quinta-feira, 30 de abril de 2015

Arte & Cultura: 3º SOAL-Salão de Outono da ALatina

 O mundo da arte parece distante, mas quando alguém próximo é selecionado para um reconhecido salão, a distância parece diminuir. O universo da arte está logo ali e aqui... A amiga, artista visual e fotógrafa Vanessa Caldeira Teixeira Reis, de Varginha, foi selecionada para expor no 3° Salão de Outono da América Latina-SOAL 2015. Das 416 inscrições válidas, foram selecionadas 252 obras de 174 artistas de 29 diferentes países, sendo 107 do Brasil, quatro de Minas Gerais e apenas uma de Varginha, a de Vanessa CTReis. Odisseia de Dante é a obra selecionada e o segundo quadro de uma série de três intitulados A Divina Comédia, série inspirada nos livros Inferno, Purgatório e Paraíso de Dante Alighieri.
Este salão é herdeiro da famosa exposição de arte nascida em Paris, em 1903, no subsolo do Petit Palais, que marcou a arte mundial e o século 20, cujo objetivo era dar voz e vez aos novos artistas, trazendo a vanguarda da arte moderna e contemporânea: Fauvismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo, Escola de Paris, Abstração, Arte Cinética, etc... Na época jovens, grandes artistas conhecidos já passaram por ele.  
  
Odisseia de Dante
Vanessa CTReis, 2014   
Digital: Fotografia, pintura e colagem impresso sobre canvas.
Dimensão: 100x100cm.

O 3° SOAL acontece de 8 a 31 de maio 2015, das 9h00 às 18h00, de terça a domingo, na Galeria Marta Traba, Memorial da América Latina. Vale a visita. 
Além disso, a artista está entre 39 artistas brasileiros do Rio, São Paulo, Santa Catarina, Minas e Brasília que participam da exposição Movimento Criativo da Arte Contemporânea Brasileira, em Helsinque, Finlândia, e depois Nova Iorque. Mostrando a diversidade estilística da nossa arte, os trabalhos reúnem várias linguagens como, pintura, fotografia, objeto e instalação. Vanessa CTReis foi selecionada com quatro obras da Série Policromia: Terra de Aimoré; Terra de Caeté; Terra de Goitacá; e  Terra de Guajajara.  Cada obra teve como fio condutor uma tribo indígena, um pouco da nossa história, do ponto de vista visual e contemporâneo da artista. 
 

Obra: Terra de Aimoré
Vanessa CTReis, 2015
Digital: Fotografia, pintura e colagem impresso sobre Canvas. 
Dimensão: 60x60cm. 

Referências: 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Reflexão: Acaso


Aceita as surpresas que transformam teus planos, derrubam teus sonhos, dão rumo totalmente diverso ao teu dia e, quem sabe, à tua vida. Não há acaso. Dá liberdade ao Pai para que ele mesmo conduza a trama dos teus dias. 
- Dom Hélder Câmara (1931-1999)

Vida & Literatura: Escrevendo sobre a dor da perda

 Terça-feira, 28 de julho, será lançado um livro corajoso, de alguém que sofreu, enfrentou e quis  compartilhar sua dor e busca de explicações com aqueles que passam pelo mesmo trauma, a perda de um filho. O livro é da querida amiga e professora universitária Ione Maria Ramos Paiva e a apresentação é minha, já que acompanhei o longo e sofrido processo de elaboração do livro e da dor. A renda obtida com a venda será destinada a duas entidades: Mães Sem nome, grupo de mães que perderam seus filhos e buscam reaprender a viver, e a Associação dos Defensores de Animais de Varginha:
Leiam a bela resenha do professor Francisco Romanelli e, se puderem, compartilhem. 

