Ecos Imateriais | Buscando o Silêncio

 

  A busca do silêncio e da introspecção sempre favoreceu ao homem o encontro com sua verdade, com sua essência. É no silêncio que o homem tranquiliza a mente, pacifica as emoções, aquieta o turbilhão de pensamentos e, assim, pode trabalhar suas dúvidas, questionamentos e ansiedades. É no silêncio e na tranquilidade, e não no tumulto e na agitação, que o homem forja suas convicções, valores e sentimentos. A partir daí, é que se encontra equilíbrio interior para um melhor ajuste com o mundo externo.

 É fato conhecido que a vida dos grandes místicos e sábios foi rodeada de muitos momentos de silêncio, meditação, de plenitude. É fácil observar quantos falam todo o tempo, sem nada a dizer. Palavras e pensamentos têm força e carregam energia. Importante, portanto, nos conscientizarmos de como é vital buscar o silêncio para uma vida mais saudável, neste nosso mundo tão agitado, que nos solicita o tempo todo, que quer o ruído e a dissipação.

Quem que não consegue ficar sozinho, em silêncio, ou quem precisa o tempo todo de ruído e movimento só mostra que não está bem.Impossível negar. Pode-se até tentar disfarçar, mas o corpo, os gestos, as expressões faciais escancaram o que se tenta esconder, porque o silêncio é algo que emana de dentro para fora, que brota e se derrama sob a forma de equilíbrio, serenidade e encanto pela vida. 

Vale lembrar, no entanto, que isolamento não tem nada a ver com solidão. Uma pessoa silenciosa não é necessariamente isolada, alienada e presa no seu mundinho. Não! Alguém assim apenas mostra sua incapacidade de diálogo e de convivência. Uma pessoa silenciosa é tranquila, serena e procura equilibrar-se mesmo na agitação, mantendo sua harmonia interna, a despeito das circunstâncias externas. É alguém que pratica e cultiva santosha, em sânscrito, o contentamento interior.

 

 Namastê!