Quando se fala em
paisagens, naturais ou construídas, fala-se em natureza e em arquitetura,
fala-se em locais de abrigo e proteção, que povoam nosso cotidiano desde os
primeiros assentamentos humanos; fala-se em urbanismo e cidades. Fala-se de
presente e futuro, mas também de passado, já que é inevitável associar a
memória aos lugares por onde passamos, à arquitetura de onde vivemos e
crescemos. Onde você nasceu, onde estudou, onde trabalhou, onde morou,
onde brincava? Onde?
Tais perguntas remetem a
edifícios, cidades, a paisagens construídas. O cenário urbano, conformado pelo
espaço público e pelas construções, é o que emoldura a vida cotidiana.
Memórias, lembranças e fatos estão vinculados a algum lugar, mas nem sempre,
essa associação é consciente. Vivemos como se flutuássemos, como se não
percebêssemos o mundo físico e real à nossa volta. É aí que espaço, tempo e
ação se misturam.
Criamos e somos corresponsáveis
pelas cidades onde vivemos. Importa a forma como as enxergamos, como nos
utilizamos e cuidamos delas: como nossa casa maior, como sala de estar
coletiva ou como território de ninguém? Podemos e devemos reaprender a arte de
perceber, identificar, intervir, modificar e cuidar, desses grandes cenários
vivos que nos abrigam. Podemos mudar a cidade, sim, para o
bem comum.
Toda cidade é especial e alguns
sortudos conseguem ter mais de uma. O qualificativo “especial” é conseguido pelo
olhar amoroso e cuidadoso, seja do morador ou do visitante. Convido-os, então,
a olhar para nossas cidades, construções, ruas e espaços com outro olhar,um olhar de
curiosidade, interesse, respeito e, sobretudo, cuidado. Assim, criaremos
cidades melhores para nós e nossos filhos. Afinal, a cidade é também nossa casa.
FOTOS: Minhas cidades
especiais: São Paulo, Roma, Londres, Varginha. (Fotos: Blog
Plural).
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