O CAU, Conselho de
Arquitetura e Urbanismo, prestou uma bela homenagem às mulheres arquitetas, com
uma série de depoimentos. Dentre elas, destaca-se a incomparável Lina Bo Bardi, brava desbravadora da
profissão desde que chegou ao Brasil, em 1946, época em que enfrentou
desrespeito, machismo e desconsideração. A eclética arquiteta, designer e
cenógrafa, foi a autora do celebrado projeto do MASP – Museu de Arte de SP
(1968) e do lindíssimo e emblemático SESC-Pompeia (1982, primeira parte), já
protegido pela cidade de São Paulo e, agora, tombado pelo IPHAN como patrimônio
cultural do país.
Destaco também na
lista do CAU, a figura de Alda Rabello
Cunha, viúva do querido arquiteto e urbanista João Filgueiras Lima, o doce Lelé. Reforçando, o papel nobre da arquitetura, ela diz: “Tem que haver os ‘niemeyers’, pessoas que alcem os voos mais altos.
Mas tem que haver os ‘lelés’, aqueles disciplinados, que fazem obras possíveis.
Porque é preciso atender às pessoas. Acho que Arquitetura é isso, solucionar a
ocupação urbana e a habitação de forma funcional.”
Merecida homenagem,
mas faltam muitas outras arquitetas, urbanistas, paisagistas, designers, pesquisadoras a serem homenageadas,
lembradas, mais respeitadas e bem remuneradas. Deixo aqui minha homenagem às
bravas lutadoras, colegas arquitetas ou não, famosas e anônimas, que sempre tiveram um
ideal, uma meta e lutaram para conquistá-la.
Que os mais jovens, homens e mulheres se inspirem nessas figuras de peso
para estudar e aprender sempre mais, respeitar opiniões divergentes e aplicar
seus conhecimentos com sensibilidade, ética e senso de justiça, em benefício de
todos.
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