaré sabe do que estou falando.
Procuro me transformar naquele que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de
envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar e separar, reúne e agrega (Lia Luft).
Esforço-me para ser cada vez mais humana e privilegiar o bem comum, em detrimento do interesse pessoal, como alguém “que vê irmãos seus em todos os homens, sem exceção de raças ou crenças” [Allan Kardec]. Diariamente, procuro fazer um autoexame e ver se fiz “todo o bem que podia e se ninguém tem nada a reclamar de mim” [Santo Agostinho].
Aprendi, com Madre Tereza, que não importa como o mundo reage às minhas ações “porque o negócio nunca foi entre mim e o mundo, mas entre mim e Deus”, ou minha consciência.
Esforço-me para ser cada vez mais humana e privilegiar o bem comum, em detrimento do interesse pessoal, como alguém “que vê irmãos seus em todos os homens, sem exceção de raças ou crenças” [Allan Kardec]. Diariamente, procuro fazer um autoexame e ver se fiz “todo o bem que podia e se ninguém tem nada a reclamar de mim” [Santo Agostinho].
Aprendi, com Madre Tereza, que não importa como o mundo reage às minhas ações “porque o negócio nunca foi entre mim e o mundo, mas entre mim e Deus”, ou minha consciência.
Apesar de tudo, a vida nos empurra para a frente, não se detém, não espera e, como uma estranha xícara, "nos espia do
aparador" [Carlos Drummond de Andrade]. E, no entanto, como o elefante do poeta de Itabira, “temos que recomeçar pela manhã”. Somos
nossa própria herança, herdeiros de nós mesmos e de nossas ações e, portanto,
únicos, inigualáveis, já que “nesta vida, cada um é
só igual a ele mesmo” [Guimarães
Rosa].
Como a primavera, aprendi com Cecília Meirelles, “a deixar-me cortar e voltar sempre inteira”.
Aprendi a tentar corrigir minhas inúmeras “deficiências”
[Mário Quintana]. Minha alma
eclética e entusiasmada é incansável na busca do aperfeiçoamento, da justiça
social e da fraternidade. Cargos, títulos, posições e sobrenomes de nada valem.
São rótulos apenas e, como tal, efêmeros. Não me representam e nem me
sintetizam. “... Sou eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não
me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas
vazias são chatas e me dão sono.” [Clarice Lispector].
Um dos nomes que sempre busco evocar é o do meigo
Francisco que, mais que patrono da ecologia, é o “arquétipo da humanidade
reconciliada, pela sua forma integradora de agir, que nada excluía” [Leonardo
Boff]. Procuro ter sempre em mente que títulos e posições se vão,
mas as pessoas ficam; ou seja, “a glória do mundo é transitória” [Paulo
de Tarso] e quero deixar bem claro que “posso até mudar de trincheira, mas para continuar a mesma batalha” [Leonardo Boff].
Em minhas ações, busco
coerência sempre, porque não se pode “escolher como se vai morrer ou quando. Você só pode decidir como vai viver
agora." (Joan Baez). E, com meu agir, quero deixar exemplos e uma marca
para os que comigo convivem, porque “palavras convencem, mas o exemplo arrasta”
[Chico Xavier], porque “sorrisos e abraços espontâneos me emocionam.
Palavras até me conquistam temporariamente. Mas atitudes me ganham para sempre.”
[Clarice Lispector].
Por mais difícil que seja, procuro praticar o
que propuseram Dom Hélder Câmara através do
“Não há acaso. Permita que o Pai conduza
a trama dos meus dias“ e e Sathya Sai Baba: “Entrego, confio, aceito e agradeço”.
E, no fim de cada dia, como
os pássaros, voo “numa única direção, de
volta para casa, de volta para o ninho, para
o melhor lugar do mundo, nossa casa, nosso lar, nossa família”. [Albert
Camus]. E sempre procurando estar atenta e consciente, presente no momento, porque como dizia Lennon, "life is what happens to us while we're busy making other plans". A vida é o que nos acontece, quando estamos ocupados fazendo outros planos...
São tantos familiares e
amigos, mestres e alunos, anônimos e desconhecidos... Muitos nomes, muitas
Marthas, Júlias, Mafaldas, Adélias, Simones, Reginas, Dolores, Marias, Anas, Marias, Ruths, Josés, Lucas,
Renatos, Paulos, Joões, Chicos e tantos outros.... Mas acho
que esse é um bom roteiro de vida, para começo de conversa. Obrigada a todos
esses grandes mestres passados, presentes e futuros que ajudaram e ajudam a moldar meu pensamento e minha ação na vida.
Imagem:
Óleo sobre tela de Iracema Almeida (1946), mãe da querida Érica Resende.
Querida, sem palavras para descrever a emoção de te "ouvir" tão inteiramente descrita, plenamente traduzida por palavras tão lindamente proferidas por mestres iluminados.
ResponderExcluirExistem pessoas que nos orgulhamos e agradecemos por conhecer mais profundamente, pois elas nos ensinam pelo exemplo, pelas atitudes e no seu caso pelo olhar apurado, palavra assertiva e poética.
Sou sua fã e vc sabe disso.
Parabéns pelo lindo post e imensamente agradecida pela belíssima homenagem à querida mainha Iracema Almeida.
Obrigada pelos comentários, meu bem. Também sou sua fã. Alegria é seu nome, e paixão por tudo o que faz... Só pode dar coisa boa... Apareça sempre, bjs
ExcluirAnita