Coisas
simples, triviais, totalmente corriqueiras e inequívocas para mim, como pagar o
que deve, devolver o que não é seu, falar a verdade, ser correto, ético e
íntegro, fazer o seu melhor em qualquer situação, cumprir seu dever, trabalhar
com boa vontade, cuidar, respeitar, acolher os diferentes, ser gentil, ajudar e ser solidário, ter
empatia, pensar no coletivo e por aí vai... São atitudes tão óbvias, tão gritantemente normais que não precisariam (penso eu) ser destacadas, tampouco listadas. No entanto, parecem tão distantes, mas tão, tão distantes (como uma galáxia
longínqua) e tão sem sentido para tantos, que quase viraram exceções. Confesso que me angustia e me assusta muito ver a extensão dessa falta de ética e de solidariedade, esse
individualismo que cresce em progressão geométrica, essa banalização da crueldade e da omissão, essa indiferença à dor do outro.
Mas, a
pergunta por trás dessa minha perplexidade frente a essas situações cada vez mais "normalizadas" é: Vale a pena continuar a agir com
integridade, fazer a nossa parte, o nosso melhor, colocar-se no lugar do outro, pensar no todo, agir de forma
correta e solidária, respeitar e acolher? Vale a pena?
A resposta é uma só e só uma: SEMPRE. Entendo, porém, que o impacto do que sentimos e vemos se acumula e assume tal dimensão que, talvez por um tempo, nos deixe inertes, apáticos, imobilizados pelo horror presenciado, seja qual for a situação. Nesse caso, é preciso dar-se um tempo - de descanso, refazimento e recuperação. Mas é só isso: é só um tempo. Não temos o direito de ficar apáticos diante da dor alheia, da violência e da mentira. A indignação, a compaixão e o amor à Verdade devem nos impelir a agir para mudar esse estado de coisas.
Então, no meu caso, após constatar esse estado saramaguiano de desânimo com a sociedade humana, depois desse tempo que me dou, respiro mais forte, guardo a tristeza no bolso, sacudo o cansaço dos olhos, dos braços e do coração e, como o elefante de Drummond (ler aqui Poetizando com Paquidermes), recomeço. Quando isso não acontece, é hora de passar o bastão, porque a ação no bem não pode parar. Afinal, é para isso que estamos aqui, para aprender e evoluir sempre, cada um no seu tempo, apesar de... Para terminar, um lembrete diário, constante nas minhas aulas de yoga e no meu mural de trabalho:
Espalhar luz...
Significa vibrar energia acolhedora, curativa e amorosa, em qualquer situação e qualquer lugar...
Significa agir com amor com a totalidade e com todos os seres, deixar o coração falar e o Deus interior comandar...
Significa usar o discernimento e iluminar o olhar para ver o real atrás das aparências, ver o TODO, através de cada uma de suas partes...
E, por fim, entender que estamos todos na mesma viagem rumo à Unidade! Namastê!

Questo è un argomento interessante.....pero' per quanto mi riguarda è sempre meglio (per il bene comune) fare una buona azione e agire correttamente.Un abbraccio Tonino
ResponderExcluirAdorei! Falou do coração, escreveu em nome de todos e melhor ainda deu-nos a solução no final. Agradeço a brilhante conexão de coerência e integralidade. Bjinhos mil
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