domingo, 27 de dezembro de 2015

Arte, Cultura & Reflexão | Outro olhar e o sonho

Imagem: humaniversidade.com


Eu tenho um sonho: o de ver meus filhos julgados pelo caráter e não pela cor da pele.
- M.L.King (Jan.1929 – Abr.1968)

Pastor e ativista político, Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta, no estado da Georgia, Estados Unidos. Ficou conhecido por sua luta pela igualdade racial e defesa dos direito sociais, e pelos seus movimentos, pacíficos e baseados no amor ao próximo. Sua atuação despertou o ódio dos que defendiam a segregação racional nos Estados Unidos e não queriam mudar o status quo, o que levou ao seu assassinato em Memphis Tennessee, em abril de 1968, por um de seus opositores. Sua frase mais célebre é a escrita acima.
Em três estados do sul dos Estados Unidos - Georgia, Alabama e Mississippi - as manifestações de preconceito e segregação racial apresentaram episódios mais intensos. Eram parte dos estados confederados, que não queriam a emancipação dos escravos. Dali surgiu, dentre outras manifestações de ódio explícito, o desprezível e inominável grupo Ku Klux Klan, a política do Separados mas Iguais, etc.... Infelizmente, essas manifestações doentias cobraram a vida de muitos e do líder do movimento, Luther King, cuja mensagem continua viva e, como em um inimaginável teatro do absurdo, em 2015, a cada dia, mais necessária.
A sétima arte sempre traz sentidas representações de toda forma de preconceito. Entre tantos outros, selecionei alguns filmes que retratam muito bem a questão do preconceito racial, sobretudo nos Estados Unidos e na África do Sul.  
 Evidentemente, a lista é bem maior, antiga, já, mas mesmo assim parece que está difícil aprendermos alguma coisa. Vale para relembrar, passar aos alunos, aos filhos e trazer de novo esses temas à baila:
·        Adivinhe quem vem para jantar (Guess who ‘s coming to dinner)  (1957)
·        Ao mestre com carinho (To sir with love) 1967
·        No calor da noite (In the heat of the night) 1967
·        A cor púrpura (1985) 
·        Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy) 1989
·        Uma história Americana (An American History) 1990
·        Tomates Verdes Fritos (Fried Green tomatoes) 1991
·        Sarafina, o som da Liberdade (Sarafina) 1992
·        Malcolm X (1992)
·        Um sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption), 1994
·        Bem amada (Sethe) 1997
·        Um grito de Liberdade (Cry freedom) , 1987
·        Mississippi em chamas  (Mississipi burning) 1988
·        Hurricane, o furacão – The Hurricane (1999)
·        Men of honor- Homens de honra (2000)
·        Dielo de Titãs (Remember the Titans) 2000
·        Encontrando Forrester (Finding Forrester) 2000
·        Hotel Ruanda (Hotel Rwanda), 2004
·        Amistad (2004)
·        Coach Carter (2005)
·        Escritores da Liberdade (Freedom writers) 2007
·        Mandela, luta pela liberdade (Good bye, Bafana) 2007
·        Invictus (Invictus) 2009
·        Histórias cruzadas (The help) 2012
·        O mordomo da casa branca (Tle butler) 2013
·        12 anos de escravidão (12 years a slave) 2013
·        Mandela, longo caminho para a liberdade ( A long walk to freedom) 2013
Entre outros…
Embora negado torcido e disfarçado, no mundo todo, em casa, nas escolas, nas empresas, nos governos, o racismo está (e como!) presente no mundo de hoje – 2015 – e não apenas no aspecto cor da pele; qualquer diferente nos quesitos de raça, etnia, língua, religião, ideologia, partido político, ou até mesmo time de futebol (!) vem gerando as mais absurdas reações de intolerância, desrespeito, hostilidade e ódio.   
Reações que parecem aumentar a cada dia, alimentadas por atitudes egoístas, hipócritas e sem sustentação como “ouvi dizer, li, me disseram” ou o simplesmente patético “porque sim”... São “justificativas” que atropelam argumentos da razão, do bom senso e da caridade, além de levantar um perigoso clima de hostilidade na sociedade. 
Cuidado: sempre que uma mentira é repetida, muitas vezes, infelizmente sua tendência é a de virar um tipo de “verdade” aceita pela maioria, mas nem por isso verdadeira... Para concluir, a respeito de preconceito, Leonardo Boff publicou um texto que vale a pena ser lido com atenção: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/11/tais-araujo-canto-triste-de-lamentacao.html   

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