Mandalas
são formadas por uma série de símbolos e figuras geométricas - triângulo, quadrado, losango, círculo... Este último, por exemplo, é um símbolo arcaico, cultuado em várias culturas, sinônimo
de totalidade, integração e presente nas celebrações e danças de roda dos povos originários e ancestrais. Na dança de roda ou dança circular, todos estão
equidistantes do centro, todos caminham juntos e se apoiam mutuamente, conforme o ritmo escolhido. No círculo, na roda, de mãos dadas, todos vão caminhando e passando, várias vezes, pelo “mesmo lugar”. Será mesmo? Não! A cada vez, as
emoções e as sensações são diferentes - mais sutis, mais elevadas e o indivíduo acaba reconhecendo que é parte constituinte daquele todo. Leia sobre a dança circular aqui.

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Museu Guggenheim, NY. Frank L. Wright. Divulgação |
Percorrer de forma consciente esse caminho é começar a voltar para casa, nossa casa interna, para um encontro com a própria
alma, como no livro Setas para o caminho de volta, do professor de yoga José Hermógenes. Porém, embora o esforço seja
individual, a caminhada é feita em conjunto – eu e o outro, eu e o
coletivo, eu e a comunidade maior, eu e o todo, porque, na verdade, nunca somos só nós. Cada ação nossa afeta
o todo, em qualquer ambiente – em casa,
na escola, no trabalho, no bairro. Afinar-se com os ritmos de cada um nessa caminhada é o que gera a sensação de pertencimento, inclusão, acolhimento, confiança e
felicidade. Todos juntos, do
micro ao macro, do átomo às galáxias, ascendendo e percebendo uma só pulsação, um só ritmo - o ritmo da Vida.
Referências
https://anitadimarco.blogspot.com/2021/05/ecos-culturais-danca-circular-sagrada.html
https://anitadimarco.blogspot.com/2016/04/memoria-arte-cultura-os-mobiles-de.html
Anita querida excelente texto, muitas vezes em nossas vivências cotidianas não percebemos essa essência da vida tão simples, o estar presente na sincronicidade e sinergia do eu , do outro, do todo e principalmente do entorno ao nosso lado.
ResponderExcluirGrata por expandir essa consciência e visão!Abraço!
Fátima Terra
Texto altamente inspirado, Anita!
ResponderExcluirGostei muito do repetir ciclos, mas diferente e melhor!
Abraços
" Na verdade, nunca somos só nós "; disse tudo Anita. Sempre é bom refletir com seu blog aos sábados. Zé Marcelino.
ResponderExcluirComo sempre vc traz uma informação nova para mim. E sempre de forma instigante.
ResponderExcluirQue ótimo texto! Lembrei muito do navio de Teseu. E aquilo que dizem que jamais entramos no mesmo rio duas vezes. Me remeteu tb aos fractais e em como a vida é redundante, sabe? As formas se repetem, os padrões. Mas sempre um pouco diferente. E esse pouco eu sinto que é onde temos a oportunidade de melhorar. Mudar. Observar, que seja. Beijao, tia Anita!
ResponderExcluirDaniel B Ortega
Muito bom Anitinha! Sempre um aprendizado seus textos.
ResponderExcluirObrigada por este texto maravilhoso, Anita!
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