sexta-feira, 12 de junho de 2015

Arte & Cultura: Privilégio e dom da arte...

 Admiro quem sabe desenhar, pintar, esculpir; quem sabe juntar o barro, o carvão, o pincel, o papel, as tintas, as cores, a tela ou outros suportes e, depois de um tempo, voilá:  objetos, paisagens, figuras, esculturas, pinturas tomam corpo...obras de arte.  Admiro quem cria perspectivas, contrastes, volumes, luz, sombras e assombro. Quem consegue refletir e retratar suas alegrias,  anseios, sonhos e dores através da arte. Afinal, qualquer forma de arte é motivo de reflexão, questionamento e aprendizado. A arte movimenta emoções, certezas, definições; ela instiga e faz pensar...  
Admiro e louvo quem tem o dom de mergulhar nesse universo e se descobrir; o dom de ver a beleza da obra – antes mesmo de sua existência concreta e palpável – em um espaço vazio, uma tela, uma porção de barro, uma barra  de ferro, um pedaço de mármore – e fazê-la vir à luz. 
Nunca consegui fazer belos desenhos ou esculpir algo; mesmo com aulas de desenho, meu progresso nessa área sempre foi pífio. Já fiz incursões em desenho e pintura, sobretudo, aquarela... Mas, minha desenvoltura não está nos pincéis, nem no carvão. A habilidade com as mãos já provou ser possível com trabalhos em mosaico, tricô, bordado, crochê e até macramê. Mas possível. E possível, apenas, não basta. É preciso mais, muito mais.
Minha habilidade, ainda que incipiente, está nas línguas, no texto, no lapidar do pensamento, das palavras e conceitos; no esforço contínuo para burilar sentimentos, emoções e atitudes; no ofício de ver, refletir, analisar, transformar-se, ensinar, traduzir e agir. É aí que desenvolvo minha criatividade, minha disposição e compromisso com a educação do olhar, do pensamento, da palavra e da ação.
Admiro e me encanto com o trabalho de tantos que conseguem se expressar através das artes, em geral. Em especial, Adélia Portes (Di Marco) - minha mãe - que, de peito aberto, se embrenhou  no universo da arte, da música e do canto coral, depois dos 45 anos, já com os filhos praticamente criados e se renovou, trazendo cor e canto às nossas vidas, ensinando-nos que nunca é tarde para buscar seus sonhos.  



Duas obras de Adélia Portes e a artista. 
Fotos: Anita Di Marco 

5 comentários:

  1. Sua mãe é mesmo um artista. Adorei as telas. Parabéns. Angela

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  2. Sou Cláudia Portes, sobrinha da Parabéns tia Adélia, suas obras são lindas.

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    1. Obrigada, Cláudia. Não sei onde você mora, só sei que não é em goiânia, lá tem outra Cláudia. Que bom que gostou. VEja o post https://anitadimarco.blogspot.com/2019/07/ecos-humanos-reconhecimento-em-vida.html
      Obrigada por participar... grande abraço

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