A MAIOR DAS PERDAS: O APRENDIZADO PELA DOR
Resenha: Francisco Antonio Romanelli[*] 



Partindo de experiência própria, daquela que representa a maior de todas as dores da vida, a perda de um filho jovem, Ione Paiva, a autora de A maior das perdas, honestamente, desnuda sua alma revendo as dores, os mecanismos psicológicos alterados, as arestas sociais e os muitos traumas, que dilaceram e estilhaçam a vida do pseudossobrevivente. Ao partilhar sua dor, a autora não só se submete a um processo catártico de entendimento do contexto da fatalidade, como, também, se irmana com outros pais desafortunados, flagelados por dor equivalente. Para se situar em meio ao caos em que a vida se transforma e reorganizar os seus cacos em uma sequência lógica que, se não aplaca a dor, pelo menos a faz melhor compreendida, é que a obra perpassa por um rico filão de estudos no campo da filosofia, da psicologia, das religiões, da sociologia, da filosofia esotérica e das ciências ditas paralelas (como astrologia, mediunidade e espiritualismo).
Observe-se, no entanto, que a obra não é um libelo de desabafo, nem se trata de um manual de auto ajuda, muito menos veicula mensagens panfletárias em prol desta ou daquela filosofia religiosa ou de vida, mas, um sério estudo com leque abrangente de tema, no final das contas, o definitivo entorno da existência dos pais que sobrevivem à perda do filho e com o qual eles terão de lidar por todo o tempo do resto de suas próprias existências.
Organizando logicamente experiência tão absolutamente fora de lógica, a autora dá sentido orgânico à sua obra estruturando-a, por seus dezoito capítulos, na análise básica de quatro temas centrais: sua própria experiência, dor e consequências; a compaixão pela dor alheia dos que, como ela, foram submetidos a experiências idênticas; o sentido da morte e da perda em pensamentos religiosos e filosóficos e, por fim, a busca de um sentido na transcendência da vida existencial. Ao narrar sua perda, o faz sem pieguismos, mas, com a honestidade da mãe que é amputada da parte mais doída de seu ser, o filho, mas que busca tornar o mundo físico e espiritual, após trauma de tal magnitude, em algo inteligível e possível de se viver. Optou pelo profundo estudo e pela farta pesquisa, ao invés de imergir em auto comiseração. A magnitude absoluta da dor já fora atingida e, como ela própria diz, o livro não pode impingir-lhe maiores sofrimentos, porque isso já não seria mais possível. Daí sua opção pelo estudo sério sobre um tema que se esconde sob tabus, incompreensões, rejeições e impossibilidades de definição científica.
Ao compungir-se com a dor alheia pretende “mostrar aos outros pais que não estamos sozinhos nesta caminhada pesada da vida; que muitas vezes, no auge de nosso desespero ansiamos ouvir, tanto quanto ansiamos contar nossas histórias, bem como as histórias de nossos filhos queridos, tão caras para nós”. E uma das mais úteis formas de partilhar a dor para, junto com experiências similares, cada um melhor suportar a sua própria, é a imersão no estudo do tema, buscando o sentido da existência, das rupturas e das perdas, caminho que o livro se propõe a oferecer para a comunhão dessas almas e mentes atormentadas e irmanadas no grande sofrimento.
O livro, no entanto, não é de interesse restrito àqueles que partilham a experiência de perda de filhos. A estes, dá amparo, ombro, carinho e tentativa de entendimento. Para além dessa comunhão, o livro é universal ao encarar como a mente humana, através de seus mecanismos ferramentais como a filosofia, a psicologia, a religião, a arte e outros estudos paralelos, problematiza a ruptura e a perda. A morte é o destino de tudo aquilo que vive. Se o raciocínio humano não consegue se satisfazer com a tentativa de explicar a vida, muito menor êxito obtém na possibilidade de entender e aceitar a morte. E apresenta, por fim, as diversas hipóteses de como as religiões, os movimentos espirituais e as filosofias esotéricas buscam a transcendência da vida individual. Muitas se direcionam aos caminhos da fé – a morte é um propósito divino para o início de uma nova trajetória da alma, assim como o ditam seus cânones dogmáticos. Outros, no entanto, encontram respostas em experiências espirituais pessoais e alheias, tidas como verdades – visões, experiências de quase morte, contatos espirituais, lembranças e êxtases. A autora mostra as opções mais frequentemente encontradas e as técnicas de experimentação regularmente adotadas, como aquelas das tradições orientais, inclusive a meditação.
A autora, Ione Maria Ramos de Paiva, não é uma pesquisadora estreante. Ao contrário, professora universitária, Mestre em Engenharia de Produção, Mídia e Conhecimento, com ênfase em Psicologia das Organizações, autora de dois livros, escritora acadêmica, é pesquisadora nas áreas de filosofia, esoterismo, religião e ciências paralelas (notadamente Astrologia, Parapsicologia e Rosacrucianismo), pesquisas essas que foram aprimoradas e incrementadas face à desdita da perda filial, quando sentiu necessidades de encontrar algum entendimento sobre o fenômeno da morte. Daí advém a rica fonte de informação que A maior das perdas traz. A despeito da profunda pesquisa, esse é um livro escrito de maneira coloquial, com ágil leitura e compreensão, alheio aos chavões academicistas e se reveste de forte caráter de essencialidade. Aqueles que querem se situar na vida precisam refletir sobre a morte. É a imersão nessa reflexão necessária e humana que é a proposta do livro.

