quinta-feira, 10 de março de 2016

Paisagem Construída | Ampliação da Penn Station, em NY



  Um projeto de renovação e ampliação da velha Estação Pensilvânia, em NY, a Penn Station, já causa polêmica antes mesmo de ser realizada. Alguns lamentam que a escolha não tenha sido fruto de um concurso público, o que garantiria, segundo eles, melhor qualidade à obra e ao projeto em si. De qualquer modo, o projeto foi encomendado ao grupo SOM - Skidmore, Owings & Merril
Ícone arquitetônico da cidade, o edifício original da estação (1910), projeto de McKim, Mead and White, foi demolido no início dos anos 1960.
E o que nós temos a ver com isso?
É que, além do furor causado pela sua demolição, consolidando um movimento nascente de preservação de bens históricos de NY, a velha estação, estilo Belas Artes, foi um dos modelos que inspiraram os arquitetos Cristiano Stockler das Neves e Samuel das Neves em seu projeto, em 1925, para a Estação Júlio Prestes, em São Paulo, inaugurada em 1938. A Estação Julio Prestes é famosa por transformar-se, a partir de 1999, na casa da Orquestra Sinfônica do Estado de SP-OSESP abrigando a novíssima e única Sala São Paulo, com projeto arquitetônico e de restauração do arquiteto Nelson Dupré (Ver aqui no blog Anita Plural o texto Paisagem construída | Sala São Paulo.  

Imagens: Estação Júlio Prestes e Sala São Paulo-Divulgação.

 Mas voltando a NY.
 Centro da rede de transportes da cidade, o prédio atual da Penn Station foi construído, em 1968, para acomodar 200.000 usuários /dia, mas hoje atende a mais de 650.000. A proposta de ampliar a estação existente inclui um complexo do outro lado da rua, convertendo o edifício dos correios, Edifício James A. Farley, (também de McKim, Mead & White, em 1913) em uma estação ferroviária do século 21, criando um espaço público que atenderá às exigências dos usuários do Amtrak, o sistema de transportes ferroviários do Estado.
 O espaço vazio no centro do edifício histórico, onde funcionava a sala de triagem do antigo edifício dos correios, abrigará um imenso saguão de passageiros, encimado por cobertura de vidro. O conjunto, denominado  Moynihan Train Hall, irá retomar a história do Edifício Farley e, ao mesmo tempo, evocar o concourse com claraboia do edifício original da Penn Station. Com isso e outros detalhes, os arquitetos do SOM pretendem aumentar o espaço do concourse em 50% e aliviar o congestionamento das plataformas de embarque.  
2018 é a data prevista para a conclusão da obra. A ver se desta vez vai, uma vez que já houve outras propostas, mas que não se concretizaram.   
 
                                  Imagens: design boom. SOM / methanoia.
Referências:
Design Boom: http://www.designboom.com/architecture/skidmore-owings-merrill-som-moynihan-train-hall-penn-station-new-york-01-15-2016/?utm_campaign=monthly&utm_medium=e-mail&utm_source=subscribers   
SOM_ Skidmore Owings and Merril:  http://www.som.com/projects/moynihan_train_hall
Dezeen: http://www.dezeen.com/2016/01/15/som-images-waiting-room-proposed-penn-station-complex-moynihan-train-hall-expansion-new-york/

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