Criado há milênios, o yoga era ensinado de mestre a discípulo e, nesse convívio, o professor passava ao aprendiz ensinamentos dessa filosofia e de vida. As quatro grandes linhas ou escolas de yoga trabalham com diferentes métodos para chegar ao mesmo fim – yug, integrar o ser humano com sua essência, sua parte divina. São elas: Bhakti (devocional), Jnana (conhecimento), Karma (ação) e Raja (real). O Hatha apareceu depois como "escada" para o praticante atingir o Raja Yoga, como dizem os textos clássicos, a saber: Hatha Yoga Pradipika, Gerandha Samhita, Shiva Samhita e Goraksha Shataka.
Cumprir esse roteiro é um caminho de vida; é trabalho duro, individual, intransferível. Ninguém aperfeiçoa o outro e ninguém se eleva em termos de espiritualidade, a não ser por si mesmo. Tudo começa com o autoconhecimento: ninguém pode tirar o cisco do olho do outro sem olhar primeiro para o seu próprio olho, e isso requer coragem, honestidade e vontade firme. No entanto, o que mais fazemos é apontar o dedo, julgar, rotular e condenar. Em todas as tradições, porém, os mestres ressaltam que todos temos a mesma origem e o mesmo destino, ou seja, caminhamos em direção à mesma luz. As escolhas, o percurso e, portanto, o tempo de jornada é que são diferentes. Assim, cada um pode transformar-se em farol e iluminar o caminho com seus exemplos e ações. Francisco Cândido Xavier (1910—2002) dizia que a palavra convence, mas só o exemplo arrasta. Só assim, passo a passo, com consciência e perseverança, é que nascerá em nós o indivíduo novo que contribuirá para a construção de um mundo melhor.
Além disso, vale lembrar que o yoga utiliza o corpo como ferramenta, como instrumento para se chegar à mente e, assim, muito mais que posturas estranhas, exóticas e acrobáticas, o cerne do yoga é a vivência cotidiana dos chamados yamas e niyamas, que representam o coração, a parte mais profunda e difícil do yoga, mas que nos leva à efetiva auto-observação e autotransformação na prática diária. Como diz Marcos Rojo, conhecido professor de yoga em São Paulo,"em qualquer prática de yoga restringir-se apenas às posturas é empobrecer e reduzir drasticamente o yoga" e ainda "se minha prática e minha meditação não transformam minha ação no mundo de nada valem". Namastê!
Namaste, Anita! Excelente publicação! Passei a conhecer mais profundamente as diversas modalidades de Yoga.O mundo seria diferente se conseguíssemos assumir, na prática , a filosofia yogue.
ResponderExcluirNem me diga, Lilian. É uma filosofia belíssima, um caminho de vida mesmo, com escolhas diárias, vitórias pequenas, passo a passo, chegaremos lá. beijos e obrigada
ExcluirPerfeito amiga! Que a gente consiga vivenciar o que é o yoga, nas escolhas do dia a dia. Teoria e prática juntos. Obrigada pelo texto! Muito didático!
ResponderExcluirAmém, querida! O yoga nos juntou e seguiremos juntas. Beijo grande!.
ExcluirLindo texto, Anita!Obrigada por sua sabedoria!
ResponderExcluirMuito bom Anitinha! Estamos sempre aprendendo com você. Namastê!
ResponderExcluirAff! Estou longe de co seguir canalizar minha energia. Quem dera! Mas, vamos tentando! Pena que moramos longe, amiga.
ResponderExcluirObrigada por este texto lindo.
Beleza. O caminho, a verdade e a vida como diria o Mestre Nazareno. Eu que me "achei" tambem um yogue de ouvido na musica do baiano Moraes Moreira sempre procuro estar atento a qualquer ensimanento.
ResponderExcluirBeijos
Carlos SA
Idem, Moraes Moreira é um querido. Este é o link a música "Yogue de ouvido" que vc citou : https://www.youtube.com/watch?v=cKBjdwwJ2G4&feature=youtu.be
ExcluirObrigada, meu amigo!
Muito bem escrito. Saber colocar a essência das ideias é brilhante. Experiências que nos colocam na consciência da união/Yoga, ou seja, na integralidade do Ser transformam a qualidade do viver. É completamente gratificante. Muito obrigada Anita, bjinhos
ResponderExcluiré um caminho trabalhoso e de dia-a-dia; momento por momento. Quisera eu chegar lá.
ResponderExcluirMuito bom, o texto e a gigantesca filosofia de toda essa prática.
Ótimo texto. Nada como um dia após outro e um passo de cada vez
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