Imagem: http://www.ocoy.org/yoga-in-four-words/ |
Embora
praticado, talvez, há milênios, o Ocidente só tomou conhecimento da antiguidade
dessa prática, a partir de meados do século 19, com o início das escavações
arqueológicas realizadas onde hoje é o Paquistão. Os vestígios encontrados,
inúmeros sinetes, pedaços de estatuetas e peças de argila, comprovaram a
existência de alguma forma de yoga, já por volta de 3000 a.C., além de traços de
grandes cidades no vale do rio Indo, como Harappa e Mohenjo-Daro, esta última
declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1980.
No
entanto, a codificação, ou seja, compilação e organização sistemática dessa
ciência foi feita pelo sábio indiano Patanjali (lê-se Patânjali), por
volta do século III a.C., dando origem ao compêndio chamado Yogasutra.
O livro é formado por menos de 200
frases ou sutras (fios seguindo determinado raciocínio): versos,
aforismos, frases concisas e de fácil memorização, onde o yoga é apresentado,
ao mesmo tempo, como método e fim, como caminho e meta. É é dividido em quatro
livros ou partes (padas):
•
Samadhi Pada: o caminho da iluminação, (51
aforismos);
•
Sádhana Pada: o caminho da prática (55 aforismos);
•
Vibhutti Pada: o caminho dos poderes e perigos (55
aforismos);
•
Kaivalya Pada: o caminho da libertação (34
aforismos).
Nos dois primeiros sutras, temos a definição de yoga:
YOGASH
CITTA VRITTI NIRODHAH, ou seja, yoga é a cessação, a interrupção dos
movimentos e flutuações (vritti) da
mente (citta).
A partir dessa definição Patanjali vai, passo a passo, falar de como atingir
esse estado de integração.
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