LANÇAMENTO DE LIVRO
PAIVA, Ione Maria Ramos de. A maior das perdas. Rio de Janeiro: Barra Livros, 2015. 98p. Data: Dia 28 de abril DE 2015, terça-feira, às 20h30min.
Local: sede da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências (AVLAC) - Sala da Torre da Estação Ferroviária, Praça Matheus Tavares, nº. 121, Centro- Varginha

[*] Mestre em Letras, membro da Academia Varginhense de Letras Artes e Ciências (AVLAC).

domingo, 26 de abril de 2015

Grupo de estudos sobre yoga

No Blog Yoga Clássico - Patanjali - http://recantodaserenidade.blogspot.com.br/ -  vocês encontram os horários para nossas aulas de yoga. Além disso, toda última quarta-feira do mês realizamos um encontro no nosso Espaço DHARMA/ Recanto da Serenidade para estudar um pouco mais sobre a teoria do yoga e ciências afins. No primeiro encontro, realizado no dia 25 de março, a professora Anita abordou o tema Fundamentos do Yoga, um apanhado geral dessa ciência do bem viver, onde surgiu, as diferentes escolas e práticas, etc. O próximo encontro será na quarta-feira, dia 29 de abril com o tema O código de ética do yoga, segundo Patanjali em seu compêndio Yoga Sutras. Anote na agenda.  





quinta-feira, 23 de abril de 2015

Paisagem Construída: Sonho realizado...em Chicago

 Congressos, seminários, simpósios, encontros são sempre ocasiões especiais para profissionais e pesquisadores de qualquer área.  Além dos debates e discussões com colegas do mundo todo; além de ratificar, questionar ou ampliar o conhecimento em suas respectivas áreas; além da ampliação da rede de relacionamentos, de visitar novas cidades e vivenciar novas culturas, essas viagens podem significar a transformação de sonhos em realidade. 
Assim aconteceu comigo, algumas vezes.  
Assim aconteceu agora, mais uma vez, com a amiga Ruth Verde Zein, participante da Conferência da Sociedade dos Historiadores de Arquitetura, em Chicago, no último final de semana. Ruth foi uma das 183 selecionadas dentre as quase 800 inscrições de trabalhos provenientes de 52 países. Dirigiu a mesa Brutalismo nas Américas: Conexões Norte-Sul, com o arquiteto gaúcho Carlos Eduardo Dias Comas.  O encontro visava celebrar o 68º aniversário da Sociedade e seu objetivo de estimular a compreensão e apreciação da história da arquitetura e sua inserção na vida contemporânea, tanto para pesquisadores da arquitetura, como para nós, meros cidadãos e habitantes urbanos, vivendo cotidianamente a arquitetura e as cidades. 
Chicago, por sua vez, é um local especial para estudantes de arquitetura do mundo todo. Especial para arquitetos. Especialíssima para pesquisadores, pela longa lista de nomes de arquitetos de vanguarda que construíram obras que são verdadeiros ícones da arquitetura moderna. Nada se compara à sensação e ao prazer de estar frente a frente, de entrar, de sentir e vivenciar essas obras especiais. Sonho realizado. Privilégio merecido e conquistado... 
 
Casa Farnsworth, 1951. Arquiteto Ludwig Mies van der Rohe. Uma das mais conhecidas no mundo arquitetônico, a residência Farnsworth, na cidade de Plano, Illinois, a mais ou menos 90 km de Chicago. Foto:Ruth V.Zein, março 2015. 



Vista de Chicago, com as torres de apartamentos na Lake Shore Drive, 1951, do mesmo arquiteto, junto ao lago de Chicago.  Foto: Ruth V.Zein, 2015.  

