Saiu no The
Guardian: Trevor Cox, professor de
engenharia acústica da Universidade de Salford e autor do livro Sonic Wonderland: A scientific
Odissey of Sound, fez uma pesquisa e escolheu as dez melhores salas de
concertos do mundo e a nossa Sala São Paulo estava no meio.
Puxa,
demorou um pouco a perceber isso, hein? Afinal, a Sala São Paulo foi inaugurada
em 1999, na antiga Estação Júlio Prestes, em SP, a partir de uma grande área de
espera para embarque de trens e já é a melhor da América do Sul, desde então e,
provavelmente, também desde então, já está entre as melhores do mundo. Mas,
como está abaixo da linha do Equador, talvez, tenham demorado
a verificar...
Enfim,
dois aspectos se destacam nessa obra incrível: o teto móvel, que auxilia na
acústica de acordo com o tipo de música a ser tocada, e a visão dos elementos da arquitetura
original, que aparecem mais ou menos dependendo da altura do teto.
Sobre
a Sala há alguns bons livros. Destaco dois, em especial, ambos feitos pela
amiga e arquiteta Ruth Verde Zein e eu, em coautoria. O primeiro é mais técnico
e foi lançado em 2000, um ano após a inauguração da sala de concertos: Sala São Paulo de Concertos. Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. Trata-se
de um livro de arquitetura que insere e narra a história do bairro na cidade de São Paulo,
fala do projeto original da estação e do projeto de recuperação e modernização
da estação e construção do espaço de concertos. Um livro imperdível para os
interessados em arquitetura e reconversão de edifícios antigos. O projeto da
Sala São Paulo, de autoria do arquiteto Nelson Dupré, foi premiado
internacionalmente, mais de uma vez. Outro
livro menor e menos detalhado, mas também com uma visão geral de todo o
trabalho de recuperação da estação e construção da sala é Sala São Paulo: A Arquitetura da Música, das
mesmas autoras.
Além
da Sala São Paulo, estão na lista do The Guardian: Culture and Congress Centre
Concert Hall, em Lucerna (Suíça); Boston Symphony Hall, em Boston (EUA); Bridgewater
Hall, em Manchester Manchester (Reino Unido); Grosser Musikvereinssaal, em
Viena (Áustria) ; Berlin Philharmonie, em Berlim (Alemanha); Christchurch Town
Hall Auditorium, em Christchurch (Nova Zelândia; Philharmonie de Paris, em
Paris (France); The Sibelius Hall, em Lahti (Finlândia); e Tokyo Opera City
Concert Hall, em Tóquio (Japão).
Em
tempo, o professor Cox tem um site sobre pesquisa e estudos de acústica, em
inglês: https://acousticengineering.wordpress.com/trevor-cox/
Referências:
The
Guardian:http://www.theguardian.com/travel/2015/mar/05/10-worlds-best-concert-halls-berlin-boston-tokyo
Sala
São Paulo: http://www.salasaopaulo.art.br/home.aspx
Fotos:
Blog Anita Plural / Capa dos livros
Arquiteto
Nelson Dupré (gentilmente cedida pelo arquiteto)
Tive o prazer de ser presenteada por este teu belo livro. Lugar de honra na minha estante! Beijos
ResponderExcluirIone
Obrigada meu bem. Seus livros também estão muito bem guardados. Aguardo o próximo... bjs
ResponderExcluirAnita
Tem algum documentário que mostre a construção da sala?
ResponderExcluirOlá Dina,
ExcluirNa verdade, não procurei documentários sobre toda a obra, mas há explicações do próprio arquiteto Nelson Dupré, na página da Sala São Paulo. Veja em - http://www.salasaopaulo.art.br/paginadinamica.aspx?pagina=restauro .
Além disso há os livros mencionados. O primeiro dá um panorama geral da teoria da restauração e detalhes do projeto arquitetônico do restauro e da obra da Sala São Paulo. Obrigada pela visita. volte sempre.
Anita Di Marco