quarta-feira, 1 de abril de 2015

Paisagem construída: Arquitetura, lugar e memória...

Quando se fala em paisagens, naturais ou construídas, fala-se em natureza e em arquitetura, fala-se em locais de abrigo e proteção, que povoam nosso cotidiano desde os primeiros assentamentos humanos; fala-se em urbanismo e cidades. Fala-se de presente e futuro, mas também de passado, já que é inevitável associar a memória aos lugares por onde passamos, à arquitetura de onde vivemos e crescemos. Onde você nasceu, onde estudou, onde trabalhou, onde morou, onde brincava? Onde?
 
Tais perguntas remetem a edifícios, cidades, a paisagens construídas. O cenário urbano, conformado pelo espaço público e pelas construções, é o que emoldura a vida cotidiana. Memórias, lembranças e fatos estão vinculados a algum lugar, mas nem sempre, essa associação é consciente. Vivemos como se flutuássemos, como se não percebêssemos o mundo físico e real à nossa volta. É aí que espaço, tempo e ação se misturam.
 
Criamos e somos corresponsáveis pelas cidades onde vivemos. Importa a forma como as enxergamos, como nos utilizamos e cuidamos delas: como nossa casa maior, como sala de estar coletiva ou como território de ninguém? Podemos e devemos reaprender a arte de perceber, identificar, intervir, modificar e cuidar, desses grandes cenários vivos que nos abrigam. Podemos mudar a cidade, sim, para o bem comum.
 
Toda cidade é especial e alguns sortudos conseguem ter mais de uma. O qualificativo “especial” é conseguido pelo olhar amoroso e cuidadoso, seja do morador ou do visitante. Convido-os, então, a olhar para nossas cidades, construções, ruas e espaços com outro olhar,um olhar de curiosidade, interesse, respeito e, sobretudo, cuidado. Assim, criaremos cidades melhores para nós e nossos filhos. Afinal, a cidade é também nossa casa.
 
FOTOS: Minhas cidades especiais: São Paulo, Roma, Londres, Varginha. (Fotos: Blog Plural).       

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