Desde sempre sabemos (ou deveríamos saber) que a morte faz parte da vida e é o outro lado da moeda. Desde que nascemos, ganhamos a chance de desfrutar um dia a mais para o autoaperfeiçoamento e para ficarmos ao lado de pessoas que amamos, mas nunca sabemos quando esse dia será o último. Por isso, a importância de valorizar cada dia vivido, de celebrar e agradecer pelo tempo compartilhado.
Nossa forma de viver pode honrar ou não aquele que partiu, já que cada ser que parte sente nosso estado de espírito, nossa paz e gratidão ou nossa tristeza e revolta. Fiquemos em paz, gratos e deixemos que sigam em paz. Porém, além disso, cada um que parte permanece naqueles com quem conviveu, por meio de lembranças, sentimentos, lições de vida e amor compartilhado. Uns deixam lições mais abrangentes e universais; outros, lições mais locais.
Alguns seres privilegiados deixam marcas em toda a humanidade. Já viveu entre nós aquele que foi capaz de imprimir sua marca, de forma indelével, na passagem do tempo: o calendário passou a ser lido antes ou depois dele. Até hoje, no entanto, ainda tentamos aprender e pôr em prática suas lições.
Vários outros seres luminares deixaram suas marcas com uma vida que buscava aplicar as regras daquele que mudou a contagem do tempo. Já falei de vários deles aqui: Mandela, Gandhi, Yogananda, Hermógenes, Irmã Dulce, Madre Teresa, Chico Xavier e muitos outros.
Agora, no dia 26 de dezembro, logo após o Natal de 2021, o arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu nos
deixou. Ele e Nelson Mandela (1918-2013) dedicaram sua vida à luta
antiapartheid. Sua conduta, sua ação, seu movimento infatigável pela igualdade racial e pela justiça
social, foram sempre envolvidas em alegria e compaixão e marcaram minha geração e, espero, muitas
outras. Sou só gratidão!
Seguem alguns links sobre esse Ser Humano, incrivelmente Humano, que me inspirou a criar o Blog Anita Plural: Como nasceu o Blog Anita Plural ; Ecos Imateriais | Ubuntu; Ecos Imateriais | Não existe neutralidade.