sábado, 7 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

 O CAU, Conselho de Arquitetura e Urbanismo, prestou uma bela homenagem às mulheres arquitetas, com uma série de depoimentos. Dentre elas, destaca-se a incomparável Lina Bo Bardi, brava desbravadora da profissão desde que chegou ao Brasil, em 1946, época em que enfrentou desrespeito, machismo e desconsideração. A eclética arquiteta, designer e cenógrafa, foi a autora do celebrado projeto do MASP – Museu de Arte de SP (1968) e do lindíssimo e emblemático SESC-Pompeia (1982, primeira parte), já protegido pela cidade de São Paulo e, agora, tombado pelo IPHAN como patrimônio cultural do país.    
Destaco também na lista do CAU, a figura de Alda Rabello Cunha, viúva do querido arquiteto e urbanista João Filgueiras Lima, o doce Lelé. Reforçando, o papel nobre da arquitetura, ela diz: “Tem que haver os ‘niemeyers’, pessoas que alcem os voos mais altos. Mas tem que haver os ‘lelés’, aqueles disciplinados, que fazem obras possíveis. Porque é preciso atender às pessoas. Acho que Arquitetura é isso, solucionar a ocupação urbana e a habitação de forma funcional.”  
Merecida homenagem, mas faltam muitas outras arquitetas, urbanistas, paisagistas, designers, pesquisadoras a serem homenageadas, lembradas, mais respeitadas e bem remuneradas. Deixo aqui minha homenagem às bravas lutadoras, colegas arquitetas ou não, famosas e anônimas, que sempre tiveram um ideal, uma meta e lutaram para conquistá-la.  
Que os mais jovens, homens e mulheres se inspirem nessas figuras de peso para estudar e aprender sempre mais, respeitar opiniões divergentes e aplicar seus conhecimentos com sensibilidade, ética e senso de justiça, em benefício de todos.
  


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