Nova entrada do Museu do Ipiranga. Proposta H+F Arquitetos. Imagem: Divulgação |
Em post anterior (aqui), já falei um pouco sobre a história do Museu do Ipiranga.
Agora, vamos falar das iniciativas tomadas desde que o museu foi interditado, em 2013, devido a infiltrações no forro de algumas salas. Diante do risco de desabamento, a diretoria decidiu: 1- suspender a visitação pública; 2- remover quase todo o acervo (milhares de objetos, móveis, telas, afrescos, fotografias, obras de arte e documentos) transferindo-o, no próprio bairro do Ipiranga, para imóveis alugados pela USP que funcionariam temporariamente como reservas técnicas e laboratórios e; 3- realizar um planejamento estratégico para captar recursos para a restauração, estimada em R$ 160 milhões de reais.
Encerrados os diagnósticos sobre as condições da
fachada, ornamentação e estrutura, realizou-se um concurso para escolha do
melhor projeto de modernização e restauração. O primeiro lugar coube à empresa
H+F Arquitetos.
Fazem parte da equipe
Arquitetura e Restauro: Eduardo
Ferroni, Pablo Hereñú; Amanda Domingues, Anna Beatriz Ayroza Galvão, Camila
Paim, Carolina Klocker, Griselda Kluppel, João Pedro Sommacal De Mello, Joséphine
Poirot-Delpech, Levy Vitorino, Michele Meneses de Amorim e Olympio Augusto
Ribeiro. Atuaram como consultores: Arnaldo Ramoska (Instalações), Eduardo Léo Kayano
(Climatização), Heloísa Maringoni (Estruturas), Marcos Lima Verde Guimarães
(Geotecnia), Nilton Miranda (Bombeiros), Ricardo Heder (Iluminação).
Novo
Museu do Ipiranga
O projeto do novo museu prevê obras dentro e no
entorno da edificação atual, já que, segundo a
proposta vencedora, é impossível dissociar o edifício-monumento de seu entorno.
Estão previstos: a ampliação da área da esplanada nos jardins do Parque da
Independência, a construção de mais de 6.000 metros quadrados
de novas áreas para exposições temporárias, salas para programas educativos, área de acolhimento, auditório, café, loja e
um mirante. Além disso, novo mobiliário, modernização das instalações elétricas, de proteção a incêndios e de segurança, além de projetos de iluminação,
de multimídia e de restauração de acervos.
A proposta visa equipará-lo em instalações e serviços aos grandes museus internacionais, ampliando a visitação pública. Outra condição essencial do novo projeto é garantir a plena acessibilidade, entendida como forma de inclusão social de pessoas portadoras deficiência e em situação de vulnerabilidade.A previsão é que as obras, iniciadas em setembro deste ano de 2019, durem 30 meses. A reabertura está marcada para setembro de 2022, ano do bicentenário da Independência. O vídeo abaixo mostra como ficará o novo Museu do Ipiranga, após as obras.
A proposta visa equipará-lo em instalações e serviços aos grandes museus internacionais, ampliando a visitação pública. Outra condição essencial do novo projeto é garantir a plena acessibilidade, entendida como forma de inclusão social de pessoas portadoras deficiência e em situação de vulnerabilidade.A previsão é que as obras, iniciadas em setembro deste ano de 2019, durem 30 meses. A reabertura está marcada para setembro de 2022, ano do bicentenário da Independência. O vídeo abaixo mostra como ficará o novo Museu do Ipiranga, após as obras.
Em julho deste ano, novos patrocinadores juntaram-se à EDP, empresa do setor elétrico e a primeira a firmar um contrato com a Universidade para apoiar a recuperação do museu. A USP e o Governo do Estado anunciaram mais 13 empresas, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Instituto Itaú Cultural e os bancos do Brasil, Safra, Bradesco, entre outras, que irão financiar as obras, via renúncia fiscal, pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Os recursos são da ordem de 160 milhões de reais.
O vídeo abaixo mostra a terceira etapa do projeto, buscando
atrair outras empresas e a sociedade civil para colaborar com o projeto, com pequenas
cotas. O mote usado é "Um museu para todos, feito por todos."
Projeção na fachada do Museu Paulista. Imagem: Divulgação |
A terceira edição do evento (aqui), em 7 de setembro de 2019,
teve 10 horas ininterruptas de programação para todos os públicos: minicirco,
visitas educativas, grupos de dança, de jongo, de maracatu, congada, orquestra,
sarau, intervenções artísticas para crianças, oficinas, passeio verde em
libras, teatros, brincadeiras, histórias, exposições e até projeção na fachada
do Museu em uma surpreendente diversidade de apresentações.
Vida longa ao Museu paulista, o nosso Museu do Ipiranga.
Vida longa ao Museu paulista, o nosso Museu do Ipiranga.
Referências
Paulista tem garra. Muito interessante. Vai ficar uma beleza. Ainda bem que não esperaram ruir para restaurar. Beijos. Parabéns.
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