A língua portuguesa é rica e bela, como disse Camões. É sonora, plástica e forte. Difícil, sim, mas nos traz incríveis possibilidades. E é dinâmica, como todas as demais. Mas, embora eu concorde com a inclusão de novos termos, acredito que é preciso evitar os tais vícios de linguagem, para que a nossa fala quanto e a nossa escrita sejam cada vez mais claras e objetivas. A solução passa pela educação (sempre) e pelo ato de ler, cada vez mais. Para citar alguns desses vícios:
Barbarismo e erros de: ortografia (mecher em vez de mexer); acentuação (rúbrica em vez de rubrica), pronúncia (pograma em vez de programa); flexão (poram em vez de puseram); ou de significado (concerto em vez de conserto de uma janela).
Cacofonia e o som desagradável resultante da proximidade de palavras: - Eu não vi ela (um beco?); Me dá uma mão (a fruta?).
Estrangeirismo é outro. Prefiro evitar, no cotidiano, o uso (exagerado) de termos estrangeiros para os quais existe tradução, como por exemplo - printar, deletar, inicializar, monitorizar, entre outros. Temos termos para tudo isso – imprimir, apagar, iniciar, monitorar.
Gerundismo é algo que surgiu com as operadoras de telemarketing e se já era feio antes, agora que se espalhou ficou irritante: vou estar mandando, vou estar verificando, vou estar confirmando. Ora, mande, verifique e pronto. Mais simples, rápido e objetivo.
Pleonasmo vicioso é outro vício que dói, mas é bem comum mesmo nas melhores rodas. A pessoa fala quase sem perceber, depois a ficha cai e ela fica super sem graça. Refiro-me aos tais: subir para cima, sair para fora; entrar para dentro e por aí vai.
O post foi só para lembrar e valorizar a nossa língua, mas vamos ser sinceros, quem nunca?
Referências
https://anitadimarco.blogspot.com/2018/02/ecos-linguisticos-ultima-flor-do-lacio-1.htmlhttps://anitadimarco.blogspot.com/2018/03/ecos-linguisticos-ultima-flor-do-lacio-2.html
https://anitadimarco.blogspot.com/2018/02/ecos-linguisticos-portugues-e-o-bicho.html
https://www.normaculta.com.br/vicios-de-linguagem/
Anita! Esse assunto da pano pra manga em discussões em ambiente universitário... Vc já leu A Língua de Eulália do Marcos Bagno? Muito bom! Beijos
ResponderExcluirVerdade, concordo com você e já vi muitas polêmicas sobre isso, mas a linguagem acadêmica e científica exige isso, certo? Ao menos na forma escrita. Linguagem oral é outra coisa, assim como literatura... Beijos, queridíssima, e apareça sempre
ExcluirMuito interessante Anita. Bom lembrar. Quem não mesmo!
ResponderExcluirObrigada, mas não se esqueça de deixar seu nome. Sem isso, não sei com quem estou trocando. Abraços
ExcluirBem lembrado…
ResponderExcluirBjs
Particularmente,o estrangeirismo me irrita profundamente. Aliás, tudo é esquisito. Rs
ResponderExcluirHahahahhahaha, obrigada. Querida. Aliás, nós somos esquisitas. Beijos
ExcluirNão gosto do estrangeirismo. Já é complicado para a maioria da população a nossa língua portuguesa, quanto mais falar e entender outras línguas
ResponderExcluirMuito bom Anitinha!Seria ótimo se todos falassem bem e escrevessem bem também. Porém como você mesmo disse:quem nunca não é!!Bebel
ResponderExcluirMantida a tradição, ou seja, excelente postagem.
ResponderExcluir👍👊 Napoleão
Obrigada, Napoleão. Nossa língua merece, né? Abraços
ExcluirChico Anisio ja comentava: "Quando o sujeito diz que está com um 'pobrema', na verdade nao está com um só, não".
ResponderExcluirE o pior é que quando esses vícios que não se sabe de que diabos vieram, quando pegam, ficam enraizados e não há quem tire dos recalcitrantes!
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