Prêmio máximo da arquitetura mundial, o Prêmio Pritzker 2015 foi concedido a Frei Otto, arquiteto alemão de Stuttgart,
que foi informado sobre o resultado pouco antes de falecer, no dia 09 de março último. A
divulgação pública do seu nome ocorreu um dia após a morte do
arquiteto... Considerado o principal expoente da arquitetura de membranas e
tensoestruturas, sua obra mais conhecida é o conjunto de edifícios que
abrigaram os Jogos Olímpicos de Munique (1972).
Dois arquitetos brasileiros já receberam o prêmio: Oscar Niemeyer (1988) e Paulo Mendes da Rocha (2006). Entretanto, um terceiro nome seria, sem dúvida, candidatíssimo: João Filgueiras Lima (1932-2014), mais conhecido como Lelé, com uma imensa obra em contribuição à arte e técnica da arquitetura; uma vida inteira dedicada à criação de soluções práticas, simples, funcionais e de baixo custo. Defensor de novas tecnologias na profissão e no ensino de arquitetura e professor-fundador da faculdade de arquitetura da UnB – Universidade de Brasília, Lelé projetou e construiu todos os hospitais da Rede Sarah Kubitschek para tratamento de disfunções do aparelho locomotor, além de inúmeras outras obras em argamassa armada, também criação sua, como as passarelas de pedestres de Salvador. Não chegou a ganhar o Pritzker, mas ganhou outras medalhas significativas. Mas, acho que faltou o tal prêmio, como sinônimo de reconhecimento da comunidade internacional.
Uma pena um prêmio tão tardio... Ambos, Lelé e Otto, já tinham uma carreira sólida e respeitada há anos. Reconhecimento e apreço da comunidade internacional, sob a forma de um medalha ou galardão, não deveriam levar tanto tempo para serem conferidas. Afinal, qualquer obra deve ser reconhecida em vida. A esse respeito, a amiga, arquiteta e professora Ruth Verde Zein e eu fizemos um artigo intitulado Alegrias Póstumas a ser brevemente publicado na Revista Summa+. A conferir.
Dois arquitetos brasileiros já receberam o prêmio: Oscar Niemeyer (1988) e Paulo Mendes da Rocha (2006). Entretanto, um terceiro nome seria, sem dúvida, candidatíssimo: João Filgueiras Lima (1932-2014), mais conhecido como Lelé, com uma imensa obra em contribuição à arte e técnica da arquitetura; uma vida inteira dedicada à criação de soluções práticas, simples, funcionais e de baixo custo. Defensor de novas tecnologias na profissão e no ensino de arquitetura e professor-fundador da faculdade de arquitetura da UnB – Universidade de Brasília, Lelé projetou e construiu todos os hospitais da Rede Sarah Kubitschek para tratamento de disfunções do aparelho locomotor, além de inúmeras outras obras em argamassa armada, também criação sua, como as passarelas de pedestres de Salvador. Não chegou a ganhar o Pritzker, mas ganhou outras medalhas significativas. Mas, acho que faltou o tal prêmio, como sinônimo de reconhecimento da comunidade internacional.
Uma pena um prêmio tão tardio... Ambos, Lelé e Otto, já tinham uma carreira sólida e respeitada há anos. Reconhecimento e apreço da comunidade internacional, sob a forma de um medalha ou galardão, não deveriam levar tanto tempo para serem conferidas. Afinal, qualquer obra deve ser reconhecida em vida. A esse respeito, a amiga, arquiteta e professora Ruth Verde Zein e eu fizemos um artigo intitulado Alegrias Póstumas a ser brevemente publicado na Revista Summa+. A conferir.
Imagens:
Frei
Otto e Estádio Olímpico de Munique: http://www.archdaily.com/511689/happy-birthday-frei-otto/
e http://www.archdaily.com.br/br/01-34759/estadio-olimpico-de-munique-frei-otto-e-gunther-behnisch
Lelé
e demais fotos: Anita Di Marco (2008)
Fotos: Frei Otto e Cobertura para o Estádio dos Jogos Olímpicos de Munique, 1972.
Fotos: Lelé; Passarela em Salvador: Hospital da Rede Sarah ao fundo e Centro de Tecnologia - CTRS; e bondinho que transporta pacientes do nível mais baixo para o mais alto do hospital, Salvador. Anita Di Marco , 2008.
Azar do Prêmio Pritzker em não premiar o Lelé. Sua obra eleva a arquitetura!
ResponderExcluirhttp://www.-www.arquitextos.com.br/revistas/read/arquitextos/16.181/5592
Oi André, Também acho, azar do Pritzker, mas que o Lelé merecia, lá isso merecia. Obrigada pela visita.
ExcluirAnita