RVZein e o arquiteto, historiador e crítico de arquitetura Kenneth Frampton, professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Columbia, depois de visitarem a exposição Latina America in Construction, no MoMA-NY

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Celebrando um aniversário

Em meio às atividades do dia, quase ia me esquecendo de celebrar um aniversário.
Uma jovem senhora de 55 anos, capaz de atrair amor e desprezo, admiração profunda e ácidas críticas, encantamento e também despeito. Mas não em igual medida: a admiração, a surpresa sempre é maior. De qualquer forma, quem a conhece não fica indiferente.  
Uma jovem senhora concebida por dois homens maravilhosos que, com sua competência e visão, conseguiram transformá-la em um símbolo de união e grandeza e na joia maior de sua missão conjunta.
Feliz aniversário, Brasília (1960-2015)!
Fotos: Anita Di Marco, julho 2014

 Vista da Catedral
Vitrais da Caixa Econômica Federal

Vista das torres do Congresso Nacional

Vista da Esplanada

Memorial JK

Vista da Torrre de TV em direção à Praça dos Três Poderes

Ao longo do Instituto Central de Ciências - ICC - Universidade de Brasília- UnB

Torre Digital

Mastro da Bandeira Nacional e Memorial Tancredo Neves 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Reflexão: O mar [ou A função da Arte]

 Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. 
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. 
E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!
- Eduardo Galeano (1940-2015), O Livro dos Abraços.
Extraído de sua obra 'O livro dos abraços', traduzido por Eric Nepomuceno, editado pela LPM Editores: 1991. Um livro delicado e sensível que traz uma série de histórias curtas e envolventes com a visão por vezes crítica, por vezes lírica do autor, sobre emoções, valores, arte,  política e muito mais. 

 

sábado, 18 de abril de 2015

Vida & Yoga: Por que praticar Yoga?

Talvez você tenha se interessado pela prática do yoga, porque ouviu dizer que faz bem ao corpo, à mente, relaxa, alivia as tensões e o estresse. Tudo bem, o motivo não importa. O importante é perceber que yoga vai além, muito além de tudo isso. Yoga tem como sustentação um sistema filosófico coeso e abrangente. Yoga é um sistema transformador, porque trabalha todas as dimensões do ser humano, a partir de um um trabalho sobre si mesmo, através de um treinamento de atitudes e um código de ética, que deve vir sempre antes da técnica. Isso é o que distingue esse sistema de uma aula comum de ginástica. 
 
A prática requer autodisciplina, persistência, compromisso consigo mesmo e respeito aos limites. Yoga não tem a ver com competição e excessos; não tem a ver com acrobacia e arrogância. Yoga tem a ver com tranquilidade em vez de agitação; com concessão e respeito em vez de violência; com conforto em vez de dor; com concentração em vez de dispersão; com humildade em vez de soberba; com estado de presença em vez de alienação. 
Ao trabalhar tudo isso, você estará entrando no campo do yoga.

 
         Cartaz do I Encontro de Yoga na USP. Foto: Anita Di Marco

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Paisagem, Arte & Cultura: Arquitetura brasileira no MoMA

   Arquitetura brasileira e latino-americana novamente em destaque no Museu de Arte Moderna - MoMA de Nova Iorque.  Sessenta anos depois da histórica Latin American Architecture since 1945, um levantamento da arquitetura moderna produzida na região naquele período [e com bastante atraso tendo em vista a qualidade e quantidade de nossa arquitetura], o MoMa repete o tema com a exposição Latin-America in Construction 1955-1980,  em cartaz até 19 de julho, cobrindo o período de 1955 até o início dos anos 1980.
Arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e um dos organizadores da mostra, Carlos Eduardo Dias Comas fala do interesse renovado por nossa arquitetura, a partir dos anos 1990, depois do período de “esquecimento” pós-Brasília e elogia a qualidade documental da mostra atual, com variados originais da época – desenhos de arquitetos, fotos, projetos, cartas, filmes e documentários. Acompanham a exposição um catálogo e uma antologia dos textos originais, edição conjunta de Barry Bergdoll, Carlos Eduardo Dias Comas, Jorge Francisco Liernur e Patricio del Real. 
Na inauguração, inúmeros colegas, dentre eles, Carlos Eduardo Dias Comas, Lizete Rubano, arquiteta e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e o arquiteto Hector Vigliecca que apresentou o projeto Bulevar Artigas. 

Foto: Capa do livro, da página do  MoMA
   
 
Vídeo com entrevista de Comas sobre a exposição.   

