Cora Coralina (1889-1985). |
Ainda falando da correlação que existe entre ensinar e aprender, sobre o tocar o coração das pessoas (se ainda não leu, leia o post Memória & Vida | Ensinando e Aprendendo ), lembrei-me de um poema da linda Cora Carolina (1889-1985), pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que tive o privilégio de conhecer... Aquela doceira de Goiás Velho que era chamada de Aninha por Carlos Drummond de Andrade, a mulher que lançou seu primeiro livro aos 76 anos, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás - UFG e foi eleita intelectual do ano, em 1983, recebendo o "Prêmio Juca Pato" da União Brasileira de Escritores.
Velha Casa da Ponte, sobre o Rio Vermelho, antiga residência da poetisa, hoje Museu Cora Coralina, na cidade de Goiás-GO. Foto: Anita Di Marco |
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe, braço que envolve,
Palavra que conforta, silêncio que respeita,
Alegria que contagia, lágrima que corre,
Olhar que acaricia, desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar.
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