Em outras palavras, para garantir que todos tenham os
mesmos direitos, deveres e oportunidades é necessário levar em conta as
diferenças individuais, sempre de maneira justa. Num hospital por exemplo, a regra não é a
ordem de chegada, mas a gravidade do mal apresentado, concordam? Na educação, por
exemplo, há alunos e alunos; uns precisam de mais apoio, outros de quase nenhum, mas o grupo vai permanecer unido e se desenvolvendo se todos forem atendidos. Da mesma forma, ao lidar com indivíduos com algum tipo de deficiência, o atendimento deve ser diferente.
Vale destacar que esses conceitos visam garantir justiça, mas usam estratégias e caminhos diversos. Desenhando: se três pessoas de estatura diferente receberem escadas da mesma altura, o resultado final será incompatível com a justiça, porque a diferença entre elas vai continuar. Isso é igualdade. Equidade seria dar-lhes escadas de diferentes alturas, adequadas a cada um.
No Brasil, o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 declara o princípio de igualdade, mas nossa realidade econômica e social ainda é marcada por diferenças e desigualdades, aliás muito antigas. A Literatura e a História nos mostram o tempo todo essa enorme desigualdade. O romancista francês Victor Hugo, em sua obra Os Miseráveis, já mostrava a enorme segregação social na França do século 19, com os privilégios da nobreza e do clero, enquanto a população enfrentava extrema pobreza e fome. As tensões oriundas dessa situação culminaram na Revolução Francesa. Foi quando o conceito de igualdade começou a ganhar corpo, juntando-se, na bandeira francesa, aos termos liberdade e fraternidade. Em seguida surgiu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, publicada em 1789.
Esses conceitos, portanto, já deveriam fazer parte de qualquer sociedade há muito tempo, mas até hoje é preciso batalhar para que sejam respeitados e aplicados em todos os campos da vida: saúde, educação, habitação e lugar de moradia, trabalho, costumes e códigos de cada cultura, para a criação de políticas públicas efetivas de combate a preconceitos e segregação de qualquer espécie.
Para isso, é importante ampliar o grau de consciência de todos – sociedade, educadores e governantes, em relação a essa questão e incentivar o uso contínuo e prático de palavras-chave como compaixão, empatia, inclusão, solidariedade e equidade. Nunca é demais repetir que somos diferentes só por fora, por dentro somos todos iguais.
Referências:
https://achievebrowncounty.org/2021/05/defining-equity-equality-and-justice/
https://www.handtalk.me/br/blog/igualdade-e-equidade/
A leitura dos
ResponderExcluirMiseráveis, mostra o porque desta nossa amizade de tantos anos. Parabéns, amiga. Minha eterna admiração por você.
Ione
Oi, amiga. A recíproca é verdadeira. Bj, querida.
ExcluirMuito bom
ResponderExcluirObrigada, Vicente, que honra!
ExcluirMuito bacana! O mundo precisa de mais disso! Igualdade com equidade!
ResponderExcluirÉ muito importante o respeito de todos e para todos. Compaixão é a palavra empregada que me move mais. Parabéns, Anita, pelo texto! Abs
ResponderExcluirObrigada, Valquíria. Perfeito!!!!
ExcluirE’ stato fatto tanto tra i popoli per uguaglianza e equità ma resta ancora molto da fare per considerare l’essere umano “siamo tutti uguali “ ma siamo sulla sdraia giusta.Ciao Tonino
ResponderExcluirVero, grazie, carino!
ResponderExcluirMuito bom Anitinha! Gostei bastante e como é necessário a igualdade com equidade. Bebel.
ResponderExcluirIsto mesmo Anita; Igualdade com Equidade ! Seria uma utopia ? Abs
ResponderExcluirSomos parte do universo, do todo. Seu artigo enfatiza bem isso. Parabéns! Aliás ,empatia ainda em falta há tempos.
ResponderExcluirVanilda
Cooooom certeza, tristemente, mas seguimos fazendo a nossa parte. Abraços
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