Em tempo, o arquiteto Hector Vigliecca lançará, no próximo dia 23, o livro O Terceiro Território - Habitação Coletiva e a Cidade, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo. Estaremos lá. 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Paisagem, Arte & Cultura: Colorindo as cidades

Amantes das cidades, da paisagem urbana, da arte, dos desenhos e dos livros de colorir têm um motivo a mais para se divertir. Armados de seus lápis de cor, tintas e canetinhas, adultos e crianças (por que não?) poderão fazer uma viagem colorida ao redor do mundo. Quem disse que a gente não aprende desenhando, colorindo, olhando e viajando? Os adultos redescobrem seu lado lúdico, se divertem e voltam aos tempos de criança. As crianças idem. Brincando, elas aprender a ver, observar, expandir horizontes e, principalmente, respeitar as diferenças culturais desde cedo. Tudo isso com o incrível livro de colorir para adultos (sim!), do artista e ilustrador canadense Steve McDonald: "Fantastic Cities: A Coloring Book of Amazing Places Real and Imagined”, com ilustrações de vistas aéreas reais e imaginárias de 60 cidades ao redor do mundo, distribuídas em 48 páginas.  




Fonte e Imagens:
Romullo Baratto. ""Fantastic Cities": um livro de colorir com ilustrações de cidades ao redor do mundo" 14 Apr 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 15 Abr 2015 -  http://www.archdaily.com.br/br/765384/fantastic-cities-um-livro-de-colorir-com-ilustracoes-de-cidades-ao-redor-do-mundo  
Página do ilustrador: https://www.facebook.com/artbysteve 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Reflexão: Utopia

A utopia está no horizonte.  Eu sei que nunca a alcançarei. Se eu avançar dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais eu a buscar, menos a encontrarei: ela se distancia à medida que eu me aproximo. E, ora, para que serve a utopia? A utopia serve para isso, para caminhar.
- Frase geralmente atribuída a Eduardo Galeano (1940-2015), mas segundo o jornalista Alex Solnik, da Revista Brasileiros, foi dita pelo amigo e diretor de cinema argentino, Fernando Birri, quando ambos respondiam a perguntas após palestra na universidade de Cartagena das Índias, Colômbia. Um aluno perguntou ao amigo o que era a utopia e Galeano relata, com admiração, a resposta do amigo.   

Um dos grandes escritores latino-americanos, Eduardo Galeano foi, nesse dia 13 de abril, tema de muitas reportagens, matérias, artigos na grande mídia, mais ou menos dizendo a mesma coisa, repetindo frases, ditados, citações e até fotos.  A que mais gostei é de Alex Solnik, no link abaixo:

Hoje, em Montevidéu, Eduardo Galeano deixou de caminhar. Mas a utopia, da qual se alimentou e que alimentou e alimentará seus leitores não morrerá jamais.”

Faço coro a Solnik. As boas pessoas, as boas obras, as boas palavras, os bons sentimentos e corações não morrem; ficam encantados, como dizia Guimarães Rosa. Tomara que o grande movimento da mídia agora, por ocasião de sua morte, desperte o interesse das novas gerações em seus escritos. Uma seleção de alguns deles está no blog de Altamiro Borges, dentre outros (sim, sou leitora assídua e crítica de bons blogs).
Para mim, além de autor de seu livro mais conhecido ‘As Veias Abertas da América Latina’, escrito quando o escritor ainda era jovem – 31 anos – e que abriu a cabeça de muita gente da minha geração, Eduardo Galeano será sempre um personagem carismático, corajoso, comprometido com a justiça e a verdade, sensível e lúcido, tremendamente lúcido, um buscador constante da tão falada utopia.   
Seguem dois vídeos que mostram um pouco o pensamento, o caráter e o coração desse homem.

1-https://www.youtube.com/watch?v=rygqfWagvhQ  - Eduardo Galeano - Vivir sin Miedo.


2-https://www.youtube.com/watch?v=w8rOUoc_xKc - Eduardo Galeano • Sangue Latino. Entrevista ao o jornalista e tradutor Eric Nepomuceno. Programa do Canal Brasil, gravado em 2009. O jornalista e escrito uruguaio, Eduardo Galeano fala sobre a cidade de Montevidéu, onde vive e também sobre a morte de seu cachorro. Direção: Felipe Nepumuceno.