terça-feira, 15 de novembro de 2016

Reflexão | Pedras Brutas


Acredito que tudo que nos acontece na vida tem uma causa; ou melhor, nós somos a causa e acionamos os efeitos a partir de cada decisão que tomamos. Toda escolha traz consequências e a vida é feita de uma sucessão de pequenas escolhas. Ou seja....

O problema é que, no mais das vezes, não temos consciência dessa relação e quando somos visitados por fatos tristes ou doenças, a inevitável pergunta é: 
- O que fiz para passar por isso?
- Por que esta ou aquela doença?
- Como causei isto em mim?
 Ou, simplesmente - Por que eu?

Na verdade, quase sempre, agimos como autômatos, meras máquinas... como se estivéssemos isolados e desconectados das relações formadas pela teia da vida; como se estivéssemos protegidos de consequências desencadeadas pelas nossas próprias ações. 

Por isso, é preciso prestar muita atenção ao que somos, no que pensamos, no que falamos e como agimos, porque, de uma forma ou de outra, a cada momento estamos preparando nosso futuro. 

Essa atenção sobre nós mesmos, essa forma de se observar tem um nome: autoestudo, autoconhecimento, parte de svadhyaya (em sânscrito), o quarto  niyama do Ashtanga Yoga de Patanjali.  

Com honestidade e coragem, observando as próprias atitudes e tentando descobrir as respostas àquelas perguntas, nós mudamos, aprendemos, superamos, reavaliamos e nos transformamos....Transformando-nos, somos capazes de transformar o mundo. 

É como se cada pessoa fosse um pedaço de mármore ou um diamante bruto à espera de, um dia, ver as arestas polidas ou a bela estátua que surge daquela massa bruta. É só ver o que Michelangelo fazia com um pedaço de mármore (aqui)... Fácil não é; mas é tudo que temos a fazer. É nosso dever e nossa meta. Ao trabalho!

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